Poderia, obedecendo naturalmente os tradicionais programas oficiais e culturais criados e praticados dentro dessa sociedade burguesa capitalista criminosa e sádica, escrever coisas logicamente esperáveis e obvias e assim satisfazer os zumbis de todas as classes sociais em seus diferentes espaços de convivências e circulações. Não, bilhões de vezes não; não posso servir e satisfazer aos zumbis (“mortos-vivos desalmados burgueses-capitalistas” com seus valores, princípios e ideias apodrecidas e contaminantes de tudo que se vincula e se relaciona a esses zumbis). O que em pensamentos, ações e em suas vidas podres esperam esconder com consumismo e hedonismo irracionais e bestiais. O verdadeiro conteúdo dos seus corpos que mascaram e esconde sempre com produtos estéticos de embelezamento seus fétidos interiores desespiritualizados de CRIATURAS sádicas e destruidoras de tudo e todos que não possam satisfazer seus monstruosos interesses.
Tais Zumbis Ideológicos que escondem suas reais estruturas, essências, ideias, princípios e valores com seus bens materiais ostensivamente opostos em todos os lugares para humilhar os miseráveis que são por tais zumbis criados; Tais criaturas que buscam apresentarem-se como modelos invejáveis a serem imitados e seguidos por todos os miseráveis e “analfabetos políticos”, tais “intermediários-assessores” de deus criados as suas imagens e semelhança, acham que podem eternamente esconderem-se com essas mascaras e camuflagem produzidas proposital e sadicamente para encobrir suas reais intenções monstruosas de criaturas desalmadas. Tais zumbis burgueses-capitalistas e seus “Podres Estados de Direita Democráticas Terroristas” são hábeis em usar sempre em qualquer lugar a sua “ Tática das Inversões” onde os inocentes e corretos são transformados em culpados (ou criam bodes expiratórios para transferirem as culpas que são desses zumbis burgueses-capitalistas) e tais CRIATURAS burgueses-capitalistas apresentam-se como inocentes, dignos de admiração e invejáveis. São esses zumbis de hoje seguidores e continuadores de todos os tempos de zumbis do passado, são ideológica e praticamente o que foram. Nero, Calígula, Maria Antonieta, Luis XVI, os tiranos de diferentes épocas históricas e os ditadores de todos os tipos – todas essas criaturas existem apenas para realizar ações sádicas, terroristas e desumanas para garantir seus podres poderes, seus valores, princípios e ideias utilizando para esse apenas uma LEI: “ A Lei do Vale Tudo” que garante seus bens e suas situações privilegiadas diante dos miserais de todos os tipos e lugares que foram oficialmente educados e adestrados para legitimar essas sádicas criaturas zumbis-burguesas capitalistas “em seus espaços sofisticados conseguidos através dessa continua “Guerra Mascarada” conta os que se OPUSERAM”” aos seus interesses e que obrigam os miseráveis condicionados e adestrados a serem também zumbis capitalistas-burgueses só através dessas inversões e dessa “Guerra Continua” mascarada de normalidade e ordem burguesa com suas leis e todos os “Aparelhos Ideológicos” do Estado Burguês “Capitalista Totalitário”, somente com esses mecanismos tais zumbis burgueses-capitalistas se mantém em seus espaços sofisticados, consumindo produtos e serviços que causam inveja aos analfabetos políticos e aos alienados – PAG 3 – de todas as classes sociais em diferentes lugares.
Não espero de tais zumbis capitalista-burgueses nada que possa ajudar-me e compreensão do que sou e faço, ao contrario, dessas CRIATURAS sempre se originam mentiras, inversões de todos os tipos, torturas, sadismos e ações terroristas mascaradas de acidentais... Tais Zumbis Ideológicos burgueses capitalistas com seus diplomas e cargos que são instrumentos de manutenção do seu podre Estado Burguês Capitalista Totalitário com seus aparelhos ideológicos de todos os tipos. ** De tais CRIATURAS só posso esperar o que eles então de ** há muito ofertando os todos que não aceitam seus podres princípios, valores e ideias. Tais criaturas executam as suas belezas de todos os tipos ( que são criadas para mascararem, camuflarem e confundirem os “inocentes úteis”, os alienados e os despolitizados) e formatos em seus corpos e coisas para esconderem as suas ações terroristas e sádicas. Todos os Burgueses-Capitalistas realizam ações e coisas obedecendo apenas a “ ARTE da Guerra”, mascarando e camuflando todas as coisas realizam para que os inocentes e todos que são vitimas dos seus ataques mortíferos aceitem todos os feitos como normais, acidentais e legais (assim as LEIS BURGUESAS emanadas dos seus parlamentares e ideólogos devam ter a mesa obediência e justificativa DIVINAS – são Leis emanadas diretamente dos Deuses de todas as culturas – eis então o quadro real dessa “sociedade burguesa-capitalista-totalitária” ), desmascarando essa guerra invisível para os eleitores, inocentes úteis e alienados, está agora desmascarado esse Estado Burguês Totalitário Pseudodemocrático criado proposital e sofisticadamente para fazer através de eleições irracionais os miseráveis de todos os tipos monterem esses “zumbis-burgueses-capitalistas-sádicos”, de todos os tipos mantendo seus valores, princípios e ideias ostensiva e prepotentemente mostrados como desejáveis, invejáveis e eternos. Eis que todos os poderes jamais podem emanarem de pessoas adestradas oficialmente por “Aparelhos Ideológicos” desses Estado Burguês Capitalista Totalitário; os poderes emanam dos criadores de instrumentos imbecilizantes, emanam dos oficiais que convencem os torturados a legitimar e justificar as ações dos torturadores.
É necessário todos os que não foram cooptados pelos “zumbis capitalistas burgueses”, todas as pessoas que não aceitaram juntar-se a tais zumbis que encarem a vida como uma Guerra Real – pois sob os fundamentos, princípios e valores “burgueses-capitalistas-judico-cristão” haverá sempre a utilização de ações sádicas e terroristas pelos capitalistas-burgueses de todos os tipos e lugares que buscaram legitimação e justificativas em processos eleitorais surreais onde os algozes-opressores e seus mercenários de todas as funções e tipos buscam nos torturados, perseguidos e vitimas poderes para manterem seus valores, princípios e ideias. Esses zumbis capitalistas burgueses mantém suas situações privilegiadas e seus valores apenas porque realizam continuamente essa Guerra Não Declarada contra pessoas que estão adestradas oficialmente ou não para aceitarem as ações mortíferas desses zumbis capitalistas-burgueses como normais, acidentais, invejáveis e necessários pois a ordem e paz – ORDEM burguesa onde miseráveis são educados pelos “Aparelhos Ideológicos do “ Estado Burguês Capitalista” a aceitarem os valores dos zumbis capitalistas burgueses e serem tutelados e controlados por eles até que finalmente sejam a imagem e semelhança dos “zumbis capitalistas burgueses” com todos os seus valores, princípios e comportamentos sádicos, desumanos, cruéis e terroristas.
Eis que essa “Guerra Invisível” e a tática das Inversões são os principais instrumentos
que os zumbis capitalistas burgueses utilizam para manter seus apodrecidos valores, bens e todas as coisas que tocam. Eis que onde estiver um burguês-capitalista ou uma burguesa-capitalista estará um zumbi esteticamente produzido e mascarando-se sempre com produtos de beleza, serviços e coisas para esconder seus reais objetivos e interesses – BELEZA a esconder mentiras, podridões e tudo que se pode causar dores, torturas, crueldade e sofrimento – coisas naturalmente originada das apodrecidas, sádicas e terroristas mentes dos Zumbis Capitalistas Burgueses. Essas criaturas merecem apenas a morte, pois não são seres humanos...
FIM – J.M
sexta-feira, 25 de abril de 2014
segunda-feira, 2 de dezembro de 2013
1º Volume da obra "A UNE o Movimento Estudantil e Política"
Aos visitantes deste blog (http://brasilivre1800.blogspot.com.br/):
Aqui, nesta sequência de textos, encontra-se, aproximadamente, 1/3 de um dos livros da obra "A UNE o Movimento Estudantil e Política". Quem colaborar durante a exposição com R$ 10,00 poderá imprimir parte desse livro e automaticamente estará cadastrado(a) para adquirir o livro, em sua 1ª edição, com desconto de 50%.
Brasil
Livre
Eu
sou Jorge Miguel, este blog tem como prioridade apresentar as minhas
pesquisas sobre a história do movimento estudantil e da UNE, e
também a minha vivência nas lutas contra a ditadura militar para
defender a soberania do Brasil e os valores do povo brasileiro.
Colabore depositando qualquer quantia nessas contas: -Banco do
Brasil, CP 77.181-3, agência 2801-0 -Bradesco, CP 101.7854-1,
agência 0656-4
segunda-feira, 22 de abril de 2013
segunda-feira, 22 de abril de 2013
Colabore
depositando qualquer quantia nessas contas:
-Banco
do Brasil, CP 77.181-3, agência 2801-0
-Bradesco,
CP 101.7854-1, agência 0656-4
O
site http://movebr.wikidot.com e o blog
http://brasilivre1800.blogspot.com.br necessitam da sua colaboração
– depositem quanto puderem, que será muito importante para os
nossos objetivos.
Motivos
para a existência do blog e do site:
11-
Os responsáveis são pesquisadores e lutadores, de há muito
tempo, para que o Brasil possa, de fato, ser um país democrático e
soberano.
22-
Não temos condições financeiras e estamos há muito tempo
fazendo inúmeros sacrifícios para divulgar e manter a história que
os inimigos do povo querem esconder.
33-
A trilogia “A UNE, O Movimento Estudantil e Política”
necessita de verba para contratar uma editora para produzir os
livros. Se colaborar com mais de R$20,00, estará garantindo um
exemplar logo que for editado.
44-
Ajudará o Blog a lutar pela transformação do projeto “Minha
Casa, Minha Vida, Meu Direito, e Dever do Estado” em lei (ver este
projeto postado no neste blog), pois estaremos lutando para que isso
aconteça através de democracia direta.
55-
“Restaurantes Populares Federais” é outro projeto que será
apresentado ao Executivo Federal para que todas as pessoas possam, de
fato, ser iguais perante a lei, e possam, como os estudantes de
algumas universidades públicas brasileiras, ter o direito de jantar
e almoçar com menos de R$2,00 por refeição, e café da manhã com
menos de R$2,00 (vejam os detalhes, justificativas e princípios
desse projeto neste blog).
Agradecemos
antecipadamente a todos que possam depositar nas contas acima
qualquer importância, pois isso fará com que tenhamos meios e armas
para continuarmos as nossas lutas contra os inimigos do povo.
BIOGRAFIA:
JEOVÁ ASSIS GOMES (SÍNTESE) UM ESTUDANTE DO CRUSP QUE LUTOU CONTRA
A DITADURA FASCISTA E QUE DEVE SERVIR DE EXEMPLO A TODOS OS QUE
DESEJAM A GRANDEZA DO BRASIL E DO POVO BRASILEIRO
Jeová
Assis Gomes nasceu em 24 de agosto de 1943 e foi aluno do curso de
física da USP. Chegou no CRUSP em 9 de junho de 1964 e instalou-se
no apartamento 106 do bloco E. No segundo semestre de 1967 foi
expulso da USP. Jeová era do grupo dos residentes mais antigos do
CRUSP; mesmo sendo expulso, ele continuou a morar no mesmo
apartamento (106 do bloco E).
Jeová
era um militante político do grupo “Dissidência do Partido
Comunista”. Entre as acusações contra Jeová, estavam as de
subversivo, terrorista; queimou o arquivo do ISSU (futura COSEAS),
deu um pontapé no administrador Pérsio de Luca do ISSU, possuía
discos com discursos de Fidel Castro em seu apartamento, realizava no
seu apartamento reuniões com militantes da “Dissidência do PCB”,
lia trechos de citações de Fidel Castro com seus colegas
militantes, estudava textos marxistas em reuniões com seus colegas,
invadiu a reitoria da USP com outros estudantes, andava armado com
arma de fogo no campus da USP/Butantã, era segurança da militância
estudantil do CRUSP que, entre outras coisas, fazia e distribuía
“coquetéis molotov” no CRUSP para os enfrentamentos contra
soldados paramilitares que procuravam destruir os quadros políticos
da esquerda; enfim, essas e outras acusações servia para a
burocracia da Reitoria de há muito conivente com a DITADURA MILITAR
de 1964 expulsasse Jeová Assis Gomes da USP (o jornal “Folha de
São Paulo”, em edição de 14/11/1967 transcreve o ato publicado
no “Diário Oficial do Estado de São Paulo” que expulsa o
estudante Jeová Assis Gomes, baseado no Inquérito administrativo
autuado sob o nº 23.315/67). Jeová Assis Gomes foi expulso do CRUSP
com base no regulamento do CRUSP por ter (segundo a ISSU) os incisos
IV do artigo 1º desse regimento. Jeová arriscou, como muitos
brasileiros, universitários ou não, a vida, a família, a
juventude, a carreira universitária e todas as coisas de real valor
pela causa que defendia. O capítulo 25 do evangelho de São Mateus
mostra claramente quais são os critérios de salvação: são as
respostas eficazes que damos às necessidades econômicas, sociais e
espirituais do próximo. “Jesus se identifica com quem tem fome,
sede, vive no abandono ou aprisionado. O que fazemos ao oprimido para
libertá-lo é ao próprio Cristo que o fazemos. Portanto, Jeová, o
que você fez pela humanidade, pelos homens, é por Ele que você o
fez” (texto do livro “Batismo de Sangue” do Frei Beto).
Criou-se uma afetuosa cumplicidade entre Padre Marcelo e Jeová Assis
Gomes. Seis anos mais tarde, Dom Marcelo me afirmaria (diz Frei Beto)
que o testemunho desse jovem combatente fora a mais forte
interpelação que recebera em sua vida. Libertado, meses depois, por
ocasião do sequestro do embaixador da Alemanha, no Rio de Janeiro,
Jeová regressou clandestinamente ao Brasil para continuar as lutas
revolucionárias como quadro do MOLIPO e disposto a realizar o antigo
projeto de organizar politicamente os camponeses. Delatado (sempre
haverá, contra os revolucionários e combatentes do povo, os
infiltrados e traidores mercenários – cuidado com eles...) e
cercado num campo de futebol, foi fuzilado a sangue-frio no Norte de
Na visão dos religiosos cristão (os dominicanos que ajudaram os
guerrilheiros e presos políticos durante a ditadura militar no
Brasil), “o cristianismo e o socialismo têm pontos que se
harmonizam – os cristão vislumbram a restauração da unidade
paradisíaca no Reino de Deus, onde “Deus mesmo estará com seu
povo” – já os guerrilheiros lutam contra os tiranos fascistas e
todas as formas de opressões utilizadas contra o povo – o reino
terrestre só será possível com a libertação dos povos oprimidos
por ditaduras e algozes mercenários de todos os tipos; isso Jeová
Assis Gomes sabia e, para lutar contra os tiranos e ditadores ele
teve que passar por torturas e, ao final, perder a vida enfrentando
os sádicos defensores dos oligarcas e suas torpes ideologias
capitalistas e liberais que eles pensam ser absolutamente naturais.
Pela análise dialética, todos os guerrilheiros que lutam contra os
opressores e alienadores dos povos souberam que essa sociedade
pseudodemocrática e oligarquias só beneficiam os privilegiados de
sempre, que se utilizam de golpes fascistas civis e militares para
manter os povos escravizados e explorados. São os verdadeiros
terroristas e subversivos que, vestidos e mascarados com
pseudoliberdades, utilizam o voto domesticado e controlado por
assistencialismos para vampirizar o Estado e a todos. Jeová Assis
Gomes, e todos os que lutaram contra as Ditaduras Militares e Civis
de todos os tempos, apenas defenderam os Direitos Humanos e a
essência dos princípios cristãos e, por isso, pagaram o preço de
darem a própria vida. Nunca deveremos nos arrepender de havermos
lutado pelos direitos das pessoas a uma vida livre, digna e com todos
os tipos de garantias que são asseguradas pelas leis. Infelizes os
omisso, os mercenários, os picaretas, os fascistas que lutam e
defendem os inimigos dos direitos humanos. Esses venderam suas alma
como Judas que são – sempre haverá para eles consumismos e
hedonismos burgueses para fazer com que esqueçam que são coniventes
com os torturadores e os ditadores de todos os tempos. Nós não
esperamos deles outras atitudes e comportamentos – são mercenários
e obedecem ordens e leis feitas para assassinar e torturar os que não
concordam com as ideologias fascistas que são geradas pelo
Capitalismo. A luta de Jeová Assis Gomes continuará através de
outras pessoas que serão defensores dos mesmo ideais que ele e seus
companheiros defenderam. Enquanto houver tiranos, fascistas,
mercenários e todas as espécies de criaturas para defender
interesses e ideologias de oligarquias e ditaduras, sempre haverá
pessoas e forças para combate-las. As pessoas morrem, os ideais não;
a nossa ideologia d esquerda é imortal e universal, pois defendemos
valores cristãos e humanistas, enquanto os liberais-capitalistas
geram tiranos e fascistas que defendem os interesses dos podres
poderes oligarcas. As nossas lutas e as lutas do povo pelos seus
direitos foram também consagrados pela Encíclica “Populorum
Progressio” de Paulo VI, m 1967, que assegura aos oprimidos até
mesmo o DIREITO de se defenderem da violência dos opressores. Uma
das formas de defesa foi utilizada por Jeová Assis Gomes e todos os
que lutaram contra as Ditaduras em todos os períodos da história da
humanidade (lembremos os guerrilheiros cubanos e argelinos; lembremos
de Espártaco e seus companheiros; lembremos de todos os que lutaram,
lutam e lutarão contra os mercenários desalmados que defendem,
fardados ou não, os interesses que geraram o Ato Institucional nº 5
(assinado por um ex-reitor da USP, Antônio Gama e Silva) e a Lei de
Segurança Nacional – instrumentos utilizados pelos lacaios dos
oligarcas nacionais e internacionais que foram utilizados contra
Jeová Assis Gomes, Carlos Marighella, Carlos Lamarca, Elenira Souza
Rezende Nazaré, Alexandre Vannucci Leme, Fernando Santa Cruz, Luis
Carlos Prestes, Olga Benário, etc. – vejam no nosso site
http://movebr.wikidot.com os demais nomes dos nossos companheiros que
lutaram contra as ditaduras e os mercenários militares e civis que
tentam sempre oprimir e controlar tudo e todos para seus sádicos e
torpes interesses capitalistas. Outros Jeová Assis Gomes nasceram e
continuarão as lutas que le e seus companheiros e companheiras
enfrentaram. Enquanto houver tirania, fascismo, direitistas mafiosos
em favelas e bairros pobres, nós deveremos enfrenta-los com todas as
nossas energias, armas e em qualquer circunstâncias. Disse Carlos
Danielle (militante morto sob tortura no DOPS/OBAN): “ESSE SANGUE
SERÁ VINGADO” (ele escreveu isso na parede da cela). Jeová Assis
Gomes morreu aos 28 anos de idade. Houve um dia que ele passou 14
horas seguidas no “pau-de-arara” (instrumento armado para
torturar o preso). Nesse dia (seus colegas de prisão observaram
isso) seus olhos reluziam a tranquilidade moral de quem não cedera
frente aos torturadores; via-se que, por dentro, ele estava inteiro,
sem um arranhão, malgrado seu aspecto exterior tranquilo e
confiante. Foi na tarde de uma quarta-feira, 5 de novembro de 1969
que vocês viram, assombrados, silentes, os carcereiros e
torturadores passarem carregando um preso com braços e pernas
tombados no ar (Jeová teve os dois braços e as duas pernas
quebrados durante as torturas desse dia), o corpo coberto de sangue e
hematomas. Fecharam Jeová Assis Gomes numa solitária e, na tarde
seguinte, ele apareceu todo engessado; mesmo assim continuaram
torturando o jovem estudante de física da USP (será que nesses
momentos era considerado ainda estudante pelos seus colegas da
universidade que jamais se arriscaram a perder o número de matrícula
dos seus cursos universitários?), acusado de responsável na Ação
Libertadora Nacional (ALN – comandada pelo guerrilheiro Carlo
Marighella), pela implantação da guerrilha rural, o que não se
pode comprovar, já que ele nada dizia que pudesse interessar ao
Chefe dos Torturadores, o delegado do DOPS (Departamento de Ordem
para Suicidar...), a criatura de nome Sérgio Paranhos Fleury, que
foi também quem comandou as equipes que assassinaram Carlos
Marighella o capitão Carlos Lamarca – entre outros perseguidos e
presos Assim todos os quadros políticos da luta armada que
enfrentaram a Ditadura Militar orquestrada pelos oligarcas nacionais,
juntamente com os órgãos militares e paramilitares do CONE SUL e
dos Estados Unidos da América (principalmente através da CIA)
perseguiram, prenderam, torturaram e fizeram todos os tipos de ações
sádicas que se possa imaginar (leiam o livro “Arquipélago Gulag”,
do escritor russo Alexandre Soljenítsin) nos diferentes sistemas
ditatoriais e tirânicos. Cabe analisar com profundidade as
BIOGRAFIA: JEOVÁ ASSIS GOMES (SÍNTESE) UM ESTUDANTE DO CRUSP QUE
LUTOU CONTRA A DITADURA FASCISTA E QUE DEVE SERVIR DE EXEMPLO A TODOS
OS QUE DESEJAM A GRANDEZA DO BRASIL E DO POVO BRASILEIRO Jeová Assis
Gomes nasceu em 24 de agosto de 1943 e foi aluno do curso de física
da USP. Chegou no CRUSP em 9 de junho de 1964 e instalou-se no
apartamento 106 do bloco E. No segundo semestre de 1967 foi expulso
da USP. Jeová era do grupo dos residentes mais antigos do CRUSP;
mesmo sendo expulso, ele continuou a morar no mesmo apartamento (106
do bloco E). Jeová era um militante político do grupo “Dissidência
do Partido Comunista”. Entre as acusações contra Jeová, estavam
as de subversivo, terrorista; queimou o arquivo do ISSU (futura
COSEAS), deu um pontapé no administrador Pérsio de Luca do ISSU,
possuía discos com discursos de Fidel Castro em seu apartamento,
realizava no seu apartamento reuniões com militantes da “Dissidência
do PCB”, lia trechos de citações de Fidel Castro com seus colegas
militantes, estudava textos marxistas em reuniões com seus colegas,
invadiu a reitoria da USP com outros estudantes, andava armado com
arma de fogo no campus da USP/Butantã, era segurança da militância
estudantil do CRUSP que, entre outras coisas, fazia e distribuía
“coquetéis molotov” no CRUSP para os enfrentamentos contra
soldados paramilitares que procuravam destruir os quadros políticos
da esquerda; enfim, essas e outras acusações servia para a
burocracia da Reitoria de há muito conivente com a DITADURA MILITAR
de 1964 expulsasse Jeová Assis Gomes da USP (o jornal “Folha de
São Paulo”, em edição de 14/11/1967 transcreve o ato publicado
no “Diário Oficial do Estado de São Paulo” que expulsa o
estudante Jeová Assis Gomes, baseado no Inquérito administrativo
autuado sob o nº 23.315/67). Jeová Assis Gomes foi expulso do CRUSP
com base no regulamento do CRUSP por ter (segundo a ISSU) os incisos
IV do artigo 1º desse regimento. Jeová arriscou, como muitos
brasileiros, universitários ou não, a vida, a família, a
juventude, a carreira universitária e todas as coisas de real valor
pela causa que defendia. O capítulo 25 do evangelho de São Mateus
mostra claramente quais são os critérios de salvação: são as
respostas eficazes que damos às necessidades econômicas, sociais e
espirituais do próximo. “Jesus se identifica com quem tem fome,
sede, vive no abandono ou aprisionado. O que fazemos ao oprimido para
libertá-lo é ao próprio Cristo que o fazemos. Portanto, Jeová, o
que você fez pela humanidade, pelos homens, é por Ele que você o
fez” (texto do livro “Batismo de Sangue” do Frei Beto).
Criou-se uma afetuosa cumplicidade entre Padre Marcelo e Jeová Assis
Gomes. Seis anos mais tarde, Dom Marcelo me afirmaria (diz Frei Beto)
que o testemunho desse jovem combatente fora a mais forte
interpelação que recebera em sua vida. Libertado, meses depois, por
ocasião do sequestro do embaixador da Alemanha, no Rio de Janeiro,
Jeová regressou clandestinamente ao Brasil para continuar as lutas
revolucionárias como quadro do MOLIPO e disposto a realizar o antigo
projeto de organizar politicamente os camponeses. Delatado (sempre
haverá, contra os revolucionários e combatentes do povo, os
infiltrados e traidores mercenários – cuidado com eles...) e
cercado num campo de futebol, foi fuzilado a sangue-frio no Norte de
Na visão dos religiosos cristão (os dominicanos que ajudaram os
guerrilheiros e presos políticos durante a ditadura militar no
Brasil), “o cristianismo e o socialismo têm pontos que se
harmonizam – os cristão vislumbram a restauração da unidade
paradisíaca no Reino de Deus, onde “Deus mesmo estará com seu
povo” – já os guerrilheiros lutam contra os tiranos fascistas e
todas as formas de opressões utilizadas contra o povo – o reino
terrestre só será possível com a libertação dos povos oprimidos
por ditaduras e algozes mercenários de todos os tipos; isso Jeová
Assis Gomes sabia e, para lutar contra os tiranos e ditadores ele
teve que passar por torturas e, ao final, perder a vida enfrentando
os sádicos defensores dos oligarcas e suas torpes ideologias
capitalistas e liberais que eles pensam ser absolutamente naturais.
Pela análise dialética, todos os guerrilheiros que lutam contra os
opressores e alienadores dos povos souberam que essa sociedade
pseudodemocrática e oligarquias só beneficiam os privilegiados de
sempre, que se utilizam de golpes fascistas civis e militares para
manter os povos escravizados e explorados. São os verdadeiros
terroristas e subversivos que, vestidos e mascarados com
pseudoliberdades, utilizam o voto domesticado e controlado por
assistencialismos para vampirizar o Estado e a todos. Jeová Assis
Gomes, e todos os que lutaram contra as Ditaduras Militares e Civis
de todos os tempos, apenas defenderam os Direitos Humanos e a
essência dos princípios cristãos e, por isso, pagaram o preço de
darem a própria vida. Nunca deveremos nos arrepender de havermos
lutado pelos direitos das pessoas a uma vida livre, digna e com todos
os tipos de garantias que são asseguradas pelas leis. Infelizes os
omisso, os mercenários, os picaretas, os fascistas que lutam e
defendem os inimigos dos direitos humanos. Esses venderam suas alma
como Judas que são – sempre haverá para eles consumismos e
hedonismos burgueses para fazer com que esqueçam que são coniventes
com os torturadores e os ditadores de todos os tempos. Nós não
esperamos deles outras atitudes e comportamentos – são mercenários
e obedecem ordens e leis feitas para assassinar e torturar os que não
concordam com as ideologias fascistas que são geradas pelo
Capitalismo. A luta de Jeová Assis Gomes continuará através de
outras pessoas que serão defensores dos mesmo ideais que ele e seus
companheiros defenderam. Enquanto houver tiranos, fascistas,
mercenários e todas as espécies de criaturas para defender
interesses e ideologias de oligarquias e ditaduras, sempre haverá
pessoas e forças para combate-las. As pessoas morrem, os ideais não;
a nossa ideologia d esquerda é imortal e universal, pois defendemos
valores cristãos e humanistas, enquanto os liberais-capitalistas
geram tiranos e fascistas que defendem os interesses dos podres
poderes oligarcas. As nossas lutas e as lutas do povo pelos seus
direitos foram também consagrados pela Encíclica “Populorum
Progressio” de Paulo VI, m 1967, que assegura aos oprimidos até
mesmo o DIREITO de se defenderem da violência dos opressores. Uma
das formas de defesa foi utilizada por Jeová Assis Gomes e todos os
que lutaram contra as Ditaduras em todos os períodos da história da
humanidade (lembremos os guerrilheiros cubanos e argelinos; lembremos
de Espártaco e seus companheiros; lembremos de todos os que lutaram,
lutam e lutarão contra os mercenários desalmados que defendem,
fardados ou não, os interesses que geraram o Ato Institucional nº 5
(assinado por um ex-reitor da USP, Antônio Gama e Silva) e a Lei de
Segurança Nacional – instrumentos utilizados pelos lacaios dos
oligarcas nacionais e internacionais que foram utilizados contra
Jeová Assis Gomes, Carlos Marighella, Carlos Lamarca, Elenira Souza
Rezende Nazaré, Alexandre Vannucci Leme, Fernando Santa Cruz, Luis
Carlos Prestes, Olga Benário, etc. – vejam no nosso site
http://movebr.wikidot.com os demais nomes dos nossos companheiros que
lutaram contra as ditaduras e os mercenários militares e civis que
tentam sempre oprimir e controlar tudo e todos para seus sádicos e
torpes interesses capitalistas. Outros Jeová Assis Gomes nasceram e
continuarão as lutas que le e seus companheiros e companheiras
enfrentaram. Enquanto houver tirania, fascismo, direitistas mafiosos
em favelas e bairros pobres, nós deveremos enfrenta-los com todas as
nossas energias, armas e em qualquer circunstâncias. Disse Carlos
Danielle (militante morto sob tortura no DOPS/OBAN): “ESSE SANGUE
SERÁ VINGADO” (ele escreveu isso na parede da cela). Jeová Assis
Gomes morreu aos 28 anos de idade. Houve um dia que ele passou 14
horas seguidas no “pau-de-arara” (instrumento armado para
torturar o preso). Nesse dia (seus colegas de prisão observaram
isso) seus olhos reluziam a tranquilidade moral de quem não cedera
frente aos torturadores; via-se que, por dentro, ele estava inteiro,
sem um arranhão, malgrado seu aspecto exterior tranquilo e
confiante. Foi na tarde de uma quarta-feira, 5 de novembro de 1969
que vocês viram, assombrados, silentes, os carcereiros e
torturadores passarem carregando um preso com braços e pernas
tombados no ar (Jeová teve os dois braços e as duas pernas
quebrados durante as torturas desse dia), o corpo coberto de sangue e
hematomas. Fecharam Jeová Assis Gomes numa solitária e, na tarde
seguinte, ele apareceu todo engessado; mesmo assim continuaram
torturando o jovem estudante de física da USP (será que nesses
momentos era considerado ainda estudante pelos seus colegas da
universidade que jamais se arriscaram a perder o número de matrícula
dos seus cursos universitários? ), acusado de responsável na Ação
Libertadora Nacional (ALN – comandada pelo guerrilheiro Carlo
Marighella), pela implantação da guerrilha rural, o que não se
pode comprovar, já que ele nada dizia que pudesse interessar ao
Chefe dos Torturadores, o delegado do DOPS (Departamento de Ordem
para Suicidar...), a criatura de nome Sérgio Paranhos Fleury, que
foi também quem comandou as equipes que assassinaram Carlos
Marighella o capitão Carlos Lamarca – entre outros perseguidos e
presos. Assim todos os quadros políticos da luta armada que
enfrentaram a Ditadura Militar orquestrada pelos oligarcas nacionais,
juntamente com os órgãos militares e paramilitares do CONE SUL e
dos Estados Unidos da América (principalmente através da CIA)
perseguiram, prenderam, torturaram e fizeram todos os tipos de ações
sádicas que se possa imaginar (leiam o livro “Arquipélago Gulag”,
do escritor russo Alexandre Soljenítsin) nos diferentes sistemas
ditatoriais e tirânicos. Cabe analisar com profundidade as origens
desses totalitários na história da humanidade, é de suma
importância compreender que toda essência e estrutura dos
princípios ideológicos que geraram os AI-5 e a Lei de Segurança
Nacional na Ditadura Militar brasileira sempre estarão presentes nos
montes que geram os ricos e famosos que são coniventes e omissos em
relação aos fatos traumáticos criminosos que os Sistema
Capitalista gera para continuar mantendo os privilégios de podre
poderes de elites que venderam sua alma ao Diabo... Com os consumos
sofisticados de produtos e serviços suntuosos e caríssimos (ver os
produtos de grife), esses seres desalmados recebem os pagamentos pela
sua ausência e alienação na vida, recebem por tudo que fizer
contra os que não concordam com LEIS TIRÂNICAS e ditadores sádicos
e depravados que pagam suas contas nesses mercados onde são
colocados na vida criaturas consumidoras, que de humano têm apenas a
aparência. Foram essas criaturas, seus generais da Escola Superior
de Guerra, seus governadores subservientes aos interesses
oligárquicos, seus amigos e amigas que compartilham com elas os
mesmos ideais e objetivos que produziram os torturadores que
cumpriram as ordens dadas pelos funcionários públicos dos órgãos
de repressão do Governo da Ditadura Militar de 1964. A origem dos
torturadores e das ações monstruosas que eles fizeram (e muitos
ainda continuam fazendo) está no Sistema Capitalista e seus
defensores; os ideólogos desse sistema irracional e desumano e seus
seguidores de todos os tempos e latitudes são os responsáveis pelas
torturas realizadas em Jeová Assis Gomes e em todos os nossos
companheiros que morreram enfrentando as criaturas geradas pelas
oligarquias e latifundiários nacionais e internacionais que querem
que o Estado funcione com limites impostos pelos seus lucros,
interesses e sua torpe ideologia pseudodemocrática. Origens desses
totalitários na história da humanidade, é de suma importância
compreender que toda essência e estrutura dos princípios
ideológicos que geraram os AI-5 e a Lei de Segurança Nacional na
Ditadura Militar brasileira sempre estarão presentes nos montes que
geram os ricos e famosos que são coniventes e omissos em relação
aos fatos traumáticos criminosos que os Sistema Capitalista gera
para continuar mantendo os privilégios de podre poderes de elites
que venderam sua alma ao Diabo... Com os consumos sofisticados de
produtos e serviços suntuosos e caríssimos (ver os produtos de
grife), esses seres desalmados recebem os pagamentos pela sua
ausência e alienação na vida, recebem por tudo que fizer contra os
que não concordam com LEIS TIRÂNICAS e ditadores sádicos e
depravados que pagam suas contas nesses mercados onde são colocados
na vida criaturas consumidoras, que de humano têm apenas a
aparência. Foram essas criaturas, seus generais da Escola Superior
de Guerra, seus governadores subservientes aos interesses
oligárquicos, seus amigos e amigas que compartilham com elas os
mesmos ideais e objetivos que produziram os torturadores que
cumpriram as ordens dadas pelos funcionários públicos dos órgãos
de repressão do Governo da Ditadura Militar de 1964. A origem dos
torturadores e das ações monstruosas que eles fizeram (e muitos
ainda continuam fazendo) está no Sistema Capitalista e seus
defensores; os ideólogos desse sistema irracional e desumano e seus
seguidores de todos os tempos e latitudes são os responsáveis pelas
torturas realizadas em Jeová Assis Gomes e em todos os nossos
companheiros que morreram enfrentando as criaturas geradas pelas
oligarquias e latifundiários nacionais e internacionais que querem
que o Estado funcione com limites impostos pelos seus lucros,
interesses e sua torpe ideologia pseudodemocrática.
Postado
por Brasil Livre às 07:08 Nenhum comentário:
quinta-feira,
28 de março de 2013
Lutas
que devem continuar contra o capitalismo (parte 2).
"O
conjunto da ditadura civil
Como
nasceu, são adestrados, se reproduzem, funcionam e vivem seus
elementos."
Um
sistema social e uma sociedade tem suas estruturas, órgãos, leis e
todos os princípios de funcionamento obedecendo motivações, idéias
e objetivos dos seus criadores, controladores e os segredos desses
processos sociaís e estatais. Vivemos no mundo ocidental sob a visão
de mundo da cultura judaica-cristã, grego-romana e do capitalismo
com suas várias formas de práticas e condicionamentos pessoais,
sociais, materiais e éticos.
Essas
premissas serão sempre levadas em conta para que possamos
compreender as nossas vidas, a nossa sociedade, as pessoas e tudo que
percebemos com as diferentes capacidades de análise, compreenssão,
reflexão e´prática que todos temos com diferentes capacidades,
formação cultural e científica ou (como é esperável neste
sistema capitalista), com o senso comum das pessoas preconceituosas
ou sem as necessárias informações para agirem e reagirem aos fatos
e coisas da vida. Nada poderemos compreender se partirmos de idéias
falaciosas, preconceituosas, alienadas e baseadas em visões de mundo
dos que fazem parte do "conjunto da sociedade civil" e dos
demais aparelhos ideológicos que defendem seguem e reproduzem os
valores, princípios e idéias dos capitalistas burgueses e seu
estado antidemocrático da direita capitalista totalitarista.
Seríamos ingênuos, incompetentes e irresponsáveis se não
observássemos essas premissas e essas superestruturas sob as quais
estamos vivendo. Antes de ser um "animal político" (
conforme sentenciava Aristóteles e somente se limitando a ver essa
parte a contribuição geral e ontológica do homem) o homem é um
animal, como os demais seres das inúmeras e diferentes espécies
animais que vivem na terra. Todos os sistemas vivos necessitam de
energia para viver, mesmo os vegetais necessitam realizar processos
de obtenção de meios para manterem-se vivos e se reproduzirem. Os
vírus e bactérias necessitam invadir as células para obter energia
e condições necessárias para viverem. O homem (como dizem os
profetas judeus e demais teóricos e pensadores de todos os tipos
emanados da visão de mundo judaica-cristã e greco-romana) é um
animal político que necessita viver em grupo e produzir as coisas e
meios necessários para sobreviver e se reproduzir transmitindo seus
genes, cultura e todas as formas de conhecimento que a espécie
humana acumulou através da história. Os egípicios, chineses,
indianos e todos os povos acumulam culturas, saberes, informações,
experiências, conquistas e tecnologias de todos os tipos e formatos.
Estudando
as obras de Engels, Karl Marx, Proudhon, Rosseau, Kent, Grenisei e
todos os pensadores que venho citando na minha obra, voces poderão
ter os pré-requisitos necessários para melhor compreender os meus
princípios, valores e idéias. Não escrevo para ser entendido e
criticado pelos "analfabetos políticos"( leiam o obra de
Bertold Brecht, Máximo Gorki, Trotsky, Lenine e os demais pensadores
que analizaram os diferentes regimes e sistemas culturais, sociais e
econômicos), , pelos adestrados pelos sistemas educacionais
capitalista-burguês formador de professores agentes e operadores
necessários a manutenção a manutenção dos poderes e privilégios
dos donos dos meios de produção e do também capital humano
transformado em eleitor-consumidores...
Não
serei ingênuo ou utópico para esfera dos que obdecem e seguem os
princípios, valores e idéias dos capitalistas-burgueses,
compreenssão, aceitação e apoios; jamais isso acontecerá pelo
simples fato que eles são meus inimigos e se opõem radicalmente a
minha ideologia e visão de mundo. Esperarei sempre da parte dos que
fazem parte da "Ditadura civil", Aparelhos ideológicos do
estado burguês" e "indústria cultural") apenas o que
eles são preparados e necessitam oferecer as pessoas que não
aceitam seus valores idéias, princípios e consumos de luxo como
coisas absolutamente necessárias para todas as pessoas: esperarei
deles torturas, perseguições,´prisões, mal tratos, atos sádicos
e todas as forma de ações e coisas que possam impedir-me de obter e
alcançar. Não esperarei dos meus inimigos cavalos-de-Tróia ( os
troianos foram enganados e perderam a guerra, pois, esperaram
submissão, admiração, compreenssão e covardia da parte dos seus
inimigos gregos); não sou troiano sou um brasileiro ex-torturado,
perseguido e vítima de vários tentativas de assassinato realizadas
pelos meus inimigos ( quer acreditem em mim, ou não, essa é a
realidade que somente meus inimigos seriam capazes de confessar,
assim como todos os que sofreram, ou sofrem, os mesmos processos de
ataques e tentativas de destruição realizadas por criaturas
torturantes sádicas e defensores dos inimigos das pessoas como eu).
Sei que hoje( 2012/Brasil) está em moda a formação de "
Comissão da verdade" geralmente infestada de figuras de todos
os tipos como a intenção de apurar os fatos e circunstâncias
ocorridos durante a ditadura militar ( 1964-1989); muitos de total ou
parcial interesse e boa fé em resumo desejam não mais que ocorram
fatos como aqueles que xxxxxxxx durante esse período da história do
Brasil; de boa-fé o inferno está cheio....Procuram enterrar os
corpos dos militantes de esquerda que são enconrados nos valões das
periferias ou nos cemitérios clandestinos, onde muitos dos meus
companheiros e companheiras de luta foram jogados como se fossem
restos mortais para banquetes dos vermes e urubus. Procurem no oceano
Atlântico se estão com tanta disposição assim e vejam se
encontram os arquivos das ditaduras do "Cone Sul" e da
"Operação Condor" lá. Continuem enchendo os livros e os
sites da internet para registrar todas as coisas e circunstâncias
que nossos inimigos capitalistas-burgueses e seus seguidores de todos
os tipos desejam destruir ou reescrever segundo seus xxxxxxx e
irracionais interesses capitalistas burgueses. Espero realmente que
os que estão nessa busca dos ossos dos meus companheiros e
companheiras possam buscar no presente os que como eu conseguimos
sobreviver e estamos esperando ser encontrados vivos por todos os
brasileiros que estão realmente interessados em preservar e manter a
história do nosso país viva e compreendida por todos os que não
aceitariam nem aceitam se juntar aos nossos inimigos que fizeram com
que aqueles fatos terroristas e criminosos fossem realizados. Que
grande preocupação eu venho observando nessas "Comisssões da
Verdade" em escrever as histórias, realizar xxxxxxx e debates
em ambientes aburguesados onde nossos atuais inimigos desfilam suas
figuras arrogantes, prepotentes alienadas e sádicas. Sei muito bem
quem de fato é ou quer ser do " Nosso Time"...hoje e
sempre; não estudei e estudo todos os dias os temas aqui abordados
para ficar sem capacidade de saber "separar o joio do trigo",
ou, quem é ou não meus amigos e meus inimigos. Não xxxx sair deste
inferno onde meus torturadores e perseguidores controlam e
administram todos os tipos de meios e criaturas que fazem com os
torturados submetidos aos seus controles sádicos e irracionais
"desejam a morte" por não mais resistir aos sofrimentos e
dores infinitas criadas e produzidas pelos defensores dos
capitalistas-burgueses. Serei o mais claro consenso para que fique
bem compreendido nos meus livros o que realmente pensei e fiz, e o
que hoje penso e faço. Não necessito de editores, tutores
intelectuais, institucionalizadores oficiais de pensamento, idéias e
cultura para narrar a minha história e tudo que xxxxx experiencias,
pesquisar e compreender desde o primeiro momento que tive contato com
os meus inimigos e seus agentes criminosos fantasiados e mascarados
de agentes da ditadura militar.Sei que nessas "Comissões da
Verdade" esistem parentes dos meus companheiros e companheiras
que gostariam que as memórias dos seus entes queridos e a nossa
história fossem mantidas para sempre nas mentes das futuras
gerações, esse era também um dos nossos desejos quando estávamos
lutando e sendo torturados pelos monstros sádicos no DOI-CODI, DOPS,
CENIMAR e nos demais centros de terror que os capitalistas-burqueses
criaram via seus regimes tirânicos e ditatoriais. Nossos parentes
sabem muito bem dos nossos princípios, idéias, valores e objetivos;
todos nós sabemos que poderíamos ser presos, torturados e
assassinados. Na Argentina foram 30.000 no Chile mais de 3.000 e em
todos os países da América do Sul e Central são outros milhares de
companheiros que foram perseguidos, presos, torturados e
assassinados. Todos nós que lutávamos contra a "Ditadura
Militar" estudamos o máximo possível Karl Marx, História do
brasil, "História da Revolução Russa de 1917", História
da Revolução Francesa, xxxx realizados por Hittler, Stalin e todos
os tipos de ditadores e tiranos que a história (hoje a internet é
moda como fonte informativa e de conhecimento) registra. Hoje menos
historiadores e pesquisadores procuram deixar nos livros, filmes,
bibliotecas, salas de aula, seminários, etc, as informações para
que no futuro todos possam conhecer as histórias e fatos que
acontecem hoje (2012); assim foi feito no passado e será feito
sempre para que novos estudantes, os novos lutadores tenham condições
de saber da nossa história, esse é um dos motivos que me obrigam a
escrever esses livros; sou grato aos autores, pensadores e teóricos
que escreveram os livros e textos que nós em plena ditadura militar
e em lutas onde sabíamos os pováveis resultados individual e
coletivamente das nossas ações. O companheiro Carlos Lamarca morreu
se alimentando de rapadura, tendo como calçado "sandálias
japonesas" e lendo Guerra e Paz de Leon Tolstoi e aconselhando a
todos a ler esse livro. Seus senhores e senhoras parentes ou não dos
companheiros e companheiras que lutaram contra as ditaduras do "Cone
Sul" e principalmente contra o sistema capitalista burguês que
de fato as produziu e manteve o quanto pode essas ditaduras, nós não
éramos utópicos ingênuos, nós sabíamos as várias e diferentes
probabilidades decorrentes das nossas escolhas de modo de vida e da
nossa ideologia. Assim se eu estivesse morto como estão milhares dos
meus companheiros e companheiras hoje existem apenas nos livros e nas
memórias dos que hoje existem apenas para busca e manter suas
histórias registradas. Se eu estivesse morto certamente eu esperaria
que pessoas sérias, de boa fé, responsáveis e compromentidas com
as nossas lutas procurassem no mínimo manter as nossas biografias e
história vivas e em nossas condições de ser profunda e claramente
conhecidas por todas as pessoas, principalmente pelos pobres e
miseráveis espalhados nas cidades e nos imensos campos sem a mínima
qualidade de vida. Eu tenho por hábito em minhas pesquisas estudar
biografias de todos os companheiros e companheiras que lutaram e
lutam contra os nossos reais inimigos: os capitalistas burgueses e
seu Estado Antidemocrático da Direita Facista. Muitas biografias
foram lidas, analizadas e refletidas, inclusive as biografias dos
diferentes mercenários e agentes das Ditaduras Capitalistas
mascarados de várias formas para impor medo e terror defendendo os
interesses dos seus chefes e patrões.Esse é um hábito que cultivo
e muito tem me ajudado, pena que eu continue me preparando para s
lutas e enfrentamentos contra os meus inimigos. Terei muitas
observções importantes lendo as histórias contadas sobre essas
batalhas realizadas. Os meus companheiros e companheiras morreram
para que o mundo e a sociedade pudessem oferercer a todos as
condições necessárias para viverem; estive próximo a muitos
desses companheiros e convivi com eles ouvindo dos lábios deles as
palavras que hoke muitos historiadores e pesquisadores narram
colhidas essas palavras em fontes muitas vezes não fidedignas e
realistas. Lendo histórias, biografias e muitos outros temas
profundamente pesquisados, posso aqui narrar algumas circunstâncias
e fatos depois devidamente refletidos.
Todas
as pessoas, os pesquisadores e historiadores estejam ou não
interessados na nossa história de enfrentamento a Ditadura Militar,
estejam essas pessoas dentro ou fora das tais "Comissões da
Verdade", oficial ou oficiosas - estão prestando um grande
trabalho de ajuda a nossa causa e ao Nosso Time...Isso é muito
importante fazer, mas é apenas uma tática que compõe a estratégia
geral dos nossos companheiros e companheiras de ontem que foram
presos, torturados e assassinados. Eu pergunto se essa é a única
tática que vocês conseguiram para continuar as lutas de todos os
desaparecidos políticos e as nossas lutas contra o Sistema
Capitalista Totalitário que de fato foi o gerador das Ditaduras
Militares que nós enfretamos; Bata somente fazer memoriais,
"Comissões da Verdade" ficar indignados e xxxxx xxxxx
alguns ossos misturados com entulhos para sentirem-se com as suas
missões confundidas diante de todos? Perguntas semelhantes para
todas as pessoas que estão sabendo até além da conta sobre as
ditaduras militares do Cone Sul, sobre os regimes facistas e
totalitários registrados nos livros e nas mídias - todos os vivos
sabendo muito sobre os companheiros mortos e muitas pessoas sádicas
e criminalmente se reunindo em eventos e atos para resgatar as
memórias daqueles que quando estavam vivos ninguém desses grupos
oportunistas de xxxxxxxx, historiadores e pesquisadores de regimes
totálitários se preocupava ao menos em compreender seus motivos,
idéias e princípios. Quantos dos parentes que hoje procuram fazer
memoriais, xxxxxx as biografias dos meus companheiros e companheiras
de lutas concordaram com eles quando vivos estavam? Agora esta em
moda e foi constitucionalizado essa caçada aos mortos e
desaparecidos políticos por gente de todos os tipos e diferentes
formações políticas e ideológicas. Parecem querer transformar
esses esses movimentos e essa moda em coisas que possas ser
capitalizadas para aumentar alguns podres poderes de criaturas
espertas e oportunistas. Lucram com ressureições de mortos,
memórias e histórias que nunca desejam particpar, pois para isso
teriam xxxxx correr riscos e não apenas ficarem indignados e
alienados. Quantos estão vivos dos que foram presos, torturados e
persguidos pelos agentes da Ditadura Militar e hoje cheios de
seqüelas encontram-se desempregados e aparecem em atos e eventos
para melhor formatar o "expetáculo xxxx" que os produtores
de xxxxx xxxxx criam e mostram com história das Ditaduras Militares
do Cone Sul? Posso muito saber o que os milhares de companheiros e
companheiras que foram presos, assassinados e desaparecidos querem ,
sou do "Time Deles"; eles falavam de todas as formas como
pudessem quais eram os nossos objetivos; eles sempre foram claros e
concisos ao apresentarem suas propostas e realizarem suas lutas. Não
é preciso muitos estudos e informações para nos conhecer e saber
dos nossos princípios, idéias e valores; todos nós militantes de
esquerda ontem, hoje e sempre somos facilmente compreendidos nas
nossas idéias e objetivos - leiam as biobrafias dos companheiros e
companheiras que enfrentaram as ditaduras e os regimes totalitários
do todos os tipos; hoje com as buscas na internet é muito fácil
saber imediatamente o que eu penso ( vejam na internet meu site
http://movebr.wikidot.com/ ; meu blog:brasilivre1800.blogspot.com e
no youtube: http://www.youtube.com/user/csunearquivo?feature=mhee
,"jorgemiguel anosdechumbo").
Hoje
qualquer criança que saiba fazer buscas na internet pode utilizando
o Google digitar: "Carlos Lamarca", Carlos Mariguella, Luis
Carlos Prestes, Gregório Bezerra, Luiz Travassos, Honestino Monteiro
Guimarães, Fernando Sarita Cruz, Helenira Souza Resende Nazaré,
Sonia Stuart Angel, Vladimir Herzog, Alexandre Vanucchi Leme, Olga
xxx Prestes, Maria Auxiliadora, que se suicidou jogandeo-se sob as
rodas do trem do metrô na Alemanha por não agüentar as seqüelas
derivadas das torturas quando foi presa pelos órgãos de repressaõ
dos capitalistas burgueses e seus mercenários agentes oficiais
vestidos de funcionários públicos).
Eis
que nesse ponto do livro tenho que aplicar na narrativa alguns
princípios dos surrealistas e das formas como se faz uma "Xxxx
de assembléia estudantil" para
Postado
por Brasil Livre às 09:56 Nenhum comentário:
Mandado
de segurança do presidente da UNE Honestino Guimarães
Postado
por Brasil Livre às 09:50 Nenhum comentário:
Documentos
raros - arquivos CSUNE
Postado
por Brasil Livre às 09:34 Nenhum comentário:
terça-feira,
8 de janeiro de 2013
O
CAPITALISMO ORIGINA TODOS OS REGIMES TOTALITÁRIOS E DITADURAS
Trançando
a linha da história da civilização ocidental desde a Grécia, Roma
e o autoproclamado “povo escolhido por Deus” (os hebreus) pode-se
comprovar e perceber que sempre minorias se apropriam de tudo e todos
os poderes utilizando para isso instrumentos de vários tipos para
levar a maioria (geralmente de pessoas ignorantes e pobres) a
legitimar e aceitar esses domínios e controles sociais. Reis e
rainhas na Antiguidade e no Mundo Feudal, Primeiros Ministros e
Presidentes no Mundo Moderno são eleitos de diversas formas por
populações que, em sua grande maioria representam as elites,
aristocratas e celebridades condicionadas propositalmente para
participar de processos eleitorais falhos e muitos deles
criminosamente idealizados por intelectuais e agentes oficiais de
Estado Burguês Capitalista Totalitário. Desde há muito que as
minorias de privilegiados e donos dos podres poderes obtidos com
processos políticos ridículos e pseudodemocráticos, essas elites
criminosas buscam legitimações e justificativas de todas as suas
ações sádicas e alienantes. Esses políticos se fazem passar como
legítimos representantes de todas as pessoas, inclusive dos
escravos, miseráveis, sem tetos, sem terras e todos que são
mantidos pelos donos dos meios de produção e seu sistema
capitalista totalitário como seres passivos, ignorantes,
despolitizados e coniventes com todos os atos emanados das torpes e
sádicas mentes dos seus representantes políticos mascarados de
“representantes do povo” nas Assembleias Legislativas, Congressos
e Câmaras de Vereadores e Deputados. Eis que o processo vem de há
muito se mantendo para que minorias de oligarquias, celebridades,
ricos e famosos de todos os tipos e lugares se perpetuem em seus
castelos, mansões e condomínios de luxo colecionando produtos de
luxo e grifes famosas; tais criaturas acham-se legitimadas por
valores e princípios abstratos saídos das mentes dos seus serviçais
intelectuais que criam doutrinas e ideologias para justificar os
crimes e explorações cometidas contra a maioria da população que
mantida na miséria é condicionada criminosa e propositalmente a
seguir imitando, invejando e desejando ser burguês e capitalista;
eis que os oprimidos são controlados e condicionados para invejarem
e seguir os valores e princípios dos opressores no ciclo vicioso que
para os controladores e administradores do Estado Capitalista-Burguês
parece lógico e sempre necessário que assim sempre ocorra. Eis que
muitos desejam ser patrões donos dos meus de produção e esquecer a
História e todos que lutaram e lutam contra os que se acham donos de
tudo e todos até mesmo das estrelas do universo.
É
esse ciclo vicioso que de há muito vem mantendo os criminosos
capitalista-burgueses e seu Estado Antidemocrático Capitalista
Totalitário garantindo os valores, princípios e ideias de
oligarcas, banqueiros, latifundiários e celebridades de todos os
tipos que ostentam suas ociosas vidas de exploradores dos povos e
mantedores da alienação das massas. É esse Estado Capitalista
Totalitário que gerou Hitler, Mussolini e todos os tipos de regimes
onde as pessoas foram assassinadas, presas e torturadas; é esse tipo
de Estado Burguês Capitalista que gerou as Ditaduras Militares na
América Latina a partir dos anos 60 (no Brasil a Ditadura Militar de
1° de Abril de 1964). Cabe aos que ainda lutam contra esses sádicos
mascarados de representantes do povo com seus podres poderes
instituídos e pensados criminosamente por seus ideológicos e
seguidores continuar lutando contra tais ações dos mercenários e
comportamentos que os inimigos dos povos introduzem propositalmente a
todo instante e em qualquer lugar para continuarem mantendo seus
privilégios e ociosas vidinhas de criaturas desespiritualizadas e
sádicas. A primeira coisa a ser feita é não aceitar os valores,
princípios e idéias dos capitalista-burgueses e seus agentes
mercenários de todos os tipos, não aceitando juntar-se a eles.
Como
fazer isso? É simples, use o bom senso e a lógica ao separar os
amigos e companheiros de luta dos que desfilam suas figuras
prepotentes e arrogantes nos diferentes lugares dos países
capitalistas. Separe o joio (mato desnecessário e inútil) do trigo
e assim fazendo já terá obtido um grande sucesso apontando as redes
constituídas de elementos mafiosos, “analfabetos políticos”,
“inocentes úteis” e consumistas de todos os tipos de sua vida.
Eis que dos mais de 7.000.000.000 de habitantes do planeta continua
cientificamente controlados para aceitarem, valorizarem, imitarem e
invejarem os capitalista-burgueses como seres necessários e “úteis”
para todas as coisas e pessoas. Eis a inversão surrealista criada
propositalmente pelos profetas judaicos e todos os ideólogos das
elites ricas de todos os tempos. Sempre haverá os ricos e pobres e
isso parece ser para os inimigos dos pobres uma lei da Física e um
determinismo para ser aceito por todos os miseráveis de diferentes
lugares e circunstâncias. São criadores e legisladores que criam
leis que servem única e exclusivamente para manter seus podres
poderes e privilégios para isso é necessário as justificações
dos atos dos constituintes e Constituições Burguesas Capitalistas
onde os miseráveis são adestrados e controlados para legitimarem as
ações dos opressores do povo. Que fique bem claro e compreendido
por todos os exploradores, pelos capitalista-burgueses e seu Estado
Totalitário gerador de Ditaduras e Tiranias (defendidos por leis
criadas propositalmente para defender privilégios de minorias ricas
e famosas)que desejam essa sofisticada inversão saída dos seus
gabinetes universitários e dos templos judaicos seja aceita e
legitimada por todos os explorados e pobres. Tais criaturas
subvertem e desrespeitam a lógica e querem por todos os meios fazer
com que suas vítimas os invejem e desejem ser semelhantes a eles.
Querem fazer todos seguirem os valores, princípios, hábitos,
comportamentos e idéias. Para isso criaram os “Três Conjuntos”,
instrumentos máximos de controle social, adestramento e cooptação:
o conjunto da “Ditadura Civil”, os Aparelhos Ideológicos do
Estado Burguês Capitalista e a Industria Cultural.
São
esses macroinstrumentos que permitem e garantem a prepotência, a
arrogância e as ações sádicas dos que se acham donos de todos e
de tudo no universo. Os Aparelhos Ideológicos (foram estudos
constantes de Althusser, filósofo francês) são as famílias que
seguem os valores impregnados da tradição e propriedade segundo a
ética e o espírito dos protestantes e de todos os
capitalista-burgueses. São adestradores e educadores das pessoas
durante toda a vida dentro dessa sociedade judaico-cristã e
capitalista; os princípios, valores, hábitos, ideias e consumos da
classe burguesa que institucionaliza e mantêm as pessoas
condicionadas para aceitar acrítica e alienadamente o “Estado
Capitalista Totalitário Liberal Burguês”. As crianças das
creches aos adultos nas universidades, todos são adestrados e
controlados para aceitarem os valores e invejarem os burgueses e suas
vidinhas inúteis, mentirosas e opressoras. A “Ditadura Civil” é
um conjunto que é constituído de elementos que aceitam ser
seguidores e defensores de todos os tipos de valores, ações e
ideias dos que criaram os regimes totalitários e tirânicos através
da história. Esses elementos utilizam a “lei do vale tudo” para
manter seus consumos e valores diante de suas vítimas e de todos que
escravizam e controlam. Por fim, a Indústria Cultural infestada de
celebridades milionárias dos esportes e das artes que são
instrumentalizadas por pseudoagentes culturais e artistas
comprometidos com a ideologia dominante para transformar as pessoas
em idiotas, fanáticas, alienadas, seguidoras de inúteis criaturas e
legitimadoras dessa sociedade onde os capitalistas esperam sempre
transformar todos segundo suas imagens sádicas e criminosas
comprando as almas de “inocentes úteis” e deslumbrados com
produtos e serviços criados pelos ideólogos e administradores desse
Estado Capitalista Totalitário.
Motivos
para a existência do blog e do site:
11-
Os responsáveis são pesquisadores e lutadores, de há muito
tempo, para que o Brasil possa, de fato, ser um país democrático e
soberano.
22-
Não temos condições financeiras e estamos há muito tempo
fazendo inúmeros sacrifícios para divulgar e manter a história que
os inimigos do povo querem esconder.
33-
A trilogia “A UNE, O Movimento Estudantil e Política”
necessita de verba para contratar uma editora para produzir os
livros. Se colaborar com mais de R$20,00, estará garantindo um
exemplar logo que for editado.
44-
Ajudará o Blog a lutar pela transformação do projeto “Minha
Casa, Minha Vida, Meu Direito, e Dever do Estado” em lei (ver este
projeto postado no neste blog), pois estaremos lutando para que isso
aconteça através de democracia direta.
55-
“Restaurantes Populares Federais” é outro projeto que será
apresentado ao Executivo Federal para que todas as pessoas possam, de
fato, ser iguais perante a lei, e possam, como os estudantes de
algumas universidades públicas brasileiras, ter o direito de jantar
e almoçar com menos de R$2,00 por refeição, e café da manhã com
menos de R$2,00 (vejam os detalhes, justificativas e princípios
desse projeto neste blog).
Agradecemos
antecipadamente a todos que possam depositar nas contas acima
qualquer importância, pois isso fará com que tenhamos meios e armas
para continuarmos as nossas lutas contra os inimigos do povo.
Jorge Miguel
Postado
por Brasil Livre às 05:23 Nenhum comentário:
quarta-feira,
7 de novembro de 2012
Nome
do Projeto: “Minha Casa Meu Direito e Dever do Estado”
Democracia
Direta – Projeto Lei de iniciativa popular visando a criação da
Lei que possibilitaria a todos os brasileiros e brasileiras a partir
dos 18 anos de idade ter direito a casa própria.
Esse
projeto visa a criação da Lei que vai garantir concretamente que o
direito de moradia e a vida sejam de fato obtido pelos brasileiros e
brasileiras. Assim, como foi conseguida a “Lei da Ficha Limpa”
(vejam o histórico desse processo) esse Projeto quer ver realizado o
desejo natural que todas as pessoas buscam obter – a CASA PRÓPRIA.
É preciso mais de 1 milhão e duzentas mil assinaturas de eleitores
(tendo ao lado delas o respectivo número do título de eleitor) para
que esse Projeto possa dar entrada no Congresso Nacional Brasileiro
para ser votado e transformado em Lei, assim como foi o trâmite da
“Lei da Ficha Limpa”.
JUSTIFICATIVA
Todos
os brasileiros e brasileiras, eleitores ou não desde criança são
consumidores de produtos e serviços que descontam vários tipos de
impostos para os municípios, estados e governo federal. Se
calcularmos quanto uma determinada pessoa pagou de impostos desde os
primeiros consumos realizados em diferentes pontos de vendas de
produtos e serviços até completar os 18 anos de idade, certamente
somados todos os valores arrecadados pelos órgãos públicos
(Secretaria da Fazenda, Ministério da Fazenda, etc), esse total
(calculem os contabilistas e economistas) ultrapassaria o valor
necessário para a compra de uma casa popular (dois quartos, sala e
banheiro). O governo federal através do Ministério das Cidades deve
receber uma verba específica vinculada a garantir aos brasileiros e
brasileiras a concretização do direito à moradia sem qualquer tipo
de dificuldades e processos burocráticos por parte do Estado. Todos
os engenheiros e arquitetos sabem que nas Universidades do mundo todo
já existe protótipos e projetos de casas populares, a baixo custo e
alta eficiência e viabilidade; os escritórios de arquitetura e
engenharia civil do Brasil, simpáticos a esse projeto, poderiam
assessorar e contribuir para a realização do mesmo de várias
formas, principalmente projetando e oferecendo ao poder público os
modelos de CASAS POPULARES.
Aristóteles
disse em um de seus livros que o homem é um animal “político” –
só que os representantes do povo e os administradores da “coisa
pública” desde a Grécia antiga estão esquecendo que antes de ser
um eleitor, político e cidadão o homem também é um animal que
necessita comer e morar com segurança e conforto – condições que
nunca nas democracias burguesas foram concretizadas de fato e saíram
dos textos legais para a realidade das pessoas que elegem seus
representantes em tais Estados de Direito Democrático. Comer e morar
vem antes de ser eleitor ou possuidor de deveres diante deste tipo de
Estado.
Todas
as pessoas minimamente informadas sobre os processos e condições de
obtenção de uma casa própria ou aluguéis de imóveis no Brasil,
sabem que as dificuldades são criadas propositalmente pela
especulação imobiliária e o descaso irresponsável dos poderes
púbilcos do Estado Democrático. No Brasil, o déficit habitacional
já alcança em 2012 mais de 20 milhões de famílias sem um teto e
imóveis vazios que servem para os especuladores imobiliários de
todos os tipos são mais de seis milhões. Só na cidade de São
Paulo segundo a campanha do candidato à Prefeitura Fernando Haddad
(Eleições de 2012) o déficit habitacional chega a mais de 220 mil
famílias sem teto e as poucas famílias que moram em favelas
próximas a terrenos valorizados assistem seus barracos serem
destruídos por incêndios criminosos ou acidentais...
Quando
os eleitores pobres e miseráveis foram consultados sobre onde e como
investir o dinheiro dos impostos (os impostos no Brasil estão entre
os maiores do mundo)?As obras suntuosas, irresponsáveis,
desnecessárias e criminosamente projetadas saem sempre das mentes
dos que nunca se preocupam de fato com as reais necessidades das
pessoas pobres e se acham representantes do povo e justos
administradores do patrimônio público.
Se
os eleitores pobres e miseráveis de todos os tipos e circunstâncias
tivessem o mínimo de informação e consciência política
certamente tais descalabros, irresponsabilidades e improbidades
administrativas realizadas pelos funcionários públicos e
“representantes do povo” não ocorreria em nosso país. Assim,
conclamo e busco apoio de todos que estão sem teto e sem as
condições mínimas necessárias de existência (que são garantias
e direitos fundamentais escritos na Constituição Federal
Brasileira) a unir forças para que o Projeto “Minha Casa Meu
Direito e Dever do Estado” seja de fato cumprido e todos os
consumidores possam ver de fato os seus direitos sendo respeitados.
Quando os pobres e miseráveis votam esperam retornos que possam
resolver os imensos e graves problemas que têm e não assistir
irracionais concentrações de rendas, corrupções, inseguranças e
desrespeitos aos Direitos Humanos que todos podem constatar vendo os
fatos e segundo as matérias informativas nas mídias de todos os
tipos. Unam-se, assinem esse projeto e deixe de ser enganados com
“sonhos da CASA PRÓPRIA”.
Às
pessoas que desejarem contribuir e apoiar para o sucesso desse
projeto, deixe as suas sugestões e digam como poderão contribuir,
me contate pelo e-mail: jorgemiguel2007@gmail.com.
Mais
informações sobre o autor do projeto, veja no youtube:
http://www.youtube.com/results?search_query=jorgemiguel+anosdechumbo+&oq=jorgemiguel+anosdechumbo+&gs_l=youtube.3...112270.112270.0.113091.1.1.0.0.0.0.0.0..0.0...0.0...1ac.1.
e
no site: http://movebr.wikidot.com/ .
Sem
mais, até as vitórias!
Autor:
Jorge Miguel de Almeida Santos. Ex- estudante de Ciências Sociais
(UFBA) e Agronomia (UFRRJ).
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por Brasil Livre às 12:57 Nenhum comentário:
terça-feira,
19 de junho de 2012
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por Brasil Livre às 07:17 Nenhum comentário:
quinta-feira,
5 de abril de 2012
Walk
Talk Show (TV USP) - Entrevista Jorge Miguel
Jorge
Miguel, pesquisador da UNE, fala nesta entrevista a TV USP sobre seus
trabalhos de pesquisador a respeito da UNE e do movimento estudantil,
da história do ensino superior no Brasil, das lutas realizadas pelos
estudantes brasileiros durante diferentes fases da história do
Brasil.
Obra
sobre a UNE: "A UNE, movimento estudantil e política".
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por Brasil Livre às 11:13 Nenhum comentário:
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Bahia, CRUSP, Jorge, Miguel, Salvador, TV USP, UNE
sábado,
24 de março de 2012
Análise
direta (RIT TV - 2010) - parte 3
O
ex-preso político e ex-assessor da UNE, Jorge Miguel, em 2010, no
programa Análise Direta da emissora RIT.
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por Brasil Livre às 07:23 Nenhum comentário:
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2010, Jorge Miguel, TV, UNE
Análise
direta (RIT TV - 2010) - parte 2
O
ex-preso político e ex-assessor da UNE, Jorge Miguel, em 2010, no
programa Análise Direta da emissora RIT.
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2010, Jorge Miguel, TV, UNE
Análise
direta (RIT TV - 2010) - parte 1
O
ex-preso político e ex-assessor da UNE, Jorge Miguel, em 2010, no
programa Análise Direta da emissora RIT.
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por Brasil Livre às 07:17 Nenhum comentário:
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sábado,
17 de março de 2012
Eleições
2010 - parte 5
Programa
Eleições 2010 da emissora RIT, com Jorge Miguel, ex-assessor da
UNE, ex-preso político. Atualmente trabalha no levantamento da
história da UNE e do movimento estudantil.
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por Brasil Livre às 12:55 Nenhum comentário:
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2010, Eleição, Jorge Miguel, UNE
Eleições
2010 - parte 4
Programa
Eleições 2010 da emissora RIT, com Jorge Miguel, ex-assessor da
UNE, ex-preso político. Atualmente trabalha no levantamento da
história da UNE e do movimento estudantil.
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por Brasil Livre às 12:33 Nenhum comentário:
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2010, Eleição, Jorge Miguel, UNE
Eleições
2010 - parte 3
Programa
Eleições 2010 (RIT). Jorge Miguel, ex-preso político, ex-assessor
da UNE e pesquisador da história da UNE e do movimento estudantil.
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por Brasil Livre às 12:08 Nenhum comentário:
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2010, Eleição, Jorge Miguel, UNE
Eleições
2010 - parte 2
Programa
Eleições 2010 (RIT). Jorge Miguel, ex-preso político, ex-assessor
da UNE e pesquisador da história da UNE e do movimento estudantil.
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por Brasil Livre às 11:47 Nenhum comentário:
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2010, Eleição, Jorge Miguel, UNE
Eleições
2010
Programa
Eleições 2010. Entrevista com Jorge Miguel, pesquisador e ex-quadro
político da UNE, sobre política e história desta instituição.
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por Brasil Livre às 11:10 Nenhum comentário:
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2010, Eleição, Jorge Miguel, UNE
quinta-feira,
26 de janeiro de 2012
Universidade
e Conhecimento
Felicidade
passei no Vestibular mas a faculdade é particular — … burgueses
são vocês / eu não passo de um pobre assistido socialmente (da
graduação, mestrado e doutorados "ditos carentes") que
deverei ser também, ao final desse processo assistencialista e
behaviorista, um burguês. Quantos crimes, quantas almas vendidas e
compradas no mercado das assistências estudantis onde uma ideologia
monstruosa criada pelos defensores do Estado-capitalista-burguês
oprime, reprime e reprograma ideologicamente estudantes
universitários para que todos sejam transformados "à imagem e
semelhança dos burgueses das colunas sociais". Felicidade ao
passar no Vestibular é o encontro máximo de uma ideologia que busca
nos conhecimentos formais os poderes e privilégios — Todos serão
felizes nas redomas universitárias, os assistidos e os assistentes —
Todos aceitaram o liberalismo e o capitalismo e viveram felizes para
sempre com títulos, consumos e comportamentos capitalistas. Eis que
esse é o objetivo da TFP Tupiniquim e Tupy. Universidade rima com
infelicidade também para aqueles que venderam a alma ao diabo
burguês-capitalista em troca de moradia e alimento grátis. Mais
vale um desalmado para o capitalismo (esses serão obrigados a
aceitarem-se como "capital humano") do que os homens que
nasceram livres para buscar os conhecimentos em todos os lugares
Eis
que institucionalizam pessoas e aburguesam Tudo e Todos para os
interesses dos que produziram o Estado Democrático de Direito.
CSUNE
Postado
por Brasil Livre às 13:23 Nenhum comentário:
Parceria
UNE-Rede Globo
Onde
a Globo e a Fundação Roberto Marinho estiverem nós ex-presos
políticos estaremos lutando contra ela — que representa os
interesses dos Estados Unidos desde 1965 quando o Grupo Time Life
colocou seus podres poderes nas comunicações brasileiras — vejam
os livros: "A história secreta da Rede Globo" de Daniel
Herz; "A Fundação Roberto Marinho" de Romero Costa
Machado (volumes I e II); e "O Campeão de Audiência" de
Walter Clark.
A
nossa entidade histórica, a UNE é uma força para defender os
interesses do Brasil e dos estudantes universitários brasileiros —
a história registra isso e o estatuto da entidade mostra quais os
princípios e ideologias que orientam as ações da UNE. Assim os
traidores de sempre estarão procurando obter mecanismos e criar
circunstâncias para satisfazerem os interesses dos neocolonizadores
que através de vários meios buscam desmoralizar e destruir a UNE.
Essa podre PARCERIA deve ter surgido das torpes mentes fascistas que
infestam a UNE de há muito e tentam de todas as formas travar as
ações dessa preciosa Estrutura de luta do povo brasileiro. Nós
ex-militantes da UNE, lembrando todos os companheiros assassinados e
torturados que lutaram para um Brasil LIVRE e soberano, continuaremos
a LUTAR sempre que esses criminosos apareçam e os colocaremos nos
devidos lugares. Jamais a UNE deveria se prender a esse Clã carioca
entreguista e subserviente aos interesses norte-americanos que é a
família Marinho (assim como os Frias e os Mesquitas em São Paulo,
os pensadores e ideólogos da direita brasileira).
Essa
nossa posição contra essa Parceria UNE Rede Globo não ficará só
no registro histórico em nosso portal "movebr"; nós
continuaremos a caçar os traidores da UNE e do Brasil que fizeram
esse crime contra a história, a luta e as ações de todos os
estudantes que se sacrificaram pelo nosso país. Fora da UNE,
mercenários traidores — se não sairem formalmente serão, como
sempre devem ser os traidores de todos os tempos — justiçados …
P.S.
Aguardem Novos Capítulos dessa novela ANTI-GLOBO. Nossa LUTA é LUTA
de Todos os que dessejam um Brasil de fato livre dos colonizadores e
também para os Brasileiros ("Brasil Um PAÍS de Todos" —
é mais um lema dos TRAIDORES da pátria). O Brasil é dos
brasileiros e brasileiras e fim de papo, como diria o Raul Seixas.
CSUNE
Novembro
de 2007
Postado
por Brasil Livre às 13:22 Nenhum comentário:
Casa
e Comida
Com
essas simples palavras "casa" e "comida" os
criminosos que estruturam os diferentes tipos de serviços sociais
assistencialista (derivados do Estado de Bem Estar capitalista
burguês) criaram um binômio de opressão, constrangimento,
humilhação e controle social mais monstruoso do que aqueles criados
pelos ditadores do Cone Sul na época dos governos militares
autoritários (Brasil, 1965-1985). Essas "madrastas" das
assistências sociais (nas universidades são as assistêntes sociais
e seus seguidores) substituiram de forma mais sofisticadas os
Torturadores da repressão militar e os facistas que criaram os DOPS
(Departamento de Ordem Política e Social) a OBAN (Operação
Bandeirante) o CENIMAR e todos os demais órgãos dos aparelhos de
repressão defensores dosburgueses capitalistas e de seu Estado
anti-povo. A casa e alimento, hoje, constituem esse binômio que
serve para controlar, adestrar e manipular os comportamentos, os
valores e as ideologias dos assistidos socialmente (os tais
"estudantes carentes" das universidades públicas
brasileiras) e todos os pobres e sobreviventes vítimas dessa
sociedade capitalista-burguesa irracional que quer submeter tudo e
todos aos seus monstruosos princípios e valores. Utilizam essa
fórmula judaica-materialista de levar todos à fome e à falta de
moradia para que suas vítimas (estudantes "carentes")
possam sem resistências ou reflexões sobre esses assistencialismos
ser modelados para servirem como futuros operadores e funcionários
do Estado capitalista burguês e suas empresas públicas e privadas.
Certamente
esse binômio de controle social criminoso atinge seus objetivos
quando encontram suas vítimas (estudantes pobres que de forma
esforçada e quase "milagrosa" entraram nessas redomas que
a burguesia criou para formar seus quadros — as universidades)
indefesas e deslumbradas com as circunstâncias e valores hedonistas
e consumistas que são colocados para alienar e obscurecer as visões
críticas que por acaso possam existir. Usam a fórmula "casa-comida"
gratuito — entre outras "bolsas de apoio aos estudantes
carentes" e facilidades consumistas — para comprar as almas e
modelar as consciências dos que se submetem a receber essas tais
bolsas de apoio ofertadas pelas assistências sociais burguesas.
Muitos estudantes não tendo outra saída se submetem a esses
serviços torturantes que no primeiro ano de universidade aparece
mascarando o inferno (esse assistencialismo criminoso oferecido pelos
neo-repressores do Estado Burguês) com "roupagens" de
paraíso burguês. A fome produzirá juntamente com a necessidade de
moradia produzirá (o direito à alimentação e a moradia são
direitos garantidos pelas constituições liberais-capitalistas que
são descumpridos dentro e fora dos campi universitários) escravos
que se submetem aos interesses dos capitalistas-burgueses
representados por funcionários e funcionários públicos que ocupam
os órgãos assistencialistas para adestrar e controlar suas vítimas
(os "estudantes carentes") para que sejam sempre obedientes
às leis e seguidores da ideologia liberal-burguesa-capitalista.
A
FOME PRODUZ ESCRAVOS.
Postado
por Brasil Livre às 13:21 Nenhum comentário:
A
SEDE ORIGINAL DA UNE NA RUA PRAIA DO FLAMENGO, 132
Eu
Jorge Miguel, ex-preso político que fui militante estudantil quando
era estudante de Ciências Sociais na Universidade de Federal da
Bahia e tive que fazer os enfrentamentos necessários a Ditadura e
por isso fui torturado sadicamente pelos mercenários agentes do
Governo Militar autoritário e tirânico; venho deixar registrado o
meu protesto em público a respeito da construção da sede da UNE na
rua Praia do Flamengo, nº 132 – Rio de Janeiro, capital. Após
inúmeras tentativas de retomada do terreno enfim as várias gestões
da Une conseguiu agora (ano 2011) finalmente as condições
necessárias para construir a sede da UNE no seu local histórico
(onde existiu o clube Germânia era freqüentado por muitos alemães,
descendentes de nazistas e todos os que na década de 1940 apoiavam o
regime nazista de Hitler). Esse prédio foi cedido a gestão da UNE,
cujo presidente era Hélio de Almeida pelo governo de Getulio Vargas
e passou a sediar as atividades políticas, administrativas e
artísticas que a UNE realizava. Foi nesse prédio que surgiu o
primeiro restaurante universitário do Brasil – com os preços
baratos e que até as pessoas do povo costumavam fazer refeições,
até ele ser deslocado para o centro do Rio de Janeiro e com o nome
de Calabouço continuar favorecendo aos estudantes e ao povo pobre da
cidade do Rio de Janeiro. A iniciativa de criação de restaurantes
universitários foi pensado pelos diretores da UNE da década de 1940
e implementada de forma eficiente dentro da sede da Rua Praia do
Flamengo, n° 132. Assim, todos os freqüentadores dos restaurantes
das universidades públicas deveriam saber desse fato histórico –
quanto mais os administradores das universidades que pensavam nos
estudantes e no povo pobre – foi a UNE que idealizou e concretizou
essa idéia de restaurantes universitários.
Voltando
cheio de seqüelas, dores e sofrimentos devido às torturas e os
tratamentos dos agentes mercenários da Ditadura Civil-Militar fui
morar no Rio de Janeiro e lá tomei conhecimento da história da UNE,
quando trabalhei na sede da entidade que o governador Leonel De Moura
Brizola ofereceu em regime de co-mandato (a antiga Faculdade de
Direito Estado da Guanabara situada na Rua do Catete, 243, próxima
ao Palácio do Catete).Foi como funcionário da administração dessa
sede que passei novamente a me interessar pelos assuntos políticos-
universitário diretamente ligados aos interesses da UNE e do Brasil.
Fui coordenador da biblioteca da sede e assessorei muitos diretores
da UNE em diferentes e inúmeras ações administrativas e políticas.
Foi realizando um desses trabalhos de assessoria que tive contato com
o tal terreno onde existiu a sede da UNE na Rua do Flamengo, 132. O
então vice-presidente Sudeste II, Anselmo Jund me pediu para eu ir
ao terreno da UNE lá na rua histórica e entregar uma convocatória
aos microempresários que invadiram o terreno e criaram lá dentro um
estacionamento cuja renda ia para pessoas mafiosas e inimigas da UNE.
Fui lá e não me receberam, ainda desrespeitaram minha função e
ação como representante legal da diretoria da UNE (essa história
conto com mais detalhes em outros textos já postados no meu blog:
brasilivre1800.blogspot.com . Assim tem início uma novela com muitos
capítulos que venho acompanhando desde aquele dia que fui levar o
convite para os mafiosos fluminenses que invadiram o terreno da UNE.
Hoje posso traçar uma linha desse tempo até os dias atuais quando a
UNE já tem a posse da documentação oficial de proprietária legal
desse terreno da rua do Flamengo (essa entrega se deu na gestão do
então presidente da UNE Fernando Gusmão e do presidente Brasil
Itamar Franco no Bar Lamas na capital do Rio de Janeiro. Após essa
entrega de documentos de posse desse espaço histórico das lutas dos
estudantes brasileiros, essa “novela” prosseguiu tendo ainda
alguns capítulos marcantes que devem ser registrados na história da
UNE e do movimento estudantil. Passaram várias gestões da diretoria
da UNE tentando colocar a turma do “Poderoso Chefão” empresário
invasor do terreno da UNE o tal de Jorge Tadeu. Conseguiu-se ao final
de muitas lutas que durou alguns anos para expulsar esses mafiosos do
terreno da UNE. Vem então a busca pelo reconhecimento que o Estado
brasileiro deve assumir pela dívida material e histórica que ele
governo tem com a UNE (pois foi o Estado com sua Ditadura Civil –
Militar que no dia 1º de abril de 1964 colocou fogo na sede
começando assim uma série quase sistemática a todos que eram
contrários ao regime militar implementado pelos seguidores e
defensores do sistema capitalista). Essa reparação foi realizada
oficialmente pelo Presidente Luiz Inácio Lula da Silva através de
um Projeto que foi aprovado pelo Congresso Nacional no Senado. Assim
a UNE foi reperada no seu legítimo direito com a quantia de R$
40.000.000,00 que deve ser utilizado imediatamente para concretizar o
projeto de construção de um prédio de treze andares que foi
realizado pelo nosso eterno companheiro Oscar Nyemeyer gratuitamente
para a UNE. Soube entretanto, através de um diretor da gestão do
Presidente da UNE Daniel Ilesco (soteropolitano como eu) que essa
verba de reparação deverá ser aplicada em investimentos usando os
princípios do sistema capitalista de geração de novos capitais
financeiros em diferentes aplicações (será na bolsa de valores?).
Se ocorrer esse desvio de aplicações dessa verba os responsáveis
serão autores de sabotagens, traições e prejuízos a UNE, a
história do Brasil e principalmente a todos os companheiros e
companheiras que foram presos, torturados e mortos pelos inimigos do
Brasil que tudo vem fazendo para que esse prédio da nova sede da UNE
não seja construído na Rua Praia do Flamengo,132. Para os diretores
da UNE e seus defensores que estão apoiando esta proposta de
retardar a construção da sede da UNE ou mesmo desviar o dinheiro
para aplicações financeiras várias, saibam todos eles que serão
automática e historicamente os nossos inimigos eternos e traidores
da UNE, dos estudantes e do Brasil. E tendo eles realizado essa
sabotagem financeira e histórica sofrerão como todos os traidores
as devidas e necessárias punições que certamente ocorrerão.
Link
para o nosso site da história da Une e do Movimento Estudantil
O
nosso site sobre a história da Une e do movimento estudantil servirá
como complemento do blog Brsilivre 1800,para que os pesquisadores e
estudiosos possam aprofundar suas buscas e pesquisas sobre vários
assuntos relacionados aos temas que nós tratamos tanto no Movimento
Estudantil como na história da UNE.
Qualquer
dúvida vocês poderão tirá-la entrando em contato através do
e-mail jorgemiguel2007@gmail.com ou consultando os vários links
sugeridos tanto pelo blog, quanto pelo site
(http://movebr.wikidot.com/), e mais ainda consultar no youtube o
seguinte endereço jorgemiguel anosdechumbo
Agradecimentos,
espero que consigam tirar suas dúvidas e alcançar seus objetivos
com sucesso.
terça-feira,
27 de setembro de 2011
O
CAPITALISMO GERA AS DITADURAS E REGIMES TOTALITÁRIOS
(Texto do III volume
da obra – “A UNE, O ME”)
Quem
é o inimigo dos socialistas, da esquerda de todas as épocas e
lugares? A resposta curta e objetiva tem que ser dada por todos nós
que lutamos e enfrentamos o sistema capitalista- Burguês e seus
Aparelhos Ideológicos de todos os tipos e de várias funções. O
nosso inimigo é o SISTEMA CAPITALISTA- BURGUÊS. Esse sistema é
mantido e justificado por diferentes ideólogos através da história
– são “funcionários intelectuais orgânicos” dos donos dos
meios de produção que TRABALHAM eficientemente para manter o Estado
e o sistema capitalista como ele vem existindo com mais eficiência
nas suas ações de exploração dos trabalhadores e das riquezas
naturais da Terra. Este inimigo existe porque produz ditaduras e
tiranias de todos os tipos; produz fascistas e nazistas,
principalmente para compor a sua base de sustentação material e
reprodutora de lucros e privilégios dos que se acham “donos de
tudo e todos”.
Esse
sistema capitalista-burguês produz o que denomino “DITADURA
CIVIL”, esta forma um conjunto no qual seus elementos são
constituídos de “criaturas” sádicas, alienadas, “analfabetos
políticos”, torturadores de todos os tipos e capacidade, junkers:
drogados irresponsáveis, perseguidores de seres de boa-fé,
fundamentalistas de seitas e religiões de várias origens, beatos,
porra-loucas, pseudoesquerda de partidos políticos, movimentos de
várias tendências que se dizem defensoras dos animais e da vida na
terra, etc, etc. Todas essas “criaturas” compõem essa “Ditadura
Civil” que sempre estarão como “inocentes úteis” ou não,
dando as estruturas e bases ideológicas para que surjam as ditaduras
militares- civis de todos os tipos.
São
esses elementos que se fantasiam e mascaram de várias formas e
apresentam-se muitas vezes como defensores dos princípios e valores
que todos podem perceber quando eles obtêm alguns poucos “podres
poderes” ou um poder de compra que possibilite a ”ELES” fazer
crediários e participarem de planos de saúde e de diferentes
consórcios para obterem seus ganhados e desejados produtos e
serviços. Essa “Ditadura Civil” fica muitas vezes do lado dos
poderosos que estão de plantão como governo (para “ELES” não
importa quem esteja no poder, sempre estarão com os poderosos mesmo
que sejam os ditadores, os fascistas, nazistas e todos os tipos de
loucos que o sistema capitalista-burguês prepara para fazê-los seus
representantes mascarados de democráticos e “representantes do
povo”. Desde o “Poder Divino” (no qual reis e rainhas exerciam
todo o poder contra o povo e se diziam representantes do Divino na
Terra) que uma autoproclamada elite prepotente, arrogante e sádica
vem tentando manter todos e tudo sob seus controles sociais e
ideológicos, buscando, muitas vezes através de vários tipos de
repressões e ações terroristas contra o povo, manter seus paraísos
na Terra enquanto tentam de todas as formas através de seitas e
religiões convencer seus representados a esperarem para viver em um
tipo de “paraíso celeste”, onde terão todas as necessidades
humanas consumistas satisfeitas no céu (prometido pelos pastores
protestantes, “líderes espirituais“ de todos os tipos e lugares,
charlatães que se aproveitam das pessoas miseráveis e ingênuas
para venderem promessas a custa de dízimos e dinheiro dos que são
propositalmente colocados na pobreza e sem qualidade mínima de
vida). Essas pessoas são também adestradas e manipuladas por outras
“criaturas capitalistas-burguesas”, serão também forçadas de
várias formas a aceitarem “juntarem-se a ELES”. Para todos
“renascidos ideológicos” (lavagens cerebrais aplicadas por
vários tipos de “aparelhos ideológicos” de Estado-Burguês)
viverem na sociedade burguesa consumista e hedonista onde a pós
modernidade ( estudam a fundo modernidade e pós modernidade, outra
criação dos ideólogos e agentes dos sistema capitalista-burguês)
ditará a regra de como viver na Terra e ser eternamente modelos
admirados por todos, inclusive os miseráveis das favelas e
periferias das grandes cidades. Parece que só existe um único
caminho (e uma só ideologia) a seguir – esse caminho para os
nossos inimigos, os burgueses - capitalistas deve ser trilhado
alienada e acriticamente por todos – esse caminho levará todos a
obterem seus “sonhos de consumo” realizados e a exibirem-se com
“aqueles que obtiverem sucesso na vida” ( na vida burguesa, com
suas atitudes, comportamentos, títulos e valores). Não me juntarei
jamais a essa “Ditadura Civil” e seus diferentes tipos de
“criaturas” que justificam e dão energia ao sistema
capitalista-burguês; posso sim lutar contra “ELES”, pois eles
não são fortes o suficiente para vencerem minhas idéias e os que
juntarem-se a mim na guerra contra os que querem controlar tudo e
todos para que obedeçamos irracional e cegamente seus princípios e
desejem possuir seus produtos e valores burgueses.
Posso
com “ELES” sim e os vencerei mesmo com seus mercenários
torturadores me perseguindo e tentando destruir-me de todas as
formas. “Eles não são pessoas“ são criaturas sádicas que de
humano só têm a aparência. Os que aceitam de uma ou de outra forma
unirem-se a “Eles”, unem-se automaticamente aos tiranos
fascistas, nazistas e todas as “espécies de monstros” que um dia
nasceram, cresceram e sofreram uma “mutação
espiritual-ideológica” provocada propositalmente pelo sistema
capitalista-burguês que ao final de um processo de adestramento
monstruoso foram obrigados a aceitarem seguir os valores e a
ideologia dos capitalistas-burgueses.
“Se
não pode contra eles junte-se a eles”. Eu não me juntei a esses
monstros e os que aceitaram essa união fizeram o pacto com o “diabo
capitalista”. Eu sempre lutarei contra “ELES”.
Postado
por Brasil Livre às 13:43 Nenhum comentário:
quinta-feira,
25 de agosto de 2011
Postado
por Brasil Livre às 08:46 Nenhum comentário:
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por Brasil Livre às 08:45 Nenhum comentário:
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por Brasil Livre às 08:37 Nenhum comentário:
Lutas
estudantis no Chile
Postado
por Brasil Livre às 08:28 Nenhum comentário:
domingo,
13 de março de 2011
Projeto
Restaurantes Populares Federais
Projeto
“Restaurantes Populares Federais” (RPFs)
Autor:
Jorge Miguel de Almeida Santos (ex quadro político da UNE).
São
Paulo, 12 de março de 2011
Justificativa:
Visando
concretizar as promessas da Excelentíssima Presidente Dilma
Rousseff, venho propor ao Governo Federal esse projeto “Restaurantes
Populares Federais” para atender o povo brasileiro, principalmente
aquelas pessoas que estão marginalizadas, sem teto, sem direitos
respeitados e tratados como mão-de-obra de reserva do sistema social
vigente no Brasil. Todas as promessas feitas pela Exma. Presidenta
Dilma Rousseff para acabar com a miséria imposta há séculos aos
trabalhadores e todos que são tratados como cidadãos de quarta
categoria no país deverão ser concretizados com urgência pois só
assim o Brasil poderá de fato chegar a ser um país soberano e
desenvolvido distribuindo renda e riquezas de forma concreta
satisfatória para todos habitantes do território brasileiro.
Sendo
eu um ex-preso político militante do movimento estudantil nacional e
ex-quadro político da União Nacional dos Estudantes, venho pedir
que a companheira Dilma junte essa minha proposta (RPFs) às demais,
que ela e todos os seus ministros e colaboradores têm para
concretizar boa parte dos planos e objetivos. Essas promessas feitas
constantemente, desde o primeiro governo Lula (2003), que visavam
tirar os excluídos sociais de suas míseras condições devem ser
concretizadas urgentemente, pois a distribuição das riquezas e
rendas no Brasil se faz necessário começar pela população mais
pobre que se encontra nas favelas e periferias das cidades
brasileiras. Foi refletindo sobre esses fatos e circunstâncias que
criei este projeto.
Foi
observando, como estudante bolsista das minhas universidades
(Universidade Federal da Bahia, onde cursei Ciências Sociais, e
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, onde cursei Agronomia),
que refleti sobre as condições de qualidade vida dos universitários
brasileiros e demais usuários dos restaurantes mantidos com verba
pública que me concentrei em formular e escrever este projeto. Esses
restaurantes servirão de modelos para os RPFs.
Nos
Restaurantes Universitários da USP concentrei as minhas observações
e análises para realizar este projeto; os funcionários do Governo
Federal, via seus respectivos ministérios, visando obedecer as
promessas da Presidente Dilma (“acabar com a miséria no Brasil”),
poderão fazer os estudos necessário para implantação deste modelo
de RPFs, que serão administrados primordialmente pelo Ministério de
Desenvolvimento Social e Combate à Fome.
A
Exma. Ministra Tereza Curvello terá de mim toda a atenção e
energia para colaborar com os esclarecimentos que se façam
necessário sobre este projeto. Estarei à disposição e com boa
vontade para ajudar os companheiros e companheiras que hoje lutam
para atingir muitos dos objetivos pelos quais estamos lutando desde
os anos da Ditadura Militar, onde as nossas vidas sempre estavam
sobre riscos e perigos, e esses princípios sempre estiveram claros
nas mentes dos que, dentro ou fora dos aparelhos de repressão,
lutavam pelo povo brasileiro e pela soberania do Brasil.
Esses
mesmos ideais mantenho até hoje, mesmo cheio das seqüelas das
torturas que sofri, e ainda dando continuidade às lutas contra os
eternos inimigos do Brasil, espero que meu projeto seja bem recebido
e concretizado urgentemente para o bem do povo brasileiro. Somente os
ex-companheiros das lutas travadas contra a ditadura (os
guerrilheiros de esquerda) e os agentes mercenários contra os quais
lutávamos, estão cientes das reais circunstâncias das nossas
histórias de luta.
Concretização
do projeto RPFs (local onde serão construídos):
O
terreno deverá ser concedido pela prefeitura, ou pelo estado, ou
mesmo a União. Deverá estar próximo, ou dentro, das favelas ou
comunidades carentes. O modelo a ser seguido na construção e
administração desses RPFs será o dos restaurantes das
universidades públicas paulistas (USP e Unicamp).
Será
também necessário que os técnicos e executores deste projeto
estudem os restaurantes populares já existentes, em pleno
funcionamento, em algumas cidades brasileiras (Bom Prato, em São
Paulo; restaurante popular da Prefeitura de Poços de Caldas – MG;
os existentes na cidade do Rio de Janeiro), sendo esses exemplos que
concretamente satisfazem a grande necessidade de atender às
necessidades nutricionais da população brasileira.
Cabe
lembrar que um povo bem nutrido, com saúde e boa moradia estará
apto para contribuir de fato com a grandeza e o desenvolvimento do
Brasil.
Como
manter os RPFs (o corpo de funcionários):
Serão
recrutados para mão-de-obra desses RPFs pessoas moradoras das
favelas ou bairros próximos a eles. Eles terão seus direitos
trabalhistas respeitados e não pagarão nada nos restaurantes onde
trabalham.
Fundo
de arrecadação para o contínuo financiamento dos RPFs:
A
principal fonte de manutenção desse restaurante virá do Ministério
de Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Ministério da Saúde e
Ministério da Educação e Cultura, que designarão a verba
unicamente para construção, administração e controle dos RPFs.
Preço
cobrado nos RPFs:
O
preço será o mesmo cobrado nos restaurantes universitários
federais – e sempre que possível, preços até menores.
Outros
meios de acesso para utilização dos RPFs:
Os
comensais poderão também trocar notas fiscais (ICMS, etc) por
tickets de alimentação que poderão ser usados nos RPFs.
Esse
sistema educará os frequantadores dos RPF a exigirem as notas
fiscais, que são culturalmente sonegadas por alguns comerciantes e
empresários, e fará também com que os municípios onde estão os
RPFs melhorem a cobrança desses impostos e direcionem a verba
arrecada para somar aos demais fundos de manutenção dos RPFs.
Conclusão:
Assim
encerro meu projeto esperando críticas e colaborações dos
companheiros e companheiras do Governo Dilma Rousseff, e
principalmente que o mesmo seja concretizado urgentemente para
fazermos do Brasil um país onde não existam os atuais privilégios
para minorias e as péssimas condições de vida para a maioria do
povo brasileiro, que sobrevive nas favelas e periferias enganados, de
há muito, por falsas promessas e políticos demagogos.
Sem
mais,
Jorge
Miguel de Almeida Santos.
Documentos
do proponente no youtube: Jorgemiguel anosdechumbo.
Email:
jorgemiguel2007@gmail.com
Blog:
brasilivre1800.blogspot.com
Ver
site histórico das pesquisas do proponente:
HTTP://movebr.wikidot.com
terça-feira,
20 de julho de 2010
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Pesquisa
sobre movimento estudantil e história da UNE - documentos de
apresentação de Jorge Miguel
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terça-feira,
20 de julho de 2010 Pesquisa sobre movimento estudantil e história
da UNE - documentos de apresentação de Jorge Miguel - parte 2
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Entrevistas
de Jorge Miguel sobre suas pesquisas no Movimento Estudantil e da
história da UNE.
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segunda-feira,
12 de julho de 2010
Casa
e Comida
Com
essas simples palavras "casa" e "comida" os
criminosos que estruturam os diferentes tipos de serviços sociais
assistencialista (derivados do Estado de Bem Estar capitalista
burguês) criaram um binômio de opressão, constrangimento,
humilhação e controle social mais monstruoso do que aqueles criados
pelos ditadores do Cone Sul na época dos governos militares
autoritários (Brasil, 1965-1985). Essas "madrastas" das
assistências sociais (nas universidades são as assistêntes sociais
e seus seguidores) substituiram de forma mais sofisticadas os
torturadores da repressão militar e os facistas que criaram os DOPS
(Departamento de Ordem Política e Social) a OBAN (Operação
Bandeirantes) o CENIMAR e todos os demais órgãos dos aparelhos de
repressão defensores dos burgueses capitalistas e de seu estado
anti-povo. A casa e alimento, hoje, constituem esse binômio que
serve para controlar , adestrar e manipular os comportamentos, os
valores e as ideologias dos assistidos socialmente (os tais
"estudantes carentes" das universidades públicas
brasileiras) e todos os pobres e sobreviventes vítimas dessa
sociedade capitalista-burguesa irracional que quer submeter tudo e
todos aos seus monstruosos princípios e valores. Utilizam essa
fórmula judaica-materialista de levar todos à fome e à falta de
moradia para que suas vítimas ("estudantes carentes")
possam sem resistências ou reflexões sobre esses assistencialismos
ser modelados para servirem como futuros operadores e funcionários
do Estado capitalista burguês e suas empresas públicas e privadas.
Certamente
esse binômo de controle social criminoso atinge seus objetivos
quando encontram suas vítimas (estudantes pobres que de forma
esforçada e quase "milagrosa" entraram nessas redomas que
a burguesia e a oligarquia criaram para formar seu quadros dirigentes
e seguidores - as universidades) indefesas e deslumbradas com as
circunstâncias e valores hedonistas e consumistas que são colocados
para alienar e obscurecer as visões críticas que por acaso possam
existir. Usam a fórmula "casa-comida" gratuitos, ou, bolsa
alimentação chantagistas para manipular corpos e mentes - entre
outras "bolsas de apoio aos estudantes carentes" e
facilidades consumistas - para comprar as almas e modelar as
consciências dos que se submentem as receber essas tais bolsas de
apoio ofertadas pelas assistências sociais burguesas e capitalistas.
Muitos estudantes não tendo outra saída se submetem a esses
serviços sociais torturantes que nos primeiros anos de universidade
aparecem mascarando o inferno ( esse assistencialismo criminoso
oferecido pelos neorepressores e representantes do Estado Burguês)
com "roupagens" de paraíso burguês. A fome produzirá
juntamente com a necessidade de moradia ( o direito à alimentação
e a moradia são direitos garantidos pelas constituições
liberais-capitalistas que são descumpridos dentro e fora dos campi
unirsitários) escravos que se submetem aos interesses dos
capitalistas- burgueses representados por funcionários públicos que
ocupam os órgãos assistencialistas para adestrar e controlar suas
vítimas ( os "estudantes carentes") para que sejam sempre
obedientes às leis e seguidores da ideologia
liberal-burguesa-capitalista.
A
FOME PRODUZ ESCRAVOS.
Obs.
Esse e muitos escritos poderam ser "baixados" em nosso site
http://movebr.wikidot.com/
"O
verdadeiro site do movimento estudantil"
Aguardem
os próximos textos sobre a assistência estudantil e a ditadura
civil que buscam cooptar e controlar os estudantes para os interesses
do sistema capitalista.
Postado
por Brasil Livre às 15:22 Nenhum comentário:
quarta-feira,
2 de junho de 2010
Postado
por Brasil Livre às 16:34 Nenhum comentário:
A
SEDE DA UNE DA RUA PRAIA DO FLAMENGO 132, RJ
Depois
de ter sido aprovado pela comissão de assuntos económicos do
Senado, o projeto que autoriza a União a doar até 30 milhões de
reais para a construção da nova sede da UNE (na Rua Praia do
Flamengo, 132), agora só depende da Comissão de Constituição e
Justiça(CCJ) para ser convertida em lei. O movimento estudantil está
pedindo que o texto desse projeto seja posto em votação em maio,
ou, no máximo em junho de 2010, uma vez que a legislação proíbe
este tipo de repasse nos 5 meses que antecedem as eleições. O
presidente Lula prometeu agilizar a aprovação, via executivo, de
mecanismos que possam reparar o grande prejuízo causado a UNE pelo
Estado brasileiro durante o período militar. Essa ajuda de há muito
vem sendo prometida pelo governo federal durante o mandato do
presidente Lula.
É
de fundamental importância que ainda durante o mandato do presidente
Lula a gestão 2009-2010 da direção da UNE possa receber a
reparação de direito que o governo federal deve a entidade.
Esperamos que a nova sede da UNE que foi projetada pelo eterno
companheiro Oscar Nyemayer gratuitamente possa por ele ser inaugurada
o mais breve possível. Esse prédio de três andares onde funcionará
inúmeras atividades culturais e recreativas mostrará para todos os
inimigos da UNE que podemos perder algumas batalhas, mas todas as
guerras venceremos.
Em
1980 em pleno governo do general João Batista Figueiredo, o prédio
mesmo estando tombado pelo patrimônio artístico e cultural do Rio
de Janeiro, foi demolido de forma ilegal e autoritária pelo eternos
fascistas de plantão que instrumentalizaram o governo federal e a
prefeitura municipal do Rio de Janeiro desrespeitaram um juiz que
tentou impedir que o mandado da prefeitura fosse cumprido passando
por cima de uma instância judicial superior.
É
de fundamental importância que todos os estudantes possam saber
dessa história para que possamos conquistar os nossos direitos que
foram tirados pela ditadura militar.
A
documentação do terreno da rua Praia do Flamengo já está de posse
da UNE desde a época do presidente Itamar Franco, quando mesmo em
reunião com o presidente da UNE Fernando Gusmão passou oficialmente
essa documentação reparando assim a dívida que o Estado brasileiro
tinha com a UNE em relação a posse legal desse terreno.
Estive
desde a primeira hora nas lutas dessa retomada do nosso terreno que
de há muito estava invadido pela turma de micro empresários
irregulares que ocupavam esse terreno obedecendo apenas "A LEI
DO VALE TUDO" (desrespeito a tudo e a todos que não seguiam
pelos estatutos das máfias fluminenses. Esperamos que a gestão do
presidente da UNE Augusto Chagas(estudante da USP Campus leste) possa
imediatamente dar início a construção da nova sede da UNE nesse
endereço histórico, essa deverá ser a prioridade número 1 para a
gestão 2009-2010.
DIREITO
A MORADIA DEVE SER CONCRETIZADO, POIS, É DEVER DO ESTADO CUMPRIR COM
O ARTIGO SEXTO DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL BRASILEIRA. ESSA É MAIS UMA
LUTA QUE A UNE DEVERÁ TRAVAR DE AGORA EM DIANTE, PARA QUE O POVO
BRASILEIRO TENHA SEU DIREITO A HABITAÇÃO RESPEITADO PELOS QUE SE
DIZEM REPRESENTANTES DO POVO.
ANTES
DE SER UM ANIMAL POLÍTICO COMO DISSE ARISTÓTELES O HOMEM TAMBÉM É
UM ANIMAL E POR ISSO PRECISA DE ALIMENTO E MORADIA, POIS, AMBOS
ANTECEDEM O SER POLÍTICO.
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por Brasil Livre às 16:27 Nenhum comentário:
quarta-feira,
26 de maio de 2010
SEDE
DA UNE DA RUA PRAIA DO FLAMENGO, 132, RIO DE JANEIRO-RJ
Primeiro
capítulo
Eu
fui a primeira pessoa da administração da UNE (pois, eu era
assessor do vice-presidente da regional sudeste 2-RIO DE JANEIRO E
ESPÍRITO SANTO- o estudante Anselmo Cardoso Jund), a levar aos
ocupantes facistas (a "tal turma do senhor Jorge Tadeu" que
colocou em funcionamento o estacionamento do terreno da UNE) uma
convocatória diretamente emitida da direção da UNE para eles
ocupantes irregulares comparecerem a nossa presença para explicar o
que estavam fazendo ali e porque... Fui recebido por um dos capangas
que se fazia passar por vigia do "tal estacionamento, e ele se
recusou a receber o "convite para as devidas explicações"
para a UNE. Eis que voltei ao vice-presidente Anselmo Jund e devolvi
a convocatória que o tal jagunço do estacionamento se recusou a
receber o Anselmo ficou muito revoltado e procurando meios de chegar
ao enfrentamento dos invasores que nos provocavam de a muito com seus
comportamentos prepotentes e a concreta invasão do terreno da UNE. O
caso estava grave e nos deixando em posições de radicalizarmos, ou,
levar para ajustiça a situação de nossa sede da rua Praia do
Flamengo, 132. Ficamos a procurar mecanismos e instrumentos para
resolvermos esta grave questão; o Anselmo Jund pediu-me alguma
proposta que pudesse solucionar essa difícil situação que
vivíamos: "propus para resolvermos de uma vez por todas a
situação, que ocupássemos o nosso terreno expulsando os mafiosos
invasores de lá e mobilizando para isso o movimento estudantil
nacionalmente com amparo legal e histórico que a UNE tinha então.
Seria como a mobilização convocada pela UNE nacional para que todas
as universidades do Rio de Janeiro e principalmente partindo da UFRJ,
UNIRIO, UFRRJ e da Universidade Gama Filho (onde o Anselmo Cardoso
Jund havia sido diretor do DCE). Esta minha proposta foi considerada
pelo Anselmo como sendo imprópria e radical demais para a situação
que tínhamos que enfrentar. Ele e sua trupe conciliadora do PC do B
ajeitaram as coisas para que tudo ficasse como estava- os mafiosos do
terreno continuariam tentando desmoralizar a UNE e obtendo lucros com
o estabelecimento irregularmente montado no terreno da Rua Praia do
Flamengo, onde funcionava o estacionamento que estava sempre lotado
de veículos. A gestão que Anselmo fez parte transferiu as suas
responsabidades e deveres para outros diretores de gestões futuras
da UNE. Eis que vem a presidensia do pernambucano Fernando Gusmão
(1994 a 1995) e houve uma reunião da diretoria da UNE com o
Excelentíssimo Sr. Presidente da República Itamar Franco no antigo
reduto de reuniões do movimento estudantil fluminense- bar e
restaurante LAMAS- em 14 de maio de 1994, onde foi devolvido pelo
estado brasileiro a documentação de posse oficial do terreno da rua
Praia do Flamengo,132, aos diretores da UNE. Após o chopp que os
estudantes da UNE tomaram em companhia do presidente Itamar franco,
eis que, "a novela do terreno" continuou por quase 20 anos.
e aqui eu mostrai seus vários capítulos esperando que o projeto "da
nova sede da UNE" que foi feito pelo arquiteto socialista Oscar
Niemeyer e entregue a direção da UNE em 2007 (na gestão da
presidente da UNE Lúcia Stumpf) seja finalmente concretizado com,
ou, sem a campanha que foi lançada em Brasília no dia 28 de
novembro de 2007- "MEU APOIO É CONCRETO"- na presença dos
ministros Fernando Haddad (MEC), Orlando Silva Junior (ex-presidente
da UNE e Ministro dos Esportes do governo Lula), Aldo Rebelo
(ex-presidente da UNE/1980 a 1981, e deputado federal) e outras
autoridades que estiveram presentes a este ato.
Em
uma reunião com o presidente Luís Inácio da Silva (Lula) a UNE
pediu apoio financeiro para construir sua sede na rua Praia do
Flamengo, 132, e presidente Lula se sensibilizou com a causa e
prometeu fazer o máximo possível para concretizar os desejos dos
estudantes e da Une, já que seria uma reparação devida que o
estado brasileiro tem a obrigação de fazer que é devolver a sede
da UNE que foi criminosamente destruida no dia 01 de abril de 1964
pela ditadura civil-militar. A novela vem seguindo em seus vários
capítulos e foi somente durante a gestão da Lúcia Stumpf que
começaram a aparecer as condições objetivas para construir a nova
sede no antigo espaço onde funcionava sede da UNE conquistada dos
nazistas em 1942(antigo clube Germania). A UNE tem agora oficialmente
toda a documentação de posse do terreno, o projeto feito por Oscar
Niemeyer o prédio de treze andares, onde funcionará a nova sede da
UNE com várias atividades culturais e políticas. Enfim, resta agora
a direção da UNE da gestão Augusto Chagas (2009-2010) se mobilizar
para iniciar a busca dos meios e instrumentos concretos para que a
sede seja inaugurada pelo autor do magnífico projeto que hoje a UNE
tem a honra de mostrar para todos. Esperamos que o nosso
site(http://movebr.wikidot.com) e este blog possam mostrar todos os
capítulos desta história que deve ser conhecida por todos os
brasileiros, espero que possamos assistir a copa do mundo de 2014
dentro da nova sede da UNE da rua Praia do Flamengo, 132. Que a nossa
sede seja construída imediatamente e que o estado brasileiro pague
suas grandes dívidas com a UNE e movimento estudantil construindo a
sede que foi pelo governo ditatorial de 1964 destruída. Os quadros
políticos da UNE de ontem de hoje e do futuro serão sempre gratos a
todos que lutarem para ver esta sede construída conforme é o desejo
de todos que ajudaram e lutaram contra a ditadura militar. Procurarei
informar constantemente através deste blog a todos que se
preocuparem com a história da UNE e do movimento estudantil.
Eu
como ex-preso político e assessor de várias diretorias da UNE
cobrarei constantemente a realização dessa obra que de a muito as
várias gestões da UNE vem tentando realizar. que essa novela tenha
um final urgente, pois, precisamos inaugurar a nossa sede na rua
Praia do Flamengo, 132, pra que os nossos inimigos vejam que
renasceremos mesmo vindo das cinzas que os facistas criaram com as
chamas que clarearam as vidas dos que pensaram que estariam nos
destruindo ao destruir a sede da UNE.
A
guerra continua...
"TODOS
OS BRASILEIROS TEM DIREITO A MORADIA E ALIMENTAÇÃO E ESSE DIREITO
DEVERÁ SER CONQUISTADO IMEDIATAMENTE PELO MOVIMENTO ESTUDANTIL."
Fim
do Primeiro capítulo (26 de maio de 2010)
Postado
por Brasil Livre às 12:28 Nenhum comentário:
domingo,
9 de maio de 2010
CSUNE
DOCUMENTOS
Eu
sou jorge miguel pesquisador da história do movimento estudantil e
da UNE, mais informações sobre mim e sobre minhas pesquisas vocês
poderão obter acessando meu site:
http://movebr.wikidot.com/
e
no youtube o endereço: jorgemiguel anosdechumbo
Durante
a evolução dos materiais do blog darei mais informações e
conhecimentos a respeito da minha pessoa e das minhas pesquisas.
Espero contribuições, críticas e sugestões de todos que desejarem
seguir meus trabalhos neste blog. Ultimamente estou escrevendo a
trilogia: " A UNE, o movimento estudantil e a política".
Com esta obra estarei disponibilizando todas as minhas analises e
pesquisas que já antecipam no site http://movebr.wikidot.com/.
Espero
contribuir para o conhecimento de todos que desejarem saber sobre a
história da UNE e do movimento estudantil. Agradecimento e
saudações,
Jorge
Miguel.
Biografia
de Adriano Fonseca Filho, estudante da UFRJ e militante do PC do B —
desaparecido no Araguaia em 73.
filhoaf.jpg
Ficha
Pessoal
Dados
Pessoais
Nome
Adriano Fonseca Filho
Cidade
Ponte Nova
Estado
Minas Gerais
Data
de nascimento 18/12/1945
Atividade
Estudante universitário
Universidade
Universidade Federal do Rio de Janeiro UFRJ
Dados
da Militância
Organização
Partido Comunista do Brasil — PC do B
Codinome
Chico, Queixada, Alberto, Felipe, Alemão
Desaparecimento
29/11/1973, PA Brasil, região do Araguaia,
grota
do Nascimento.
Segundo
Relatório Arroyo,
desapareceu
entre 28 e 29/11/73, após ter sido
ferido
em combate.
Segundo
o Relatório do Ministério da Marinha,
teria
desaparecido em 3/12/1973.
Biografia
Militante
do PARTIDO COMUNISTA DO BRASIL (PC do B).
Nasceu
em Ponte Nova, MG, no dia 18 de dezembro de 1945, filho de Adriano
Fonseca e de Zely Eustáquio Fonseca.
Desaparecido
em 28 ou 29 de novembro de 1973.
Era
o segundo de cinco irmãos em uma família presbiteriana.
Fez
o curso primário numa escola particular de Ponte Nova e, aos 10
anos, transferiu-se para o Colégio Batista, em Belo Horizonte, MG,
para fazer o curso ginasial como aluno interno. Posteriormente,
mudou-se para Lavras, no mesmo estado, onde fez o curso científico,
no Instituto Gammon, também em regime de internato. Muito ligado à
música, Adriano estudava e tocava piano desde os 5 anos. Aos 17 anos
terminou o curso científico em Lavras, transferindo-se, então, para
o Rio de Janeiro. Aluno brilhante do curso primário ao científico,
tirava sempre os primeiros lugares nas escolas por onde passou.
No
período em que estudou fora, Adriano só passava em casa durante as
férias. Depois que se mudou para o Rio, suas idas ficaram mais
escassas. Escrevia raramente para a mãe. Os irmãos acreditavam que
ele desenvolvesse alguma ação política pois, apesar de serem mais
novos, tinham conhecimento da luta de oposição ao regime. Como
gostava muito de ler e de estudar filosofia, quando ia a Ponte Nova
levava livros para os irmãos e os orientava.
Pouco
depois da morte de Edson Luís de Lima Souto, no Restaurante
Calabouço em 1968, no Rio de Janeiro, Adriano foi para Ponte Nova
onde ficou por seis meses com a família.
Nos
períodos de férias que passava em Ponte Nova, estreitava sua
amizade com o compositor e cantor João Bosco. Adriano era também
muito ligado às artes plásticas, gostava de pintar e,
principalmente, fazer gravuras. Era um homem muito atraente, fino e
elegante. Era muito alto, medindo 1,96 m e foi jogador de basquete,
em Ponte Nova.
Deve
ter ido para o Rio de Janeiro por volta de 1967/1968, indo morar num
apartamento em Ipanema, a "república" dos intelectuais,
escritores e artistas. Trabalhou no Superior Tribunal Eleitoral (STE)
e se dedicou ao teatro, encenando e escrevendo peças teatrais. Uma
das peças em que atuou como ator foi encenada no Teatro Tereza
Rachel, na Praça Cardeal Arcoverde. Adriano estudou no cursinho
pré-vestibular do Centro Acadêmico "Edson Luís" (CAEL)
em 1968 e, nesse período, iniciou sua participação no movimento
estudantil em luta por aumento de vagas nas universidades. É
importante destacar que o Centro Acadêmico "Edson Luís"
foi fundado em 1968 e criado por ocasião do desmembramento da
Faculdade Nacional de Filosofia (FNFI) e a criação do Instituto de
Filosofia e Ciências Sociais (IFCS) (que hoje constituem a UFRJ).
Adriano
foi aprovado no vestibular no final de 1968, iniciando o curso de
Filosofia em 1969. Ainda no primeiro semestre de 1969, começou sua
militância política no Partido Comunista do Brasil (PC do B).
Participou ativamente do movimento estudantil e, em 1970, após a
edição do Ato Institucional n. 5 (AI-5), com a intensificação da
repressão foi obrigado a entrar para a clandestinidade. Nesse
período, foi morar num sótão, em um prédio antigo no Leblon com
Ronald de Oliveira Rocha, seu companheiro de organização. Aí viveu
durante um ano e meio. Segundo depoimento de Ronald e Myriam, que
foram muito ligados a Adriano, ele era uma pessoa muito meiga,
educada e amiga. Pessoa combativa que se dedicava por inteiro ao que
acreditava. Adriano era um idealista, um humanista e sua dedicação
ao Partido vinha de um vínculo profundo com a luta popular e os
ideais revolucionários.
Gostava
muito de música popular brasileira, jazz, música erudita e,
principalmente, dos Beatles. Jogava xadrez, lia muito, gostando mais
de literatura e teatro do que de livros teóricos — mesmo os de
filosofia. Como bom mineiro adorava uma goiabada.
No
final de 1970, início de 1971, participou da Comissão Organizadora
da Juventude Patriótica, movimento de frente única de jovens,
criado por iniciativa do PC do B. Já nessa época abandonou o
emprego devido a questões de segurança, por já estar vivendo como
clandestino. Foi então que se colocou à disposição do PC do B
para fazer um trabalho especial no campo. Em função disso, foi
destacado para ir para o Araguaia, indo viver na região da
Gameleira, incorporando-se ao Destacamento B, cujo comandante era
Osvaldo Orlando da Costa — o Osvaldão e usando os codinomes Chico,
Queixada, Alberto e Felipe. Tinha, nessa época, 23 anos de idade.
Adriano Fonseca Filho foi ferido em combate no dia 28 ou 29 de
novembro de 1973, próximo à grota do Nascimento, estando
desaparecido desde então.
O
Relatório do Ministério da Marinha diz que ele foi "morto na
região do Araguaia em 3 de dezembro de 1973".
avl.jpg
Artigos
Título
Fonte Data
Biografia
Centro de Documentação Heremias Delizoicov
'Cale-se'
contextualiza luta estudantil Folha de S.Paulo 22 ago 2003
Dias
de indignação Jornal da USP 25 jan 2004
Assassinato
de Alexandre Vannucchi Leme Gerou protestos da sociedade Revista da
Adusp maio 2005
A
história de uma morte sem explicação estadao.com.br 16 mar 2008
The
Anatomy of a Death: Repression, Human Rights and the Case of
Alexandre Vannucchi Leme in Authoritarian Brazil J. Lat. Amer. Stud.
30, 1-33
1998
Cambridge University Press
Por
Kenneth P. Serbin
(Abstract)
Employing new archival sources, this article reappraises the role of
human rights in the opposition to Brazil's repressive military
regime. While most interpretations pinpoint the protest against the
1975 murder of journalist Vladimir Herzog as the opposition's great
awakening, this research focuses on a similar outcry against the 1973
killing of University of São Paulo student Alexandre Vannucchi Leme.
His death led students and clergymen to defy riot troops and gather
3,000 people for a memorial service that was the first large-scale
anti-regime demonstration of the 1970s and a decisive step in the
Roman Catholic Church's development as leader of the opposition.
1998
Entrevistas
Título
Fonte Entrevistado Data
Morte
de estudante despertou a Igreja JC online Kenneth Serbin 07 jun
1998
Livros
e partes de livros
Braga,
Teodomiro. Meu filho Alexandre Vannucchi
depoimento
de Egle Vannucchi Leme e José de Oliveira Leme. São Paulo : Edição
S.A., 1978. 24 p. Disponível na FFLCH-USP. : Depoimento de Egle e
José Vannucchi, relato da morte e dos fatos decorrentes dela, nota
dos estudantes na época e trecho do testemunho dos presos e discurso
não publicado que o então Deputado Lysaneas Maciel pronunciou na
Câmara dos Deputados, em 04/73.
Costa,
Caio Túlio. Cale-se: A saga de Vannucchi Leme / A USP como aldeia
gaulesa / O show proibido de Gilberto Gil. A Girafa, 2003. 350p.
Em
1973, Gilberto Gil realizou um show histórico, quase clandestino, na
Escola Politécnica da USP. De passagem por São Paulo, recém-chegado
do exílio em Londres e pouco depois de compor a música Cálice, com
Chico Buarque, o cantor foi convidado para denunciar as 50 prisões
de estudantes ocorridas dias antes. Em 2003, passados trinta anos, a
fita com a gravação do show foi encontrada. Ao tomar como ponto de
partida o célebre show de Gil, Caio Túlio Costa mergulha na
movimentação social e política desse período. Num momento em que
a organização estudantil estava enfraquecida devido aos sucessivos
anos de repressão, a morte do estudante Alexandre Vannucchi Leme em
1973, cuja missa de sétimo dia foi celebrada na Catedral da Sé em
São Paulo, impulsionou a reorganização do movimento e resultou no
evento com Gilberto Gil. Panorama da época, essa ampla reportagem
reconstitui o período entre 17 de março e 26 de maio do mesmo ano.
Baseia-se, para isso, em depoimentos de sobreviventes e em fontes,
entre outras, como os arquivos conservados pelo OOPS e pelo grêmio
da Escola Politécnica da USP. Em Cale-se Caio Túlio Costa realiza
com brilhantismo a proeza de juntar documento histórico,
investigação jornalística e narrativa romanesca de leitura
irresistível.
Antonio
Carlos Monteiro Teixeira estudou Geologia na UFBa, tendo grande
participação no movimento estudantil dos anos 1967/68. Em 1969,
após contrair matrimônio com Dinalva, foi residir no Rio de Janeiro
e trabalhar no Ministério das Minas e Energia. Era membro da
Sociedade Brasileira pelo Progresso da Ciência (SBPC).
Em
maio de 1970, desembarcou no Araguaia. Abriu um mercadinho no povoado
de Araguanã, onde ficou conhecido como Antonio da Dina. Quando a
guerrilha iniciou já estava separado de Dinalva.
Fez
Parte do Destacamento C - Grupo 500. Era o instrutor de orientação
na mata aos companheiros que chegavam.
Era
reservado e carismático. Conhecia profundamente a área que os
militantes do PC do B atuava, junto com Dinalva fez todo o mapeamento
da região, até a serra das andorinhas, inclusive as próximas, com
o conhecimento de geólogo. Dizem que chegou até Serra Pelada,
região do garimpo.
Foi
ferido e preso no mesmo combate em que Vítor e Zé Francisco
tombaram. Junto com ele foram apreendidos pelos militares vários
mapas da região.
Foi
barbaramente torturado, conforme relatos de prisioneiros que
sobreviveram. Há quem diga que foi decapitado. A morte consta nos
documentos oficiais com a data de 29 de setembro de 1972, na primeira
campanha do ataque das Forças Armadas à área. Estaria enterrado no
cemitério de Xambioá.
O
Relatório do Ministério da Marinha diz que "em dezembro de
1972 foi identificado, por fotografia, como sendo o prof. Antônio
que lecionava, no período de junho a dezembro de 1971, na Escola dos
Padres de São Félix, em Terra Nova no sopé da Serra do Roncador."
"Antônio
Carlos Monteiro Teixeira, o Antônio da Dina, José Toledo de
Oliveira, Vitor, e Francisco Manoel Chaves, Preto Velho, foram mortos
pelo grupo chefiado pelo sargento goiano José Pereira, que contou ao
Jornal Opção, em 1997, como ocorreu o chafurdo. J. Pereira recebeu
um elogio, por escrito e oficial, do general Bandeira." (Euler
de França Belém)
Outro
ilheense, Eduardo Monteiro Teixeira, irmão de Antônio Teixeira, foi
para o Araguaia integrar a guerrilha, mas acabou sendo preso antes de
encontrar o irmão, e conseguiu sobreviver.
antonioedina.jpg
Dinalva
Oliveira Teixeira (Dina) e Antonio Carlos M. Teixeira (Antonio da
Dina)
helenira_rezende.jpg
Título
Fonte Data
Biografia
Centro de Documentação Heremias Delizoicov
Biografia
A História da Guerrilha do Araguaia
Helenira,
a Guerrilheira de Assis, tombou há 30 anos Fórum Assisense 03
abril 2003
Carta
póstuma para Helenira Revista Semana 3 31 jun 2005
Vida
de Helenira Resende vira livro (Entrevista) vermelho.org 13 maio
2007
Para
ser passado a limpo Blog "Levando Lero" 27 mai 2007
A
triste história de Helenira Resende e a memória desalmada Mídia &
Poder
fold
Table
of Contents
Cronologia
Depoimentos
Artigos
Galeria
de imagens
Links
honestino.jpg
QUEM
FOI ESSE LÍDER ESTUDANTIL
Honestino
Monteiro Guimarães foi o primogênito dos quatro filhos de Benedito
Monteiro Guimarães e Maria Rosa Leite Monteiro. Nasceu em Itaberaí,
no interior de Goiás, no dia 28 de março de 1947. Viveu na cidade
até 1960, ano em que ele e a família vieram para a Brasília em
busca de um sonho: mudar de vida.
Assim
que chegou, Honestino foi matriculado no Colégio Elefante Branco —
apelidado na época de Elefante Vermelho, por causa de acusações
por parte do governo de comunistas. Ainda secundarista, a luta pelo
movimento estudantil se inicia.
Estudioso,
aos 18 anos, prestou vestibular para Geologia na Universidade de
Brasília (UnB). Foi aprovado em 1o lugar — 257 pontos em uma prova
de pontuação máxima de 260.
A
vida universitária ampliou horizontes, aguçou ainda mais seu
espírito crítico. Com o golpe militar de 1964 veio a luta.
Honestino liderou séries de pichações pela capital: “Abaixo a
ditadura”.
Maduro
na luta, personificou a angústia de muitos brasileiros. Foi
presidente da Federação dos Estudantes da Universidade de Brasília
(FEUB) e duas vezes da União Nacional dos Estudantes (UNE), uma
delas quando estava foragido.
‘Gui’,
como era chamado pelos familiares e amigos mais íntimos, casou-se
por procuração com Isaura Botelho em 1968, então namorada e mãe
de sua única filha, Juliana Botelho Guimarães (atualmente com 34
anos). Separou-se em 1971 e meses depois se casou com Rosa, nome
usado na clandestinidade.
Durante
a pior invasão sofrida pela UnB, em agosto de 1968, Honestino foi
preso e permaneceu dois meses em poder do Exército. Em setembro, foi
expulso da universidade.
Com
o Ato Institucional nº 5 (AI-5), instaurado em 13 de dezembro de
1968, Honestino passou a viver nas sombras. Continuou coordenando
encontros estudantis e lutando contra o regime militar até ser pego
em 10 de outubro de 1973 — data que consta em sua certidão de
óbito, conseguida anos mais tarde por sua família. Na época, tinha
26 anos. Depois da prisão, a mãe e os irmãos continuaram a
procurar, em vão, em várias prisões pelo Brasil.
No
dia 26 de agosto de 1997, o então reitor da UnB João Cláudio
Todorov outorgou o título de Mérito Universitário a Honestino.
isis.jpg
Estudante
de Ciências Sociais da USP. Com 30 anos, foi presa em 30/1/1972,
pelo Exército, no Rio de Janeiro. Em 13/4/1972 estava sob custódia
da Marinha, incomunicável, ao que parece na ilha das Flores, não
tendo havido mais notícias suas e de outro militante que fora preso
com ela.
Relatório
Livro Direito à Memória e à Verdade 2007
isis01.jpg
Depois de trinta anos, cansada, Felícia desistiu da busca por sua
filha Isis. Mas não abandonou a luta sem antes estabelecer um marco.
"Batizou" uma praça na Lapa com uma lápide, na qual nos
lembra que é impossível apagar a história. "É uma dor e uma
perda que nunca se aplacam".
[Fonte:
Revista dos Bancários]
Leia
mais
Sobre
José Luís del Roio
Del
Roio foi eleito senador no ano passado e vive no país de onde vieram
seus avós desde 1977. Aqui, militou na clandestinidade pela ALN
(Ação Libertadora Nacional) e foi casado com Isis Dias de Oliveira,
também ligada à ALN e desaparecida desde 1972.
Maria
Auxiliadora Lara Barcellos (1945-1976), nascida em Antônio Dias
(MG), atirou-se nos trilhos de um trem na estação de metrô
Charlottenburg, em Berlim, Alemanha Ocidental, em 1º de junho de
1976, tendo morte instantânea. Membro da VAR-Palmares (Vanguarda
Armada Revolucionária Palmares), foi vítima de torturas no Brasil,
tendo passado pelos presídios de Bangu, no Rio de Janeiro, e
Linhares, em Juiz de Fora. Foi banida e enviada para o Chile com
outros 69 presos políticos no dia 13 de janeiro de 1971, no episódio
do seqüestro do embaixador suíço no Brasil. Nunca mais conseguiu
se recuperar plenamente das profundas marcas psíquicas deixadas
pelas sevícias e violências de todo tipo a que foi submetida.
queirozrm.jpg
Ronaldo
Mouth Queiroz estudava Geologia na USP e era um dos raros quadros
remanescentes das mobilizações de 1968 que se manteve atuando
legalmente nas instâncias estudantis do difícil período entre 1969
e 1972. Dirigiu o DCE da USP a partir de 1970, quando o Movimento
Estudantil não podia mais realizar grandes mobilizações abertas,
por força do terror repressivo. Ainda assim, trabalhou para manter
uma articulação básica entre os Diretórios e Centros Acadêmicos,
preparando publicações, organizando campanhas unificadas,
apresentações artísticas e, principalmente, a recepção conjunta
aos calouros de cada ano, trocando o trote tradicional por debates
políticos e culturais.
Desde
a infância, destacou-se por seu desempenho nos estudos e já aos 13
anos trabalhava em casa, fiscalizando para uma empresa as propagandas
de rádio. Residia a 30 km da USP e ainda dava aulas à noite, num
curso pré-vestibular. Quando morreu, Ronaldo era o responsável pela
estruturação do trabalho da ALN junto ao Movimento Estudantil e
movimentos sociais, mantendo vínculos com essa organização
clandestina desde 1970. Ex-presos políticos consideram de baixa
credibilidade a informação contida no “Livro Negro do Terrorismo
no Brasil”, escrito por agentes do CIE durante o mandato
ministerial do general Leônidas Pires de Vasconcelos, de que Ronaldo
teria participado do Comando Aurora Maria Nascimento Furtado,
responsável pela execução, em 21/02/1973, no bairro da Mooca, o
dono do restaurante que teria provocado a morte de três militantes
da ALN em 1972.
A
partir do trabalho do ex-militante e agente policial “Jota”, o
médico João Henrique de Carvalho, infiltrado na ALN em 1972,
Queiroz passou a ter seus passos vigiados pelo DOI-CODI/SP. Foi morto
a tiros no dia 06/04/1973, num ponto de ônibus da avenida Angélica,
em São Paulo, por agentes daquele órgão de segurança do regime
militar. Com base nas informações coletadas na época, os agentes
nem chegaram a dar voz de prisão e atiraram à queima roupa assim
que o reconheceram. No entanto, a versão oficial, publicada no dia
seguinte, foi de que Ronaldo teria resistido à prisão, sendo morto
em tiroteio. Essa versão, que já era questionada pela análise dos
documentos oficiais, foi definitivamente derrubada por uma testemunha
ocular localizada por Luiz Francisco Carvalho Filho, relator do
processo na CEMDP.
O
corpo de Queiroz deu entrada no necrotério às 8h do dia 06/04/1973,
enquanto a requisição do IML registra o horário do óbito como
tendo sido às 7h45, sendo impossível num horário de rush o
deslocamento entre os dois pontos em 15 minutos. O laudo de Isaac
Abramovitc e Orlando Brandão descreve dois tiros, na face anterior
do hemitórax esquerdo e no mento, a um centímetro do lábio
inferior, tiro este bastante incomum. Relatório localizado no
DOPS/SP, assinado pelo então coronel Flávio Hugo Lima da Rocha,
chefe da 2ª seção do II Exército, feito 20 dias depois dos fatos,
confirma que Queiroz estava sob vigilância, ao afirmar que teriam
conseguido localizar sua casa, um quarto de pensão na rua Sergipe,
303, a partir de investigações nas proximidades. Foram anexadas
pelo relator reportagens de 07/04/1973 dos jornais Folha de S. Paulo,
Folha da Tarde e O Estado de São Paulo, além do depoimento da
testemunha localizada por ele.
Luiz
Francisco Carvalho Filho também procurou por telefone o médico João
Henrique Ferreira de Carvalho, o “Jota”, que se recusou a depor.
No entanto, o ex-agente do DOI-CODI/SP Marival Chaves do Canto,
entrevistado para uma reportagem que a Veja publicou na edição de
18/11/1992, afirmou que a delação do médico João Henrique de
Carvalho tinha possibilitado a eliminação de pelo menos umas vinte
pessoas, atribuindo a ele a morte de todos os dirigentes da ALN a
partir de 1973.
Essa
reportagem trouxe duas referências diretas à morte de Queiroz:
“Em
março de 1973, por exemplo, três integrantes da organização foram
fuzilados no bairro da Penha em São Paulo. Um deles fora contatado
por Jota dias antes, e a partir de então uma equipe do DOI não
perdeu seu rastro. O mesmo aconteceu com o estudante Ronaldo Mouth
Queiroz, conhecido como ‘Papa’ na ALN, morto a tiros de
metralhadora num ponto de ônibus na av. Angélica. Primeiro,
investiu junto a um agrupamento da organização na Faculdade de
Geologia da USP, onde estudava Alexandre Vannucchi Leme, preso e
morto em março de 1973. Na mesma escola estudava Queiroz, que antes
de ser assassinado lhe abriu as portas da ALN em outra faculdade, a
Medicina da USP. Numa ocasião, sempre disfarçado de militante Jair,
o agente Jota, procurou um estudante da Medicina, Jurandir Duarte
Godoy, o ’Romeu’: que lhe fora apresentado por Queiroz”.
A
testemunha localizada pelo relator declarou, 23 anos depois dos
fatos, o que tinha presenciado no ponto de ônibus onde Queiroz foi
morto. Seu relato corresponde claramente a uma execução. Viu quando
três homens desceram de uma Veraneio C-14 e dispararam contra o
rapaz que estava encostado na parede. O primeiro tiro o derrubou e o
segundo foi disparado quando já estava caído. Viu ainda que o mesmo
homem que atirou colocou uma arma de fogo nas mãos do corpo inerte e
outra em sua cintura. E que, ante protestos de populares, um cidadão
que reclamava foi preso e levado na viatura.
O
relator contestou a versão oficial, afirmando que “sempre existiu
o sentimento de que ela é falsa: pelos registros oficiais, o
estudante deu entrada no necrotério apenas 15min depois de ser
atingido; a requisição do exame foi preenchida com seu nome
verdadeiro, embora a imprensa tenha informado que ele usava documento
falso com o nome de Ghandi Ferreira da Silva; as declarações da
testemunha que disse ter presenciado o assassinato de um homem, no
mesmo local e na mesma época, que depois associou a Ronaldo”.
Em
seu voto, faz o balanço das evidências contidas nos autos e afirma
que prevalece o sentimento de que Ronaldo foi executado. Não há
prova do suposto “cerrado tiroteio”. O depoimento da testemunha é
convincente e se harmoniza com a versão da requerente. O fato de a
morte ter ocorrido em via pública não impede o reconhecimento
legal. “O dever dos agentes de segurança é deter o infrator, não
executá-lo friamente. Poderiam prendê-lo, mas não o fizeram”,
concluiu o relator.
Stephen
Bantu Biko (18 de dezembro de 1946 - 12 de setembro de 1977) foi um
conhecido ativista do movimento anti-apartheid na África do Sul,
durante a década de 1960.
Insatisfeito
com a União Nacional de Estudantes Sul-africanos (National Union of
South African Students), da qual era membro, participou da fundação,
em 1968, da Organização dos Estudantes Sul-africanos (South African
Students' Organisation). Em 1972, tornou-se presidente honorário da
Convenção dos Negros (Black People's Convention).
Em
março de 1973, no ápice do regime de segregação racial
(Apartheid), foi "banido", o que significava que Biko
estava proibido de comunicar-se com mais de uma pessoa por vez e,
portanto, de realizar discursos. Também foi proibida a citação a
qualquer de suas declarações anteriores, tivessem sido feitas em
discursos ou mesmo em simples conversas pessoais.
Em
6 de setembro de 1977 foi preso em bloqueio rodoviário organizado
pela polícia. Levado sob custódia, foi acorrentado às grades de
uma janela da penitenciária durante um dia inteiro e sofreu grave
traumatismo craniano. Em 11 de setembro, foi embarcado em veículo
policial para transporte para outra prisão. Biko morreu durante o
trajeto e a polícia alegou que a morte se devera a "prolongada
greve de fome empreendida pelo prisioneiro".
Em
7 de outubro de 2003, autoridades do Ministério Público
Sul-africano anunciaram que os cinco policiais envolvidos no
assassinato de Biko não seriam processados, devido a falta de
provas. Alegaram também que a acusação de assassinato não se
sustentaria por não haver testemunhas dos atos supostamente
cometidos contra Biko. Levou-se em consideração a possibilidade de
acusar os envolvidos por Lesão Corporal seguida de morte, mas como
os fatos ocorreram em 1977, tal crime teria caducado (não seria mais
passível de processo criminal) segundo as leis do país.
[Fonte:
wikipedia (adaptado)]
Steve
Biko
Biko
foi assassinado há 30 anos. A 12 de Setembro de 1977, Bantu Steve
Biko morreu em consequência de bárbaras torturas da polícia sul
africana, do regime de apartheid. Biko era um jovem activista negro —
morreu com 30 anos — lutador contra o apartheid, dirigente
estudantil e fundador do Movimento Consciência Negra.
BAHA-Steve-Biko-02.jpg
Biko,
que dizia que "a arma mais poderosa nas mãos do opressor é a
mente do oprimido", foi um defensor dos negros e da sua
independência, face aos liberais brancos, na luta contra o apartheid
na África do Sul.
Nelson
Mandela em 1997, no elogio a Steve Biko, afirmou: "Um dos
grandes legados da luta que Biko travou — e pela qual morreu —
foi a explosão do orgulho entre as vítimas do apartheid".
A
morte de Biko foi largamente denunciada no mundo, ampliando e
elevando o combate ao regime do apartheid na África do Sul. Bantu
Steve Biko nasceu na cidade de King William em 18 de Dezembro de
1946. Estudou medicina na Universidade de Natal e tornou-se um
activista estudantil. Em 1968, com outros companheiros de luta fundou
a SASO ( South African Students' Organisation — Organização dos
Estudantes Sul Africanos) rompendo com a NUSAS (National Union of
South African Students — União Nacional dos Estudantes Sul
Africanos), defendendo uma intervenção mais radical e criticando o
predomínio e orientação dos liberais brancos na NUSAS. Biko, que
foi o primeiro presidente da SASO, pretendia com esta organização
desenvolver a participação dos negros, elevar o seu orgulho e
actuar independentemente dos brancos. Para a SASO escreveu diversos
documentos com o pseudónimo de Frank Talk.
BAHA-Biko-Funeral-1977-08.jpg
Biko
foi um dos fundadores do Movimento Consciência Negra, defendendo que
o principal na luta contra o apartheid era a luta dos negros, a sua
organização e mobilização, combatendo a dependência dos negros
em relação aos liberais brancos. Em 1972 fundou a Convenção do
Povo Negro (Black People's Convention) e foi eleito seu presidente
honorário. Também em 72 foi expulso da Universidade e passou a
trabalhar em programas para a comunidade negra (Black Community
Programs — BCP), participando na construção de clínicas, creches
e no apoio aos trabalhadores negros. Em Março de 1973 foi "banido"
e proibido de sair da cidade de King William. "Banido"
significava que não podia comunicar com mais de uma pessoa de cada
vez, desde que não fosse da sua família, e não podia publicar
nada, tal como os seus escritos anteriores não podiam ser divulgados
ou citados. Apesar disso, dirigiu uma secção do BCP na sua cidade,
mas posteriormente foi também proibido de ter quaisquer ligações
com os programas da comunidade negra.
Não
obstante a repressão de que era vítima, Biko criou em 1975 um fundo
de apoio aos presos políticos e às suas famílias. As organizações
que criou e apoiou, nomeadamente as organizações estudantis,
tiveram um papel decisivo nos levantamentos do Soweto, em 1976. Biko
foi perseguido e preso por diversas vezes.
Em
18 de Agosto de 1977 foi preso juntamente com o seu companheiro Peter
Cyril Jones, acusados de desobedecerem às leis do apartheid. Biko
foi barbaramente agredido e torturado numa prisão em Port Elizabeth
o que lhe provocou uma hemorragia cerebral. A 11 de Setembro foi
transportado para a prisão central de Pretória, onde morreu a 12 de
Setembro. O governo do apartheid primeiro afirmou que ele tinha
morrido devido a uma greve de fome, posteriormente perante a
gravidade visível das lesões na cabeça, afirmaram que se tentou
suicidar, batendo com a cabeça.
A
Comissão de Verdade e Reconciliação criada após o fim do
apartheid, não perdoou aos seus assassinos. Mas, em Outubro de 2003,
o Ministério Público da África do Sul anunciou que os cinco
polícias acusados do crime não seriam processados por falta de
provas, alegando que faltavam testemunhas que provassem a acusação
e considerando ainda que a possibilidade de acusação pelo crime de
lesões corporais já tinha caducado. A morte de Biko foi largamente
noticiada internacionalmente pelo grande prestígio que granjeara, o
seu funeral foi acompanhado por milhares de pessoas, estando
inclusivamente presentes diversos embaixadores estrangeiros.
O
assassinato de Biko tornou-se um símbolo da brutalidade do regime do
apartheid. A sua vida, luta e morte tornaram-se amplamente conhecidos
pelo trabalho desenvolvido por Donald Woods, um seu amigo jornalista
branco, que fotografou o seu cadáver com os ferimentos e um ano
depois publicou um livro, "Biko", descrevendo a sua vida e
morte.
Em
1980, Peter Gabriel editou um álbum que incluía a canção "Biko",
que se tornou um hino mundial contra o apartheid e que foi
posteriormente cantada por outros artistas, como por exemplo Joan
Baez. Em 1987, Richard Attenborough realizou o filme Cry Freedom
(Grito de Liberdade) sobre a vida de Biko e no qual a música de
Peter Gabriel foi incluída na banda sonora, Em 1997, no vigésimo
aniversário da sua morte, Nelson Mandela fez o seu elogio e
inaugurou uma estátua em sua memória. Actualmente existe na África
do Sul a Fundação Steve Biko (http://www.sbf.org.za/) que é
presidida pelo seu filho Nkosinati Biko.
This
is the year, which people will talk about
This
is the year which people will be silent about.
The
old see the young die.
The
foolish see the wise die.
The
earth no longer produces, it devours.
The
sky hurls down no rain, only iron.
Bertolt
Brecht
Biografias
de Steve Biko:
http://www.sahistory.org.za/pages/people/bios/biko-s.htm
http://zar.co.za/biko.htm
Textos
Black
Student Politics: from SASO to SANSCO 1968-1990
Por
Saleen Badat. "(…) The purpose of this book is to contribute
to rectifying the dearth of analysis of mass democratic
anti-apartheid organisations in South Africa by examining two black
higher education organisations that span a period of over two decades
between 1968 and 1990. One is the South African National Students'
Congress (SANSCO), which between 1979 and 1986 went by the name of
the Azanian Students' Organisation (AZASO). Established in 1979 and
the largest and most influential of the 1980s national organisations
representing black higher education students, SANSCO was an important
and integral component of the broad mass democratic movement in South
Africa. The other is the South African Students' Organisation (SASO),
formed in 1968 and popularly associated with the person of Steve
Biko. SASO gave birth to the Black Consciousness movement in South
Africa, was the leading formation within this movement, and did much
to revitalise black opposition politics during the 1970s before it
was banned by the apartheid government in 1977. (…)"
Black
Viewpoint
viewpoint-cover.jpg
Livro
editado em 1972 por Biko com o seguinte conteúdo:
Introduction
- de B.S. Biko (1972)
Black
development - de Njabulo Ndebele
The
new day - de C.M.C. Ndamse
Kwala-Zulu
development - de Chief M.G. Buthelezi
The
new black - de Bennie A. Khoapa
No46
- Steve Biko
Por
Hilda Bernstein. Steve Biko foi o quadragésimo sexto preso político
morto na África do Sul pela polícia. Este livro contém detalhes da
vida de Biko e sobre a situação na África do Sul de sua época. O
livro é composto das seguintes partes:
Introduction
The
life of Steve Biko
Black
Consciousness
The
death of Steve Biko
The
Funeral
The
Inquest
The
Police
The
Pathologist
The
Doctors
Counsel's
Submission on behalf of Biko family
The
Verdict
Unanswered
Question
The
Courts
Postcript
Fear
- an important determinant in South African politics
De
Steve Biko. (Publicado em Frank Talk, 9 de setembro de 1987). "
(…) While those amongst blacks who do bother to open their mouths
in feeble protest against what is going on are periodically
intimidated with security visits and occasional banning orders and
house arrests, the rest of the black community lives in absolute fear
of the police, No average black man can ever at any moment be
absolutely sure that he is not breaking a law. There are so many laws
governing the lives and behaviour of black people that sometimes one
feels that the police only need to page at random through their
statute book to be able to get a law under which to charge a victim.
(…)"
Biko
Lives!
Frank
Talk, 11 November 1984. "(…)This September marks the tenth
anniversary of the brutal murder of Steve Biko by the South African
state, Biko was beaten to death by the police while in detention. His
so-called crimes were the ideas he espoused and developed, ideas that
took root among the Azanian people and were turned into the material
reality of the Soweto Uprising.(…)"
Steve
Biko Speaks
Black
consciousness and the quest for a true humanity
Por
Steve Biko. "(…)There is no doubt that the colour Question in
South African politics was originally introduced for economic
reasons. The leaders of the white community had to create some kind
of barrier between blacks and whiles so that the whites could enjoy
privileges at the expense of blacks and still be feel free to give a
moral justification for the obvious exploitation that pricked even
the hardest of white consciences.(…)"
Steve
Biko Speaks
Entrevista
em que Biko fala da "Consciência Negra".
As
edições digitais listada acima são da South African History
Online. Essa biblioteca contém outros textos muito bem editados
sobre a África do Sul e sobre o regime do Apartheid.
New
Introduction to the American edition of Steve Biko’s "I Write
What I Like"
CCS
Resource Centre — Online library
Por
Lewis R. Gordon
Steve
Bantu Biko was a courageous man. This is not to say that he was
callously neglectful of the value of life, including his own, but
rather he was a man for whom life was so valuable that the fear of
death could be transcended. The consequence was that he found a way
for word and deed to meet and thus to achieve the urgently political
and the genuinely liberating. Brutalized to death in the flesh, he
left his words to unfold through three decades in a continued
challenge to every human being to carry on the fight for our
humanity. Dust though his body has become, his ideas live on. (…)
Steve
Biko: Martyr of the anti-apartheid movement
**BBC
News — Background — Monday, December 8, 1997 Published at 10:19
GMT **
Steve
Biko, subject of the film Cry Freedom, is widely seen as the greatest
martyr of the anti-apartheid movement. His philosophy that political
freedom could only be achieved if blacks stopped feeling inferior to
whites attracted enormous international attention, and is considered
by many to be the turning point in the demise of apartheid. (…)
Frases
de Biko
biko-his-own-words.jpg
Discursos
Discurso
de Nelson Mandela na comemoração ao vigésimo aniversário da morte
de Steve Biko
(…)
Yet what has been said about Steve Biko, what passed through the
walls of Robben Island and other prisons along our political
grapevine, has stood the test of time. That he was indeed a great man
who stood head and shoulders above his peers is borne out not only by
the testimony of those who knew him and worked with him, but by the
fruits of his endeavours. (…)
Conferências
I
Conferência Internacional Steve Biko
CMI,
por Dj Branco / CMA HIP-HOP 28/09/2007 às 12:46
(…)
Com o intuito de difundir a memória do líder negro sul-africano
Steve Biko e promover diálogos entre o movimento negro, o Instituto
Steve Biko promoverá no dia 09 de outubro a sua primeira conferência
Internacional com o tema: ?Biko! Por que Biko: sua história, seu
legado?, Palestrante: Nkhosinati Biko, filho de Steve Biko e
presidente da Fundação Steve Biko na África do Sul, dia 9 de
outubro - Salão Nobre da Reitoria da UFBA às 19h. (…)
Noticiário
Young
Black Leader Dies in Detention in South Africa, Raising Fears of New
Unrest
The
New York Times, 13 de setembro de 1977
Biko,
probably the most influential young black leader in South Africa,
died while in police detention last night, allegedly after a hunger
striker, and there were fears that his death could increase racial
tension. (…)
COSEAS
Ocupada!
hands-on.png
As
políticas de assistência e permanência estudantil, um direito dos
estudantes, não tem sido cumpridas pela COSEAS (Coordenadoria de
Assistência Social); ao contrário, este órgão, a serviço da
reitoria da USP, tem trabalhado sempre no sentido de dificultar e
impedir o acesso dos estudantes aos programas de permanência.
Mediante
tal posicionamento por parte da burocracia universitária, a
Assembléia de Moradores (moradores, hóspedes, alojados e candidatos
que não conseguiram vaga na moradia) do CRUSP realizada em 17 de
março de 2010 deliberou por ampla maioria de votos a OCUPAÇÃO
imediata do espaço do COSEAS, localizado no térreo do Bloco G do
CRUSP. Este espaço originalmente era destinado à moradia dos
estudantes, mas foi tomado pelo COSEAS. PORTANTO DECIDIMOS RETOMAR O
ESPAÇO QUE É DE DIREITO DOS ESTUDANTES.
Visitar
site da Ocupação
abaixo-a-ditadura.jpg
MEMOREX
O
livro-revista Elementos para uma História da UNE, publicado pela
primeira vez em 1978, através da Edições Guaraná e do DCE Livre
Alexandre Vannucchi Leme, da Universidade de São Paulo, ficou mais
conhecido pelas sucessivas gerações de estudantes e pesquisadores
como Memorex — nome do remédio cuja embalagem compõe a ilustração
da capa. A rigor, desde que foi publicado, durante a ditadura militar
que infelicitava a nação, o trabalho gerou impaciência em
correntes antidemocráticas tendo sido, inclusive, objeto de
inquérito militar, instaurado em 20 de setembro de 1978 pela
Aeronáutica, que determinou pedido de busca dos seus editores —
entre os quais Arnaldo Antunes, do Titãs.
helenira_rezende.jpg
Carta
póstuma para Helenira
Querida
Helenira,
Esta
carta chegará com 33 anos de atraso. Mas escrevo para lhe agradecer
o gesto tão nobre de ter tentado. Dizem que não se deve tentar,
porque o mundo é assim mesmo. Mas é um erro achar que o mundo não
muda. Se o primeiro negro norte-americano não tivesse se recusado a
ceder o lugar para um branco, no ônibus, talvez o apartheid
persistisse até hoje, nos Estados Unidos. A história registra
inúmeros casos de sacrifícios individuais que geraram mudanças no
plano coletivo.
Quando
balas da ditadura vararam teu coração de mulata, estavas na flor da
idade. Na poética definição de um camponês que lhe conheceu na
luta, eras "a flor da subversão na boniteza". Deixastes de
ser uma estudante paulista para virar heroína nacional na selva do
Araguaia. Os anos passaram, o mato cresceu e a tornou parte do solo
brasileiro — este solo que um dia há de ser nosso. (ler texto
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Universidade Ocupada
Novíssimo
Movimento Estudantil? Ou Rótulos Novos para Vinhos Velhos?
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Depoimentos
Título
Depoente Descrição Fonte e data
1968
por Mouzar Benedito Mouzar Benedito Depoimento de Mouzar Benedito
sobre o AI-5, o CCC e a invasão do CRUSP em 1968. Foi publicado
originalmente no site da Fundação Perseu Abramo. Fundação Perseu
Abramo
11
dez 1998
30
Anos do AI-5: não vamos esquecer -- Depoimento de Wolfgang Leo Maar
Wolfgang Leo Maar Depoimento de Wolfgang Leo Maar sobre o AI-5,
especialmente sobre suas consequencias no Conjunto Residencial da USP
— CRUSP Fundação Perseu Abramo
11
dez 1998
As
Bodas de Cobre do AI-5 José Maria Filardo Bassalo Depoimento do
professor da UFPA José Maria Filardo Bassalo sobre o AI-5 e sobre a
invasão do CRUSP (onde morava) em 17 de dezembro de 1968 pelo
Exército Boletim da Adufpa
abril
de 1994
USP
-- Os tucanos na contramão da história Walter da Silva Depoimento
de um ex-morador do CRUSP (1964-68) sobre como era o CRUSP na década
de 60 e sobre como está o CRUSP hoje. PT: Assembléia Permanente
12
jun 2007
Artigos
Título
Descrição Fonte
Reitoria
persegue os estudantes do Crusp Texto sobre a pressão exercida pela
COSEAS sobre os moradores do CRUSP — Conjunto Residencial da USP.
Jornal Causa Operária
Vinte
anos sem expansão de vagas Descreve alguns dos problemas do CRUSP,
como a falta de vagas, a superlotação e o regime opressor
implantado pela COSEAS Causa Operária
Violação
de Direitos Constitucionais e Humanos e Indícios de Corrupção na
USP (Coseas) Neste artigo o autor denuncia a corrupção e os abusos
na administração do CRUSP pela COSEAS Forum da Ocupação
Histórias
de uma vida em Conjunto Artigo do Jornal do Campus sobre o CRUSP —
Conjunto Residencial da Universidade de São Paulo Jornal do Campus
nº265
30
anos do III ENE, o encontro que a ditadura impediu Relato de Luzia
Ferreira sobre o III Encontro Nacional dos Estudantes de Belo
Horizonte — este encontro acabou não acontecendo em função da
repressão Site da autora
O
Crusp entre duas utopias Texto sobre a mudança da gestão
neoliberal do CRUSP, moradia estudantil da USP pelas instâncias
administrativas (leia-se: COSEAS) da Universidade de São Paulo. CMI
— Centro de Mídia Independente
Este
portal não foi criado nem é mantido pela UNE, nem por qualquer
outra entidade nacional ou internacional. Não está vinculado nem
segue diretrizes de nenhuma corrente do movimento estudantil, embora
seu criador as considere formas legítimas de organização e
associação dos estudantes. O objetivo do portal é simplesmente
alimentar o debade bem-informado, reunindo informações que, de
outra forma, não estariam disponíveis, ou seriam de difícil
acesso. Qualquer pessoa ou instituição pode colaborar, inclusive
fazendo doações. Basta entrar em contato pelo endereço
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MEMOREX
»
Arquivo » Arquivo: Anos 70 » MEMOREX
1991322152_22157300f6_b.jpg
Edição
escaneada1
O
livro-revista Elementos para uma História da UNE, publicado pela
primeira vez em 1978, através da Edições Guaraná e do DCE Livre
Alexandre Vannucchi Leme, da Universidade de São Paulo, ficou mais
conhecido pelas sucessivas gerações de estudantes e pesquisadores
como Memorex — nome do remédio cuja embalagem compõe a ilustração
da capa. A rigor, desde que foi publicado, durante a ditadura militar
que infelicitava a nação, o trabalho gerou impaciência em
correntes antidemocráticas tendo sido, inclusive, objeto de
inquérito militar, instaurado em 20 de setembro de 1978 pela
Aeronáutica, que determinou pedido de busca dos seus editores —
entre os quais Arnaldo Antunes, do Titãs.
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Artigos
REMEMOREX
- Uma Rebeldia Necessária
Por
Ary Costa Pinto e Marianna Francisca Martins Monteiro
(…)
A Edições Guaraná constituía o que hoje chamamos de uma equipe
multidisciplinar voltada para o resgate da tradição editorial e
gráfica do movimento estudantil. Era a tradição iniciada pelo
artista gráfico Rogério Duarte, por Ferreira Gullar e Arnaldo Jabor
na revista Movimento da UNE, no início dos anos 60, que nos
interessava resgatar. (…)
Footnotes
1.
A digitalização da revista/livro MEMOREX foi postada originalmente
no Blog "Seja realista: peça o impossível (Movimento
Estudantil Brasileiro)", em 09 de outubro de 2007.
Fundação
Perseu Abramo — Teoria & Debate
Por
Ricardo Azevedo
Para
realizar esta reportagem sobre o movimento estudantil da USP nos anos
70, Teoria & Debate entrevistou cinco importantes lideranças
daquela época: duas da Refazendo, duas vinculadas à Liberdade e
Luta e uma ligada à Caminhando. Todas elas, hoje já na faixa dos
quarenta, são figuras mais ou menos conhecidas em distintos campos
de atuação.
Tentamos
usar critérios para fazer esta seleção. Estes cinco companheiros
faziam parte das três tendências mais importantes do movimento
estudantil da USP naqueles anos e seguiram depois trajetórias
pessoais distintas. Mas todo critério de escolha tem sempre, nesses
casos, uma dose de subjetivismo. Muitos outros poderiam ter sido
procurados, pois uma das características do M.E. nos anos 70 era
inclusive a tentativa de não personalização do movimento. Pelo
peso que tinham, dois deles muito provavelmente teriam sido ouvidos
por nós se estivessem vivos: Celso Figueiredo, da Caminhando, e
Marcelo Garcia, na época conhecido como Bundão, da Refazendo. A
eles, dedicamos esta matéria.
MEMÓRIA:
MEDO E LIBERDADE
Aloízio
Mercadante entrou na Faculdade de Economia da USP em 1973. Filho de
um militar identificado com o regime (seu pai chegou a ser comandante
da Escola Superior de Guerra), começou sua militância política na
própria USP. Foi presidente da associação atlética da faculdade e
figura de primeira linha na Refazendo. Hoje, aos 43 anos, depois de
ter sido deputado federal e candidato a vice-presidente da República
na chapa com Lula em 94, Aloízio é professor de Economia da PUC e
da Unicamp e membro da Executiva Nacional do PT.
Alon
Feuerwerker começou a militar quando entrou na Faculdade de Medicina
da USP, em 1974. Eleito presidente do centro acadêmico em 1978 e
vice-presidente da UNE em 79 (na primeira diretoria da UNE
reconstruída e por eleição direta), Alon era militante do PCdoB e
uma das principais lideranças da Caminhando. Hoje, aos 41 anos, é
diretor de desenvolvimento no Universo Online e não tem mais
militância político-partidária.
Geraldo
Siqueira, o Geraldinho, já militava no movimento secundarista em 68.
Em 71, quando entrou na Geografia da USP, tinha um irmão no exílio.
Presidente do centro acadêmico de sua escola e membro da primeira
diretoria do DCE Livre da USP, eleito pela chapa Refazendo,
Geraldinho foi uma das mais importantes lideranças do período.
Respaldado em sua atuação no M.E., foi eleito deputado estadual
pelo MDB em 78 e reeleito pelo PT em 82. Atualmente, aos 46 anos, é
funcionário do Banco do Brasil. Filiado ao PT, como muitos no
entanto deixou de ter uma militância ativa nos últimos anos.
Quando
Josimar Melo entrou na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP
(FAU), em 71, já tinha participado de reuniões de esquerda para
discutir O Capital. Diretor do Grêmio da FAU em 72, Josimar era
figura de proa da Liberdade e Luta, a Libelu. Quando esta tendência
ganhou as eleições para o DCE Livre da USP em 78, ele fez parte de
sua diretoria e em 79 foi candidato a presidente da UNE. Aos 43 anos,
ele é hoje um bem-sucedido jornalista especializado em gastronomia,
que também não tem mais militância político-partidária, embora
siga sendo filiado ao PT e admirador de Trotski.
Da
mesma forma que Geraldinho, Júlio Turra, o Julinho da Libelu, desde
68 participava do movimento secundarista. Ingressou no curso de
Ciências Sociais da USP em 73. Já no segundo semestre deste ano era
militante da Organização Comunista Primeiro de Maio. Em 74, foi
eleito membro da diretoria do centro acadêmico de sua escola e era
também uma das mais importantes lideranças da Liberdade e Luta. Aos
44 anos, Julinho é hoje membro da Executiva Nacional da CUT,
militante ativo do PT e da Quarta Internacional, corrente O Trabalho,
no Brasil.
Reminiscências
Quando
se fala em atuação política, imediatamente vem à tona a questão
dos recursos: humanos, materiais, financeiros. Imprescindíveis sem
dúvida para uma atuação eficiente. Muitos no entanto têm
dificuldade em entender que nem sempre foi assim e que se hoje
podemos ter acesso à TV, por exemplo, isso faz parte das conquistas
democráticas e por elas muito se lutou no Brasil.
Na
década de 70, debaixo do regime militar, eram bem outras as
condições de militância. Militar na oposição significava
enfrentar o risco de, a qualquer momento, ser preso, torturado, até
mesmo assassinado, como aconteceu com tantos. Aloízio Mercadante
lembra que "as normas de segurança tinham que ser absolutamente
rígidas. Em qualquer reunião tinha um litro de álcool no banheiro
e um responsável para botar fogo em todas as anotações. Era só
tocar a campainha e essa pessoa ia lá queimar tudo e jogar pela
privada." Geraldinho se recorda do clima que envolveu a missa
pela morte de Alexandre Vannuchi, celebrada na Catedral da Sé:
"Havia metralhadora de tripé no centro da praça apontada para
a escadaria da catedral. Dentro da igreja, havia um cameraman da TV
Gazeta filmando tudo para a Oban. Ele ia de fila em fila e dava um
close nas pessoas. De repente, durante a missa, carros de polícia
começaram a dar a volta em torno da catedral com a sirene ligada.
Era um verdadeiro clima de pavor!" E Júlio Turra conta que, na
invasão da PUC, "quando começou a confusão, com a tropa de
choque entrando, bombas de gás lacrimogêneo, eu, o Josimar e uma
moça chamada Anne Marie saímos correndo pelos fundos da PUC,
entramos numa vilinha, pulamos o muro, subimos em uma casa e entramos
na caixa d'água. Já de madrugada descemos e entramos em uma casa.
As pessoas foram solidárias, nos tranqüilizaram e até deram
cafezinho. No dia seguinte de manhã, soube que todo mundo tinha ido
em cana…"
Nas
primeiras eleições para o DCE, as chapas não apresentavam os nomes
de seus candidatos. Em parte, isso era devido a uma concepção
política, de buscar não destacar nomes e sim idéias, mas em grande
medida esta atitude era motivada pela necessidade de preservar as
lideranças. Os estudantes votavam nas chapas sem saber quem iria
fazer parte da diretoria e só depois de eleita a chapa vencedora
apresentava seus componentes. Formalmente, não havia presidente. Era
um colegiado de diretores.
Mas
se a tensão e o medo faziam parte do cotidiano, a USP também era,
na imagem do Geraldinho, um pouco "a aldeia gaulesa" do
Asterix. Além do encaminhamento das lutas, lá tudo acontecia:
palestras, ciclos de cinema, shows de música, grupos de teatro,
festas juninas. Josimar explica, com certo tom crítico: "A
gente precisava juntar gente, então fazia um show com um cantor que
cantava música engajada e juntava as pessoas. Com o tempo, as coisas
começaram a ir para o seu devido lugar, ou seja, política é
política, cultura é cultura." O fato é que músicos como
Gilberto Gil, Gonzaguinha, Milton Nascimento, João Bosco e muitos
outros se apresentavam de graça na USP para cantar com uma
infra-estrutura absolutamente precária. Mercadante lembra que,
quando foram convidar a Mercedes Sosa, que estava dando uma temporada
em São Paulo, ela respondeu: "Yo no puedo cantar para los
obreros ni para los campesinos; al menos voy a cantar para los
estudiantes de São Paulo". Na aldeia gaulesa da USP, os
artistas que queriam manifestar seu repúdio à ditadura o faziam,
contribuindo dessa forma para a reorganização do movimento
estudantil. O simples fato de duas das principais tendências do
movimento estudantil se chamarem Refazendo e Caminhando já mostra a
importância que a questão cultural tinha na época. Porém, Alon
faz um reparo: "A questão cultural teve uma influência. No
entanto, a maior influência cultural foi do marxismo".
Ainda
que não estivesse presente em nenhuma carta-programa, a questão
comportamental também tinha sua importância. Até mesmo pelo clima
de repressão cultural e artística do momento, cada tendência se
comportava mais ou menos como uma tribo, no dizer de Julinho.
Congregando cada uma delas centenas de adeptos, formavam um círculo
protetor onde as pessoas podiam "respirar" no meio de tanta
tensão. Famosas eram também as festas e, como não poderia deixar
de ser, cada tendência tinha as suas. Explica Júlio Turra: "O
pessoal da Caminhando era do sambão, do pagode, da cultura popular.
Nós, da Liberdade e Luta, éramos mais roqueiros; o pessoal da
Refazendo era mais tipo Milton Nascimento. Havia até um certo jeito
de se vestir: o pessoal da Caminhando você reconhecia claramente -
era o poncho e conga -; a Libelu já era o cara mais cabeludo, meio
roqueiro…" Na noite da vigília das urnas, houve até mesmo
duas polêmicas: que tipo de música se deveria tocar (rock ou
samba?) e se poderia rolar bebida alcoólica ou não.
Nesse
aspecto, no entanto, há divergências de apreciação. Para Josimar:
"tínhamos um certo visual, um certo comportamento meio rebelde,
meio pós-hippie, mas a não ser a questão da maconha, que tinha
implicações de segurança, não discutíamos muito questões de
comportamento." Mercadante tem outra lembrança: "A gente
tinha um pé em Woodstock. Havia uma discussão cultural e
comportamental na vanguarda social do movimento. Estas coisas não
estavam nas cartas-programa porque o nível de consciência do
conjunto dos estudantes não era o mesmo da vanguarda social."
Julinho acentua: "Não havia muitos obstáculos; havia uma quase
total falta de preconceitos. As questões comportamentais não eram
tratadas nas cartas-programa, mas no entanto as transgressões à
moral da época eram praticadas."
As
divergências
Na
USP da década de 70, três tendências políticas tinham maior
destaque:
Refazendo
Teve
sua origem em militantes oriundos da Ação Popular que, tendo
perdido contato com a organização quando das prisões de 71, formam
um grupo independente - o Grupão. Em 76, voltam a retomar contato
com a AP que, progressivamente, absorve seus principais quadros. A
Refazendo tinha maior força na Geologia, Física, Geografia,
Psicologia, Politécnica, Ciências Sociais e Economia. É vitoriosa
nas duas primeiras eleições para o DCE.
Liberdade
e Luta
Era
vinculada à Organização Socialista Internacionalista, formada em
76 a partir da fusão de dois grupos trotskistas, a Organização
Primeiro de Maio e a Organização Marxista Brasileira. Segundo Júlio
Turra, ele e Markus Sokol quando discutiam a fusão, lembraram-se de
uma frase de Spinoza que diz que "só há liberdade quando se
luta pela liberdade". Aí, Julinho disse "Luta e liberdade
pode ser o nome" e Sokol replicou: "Não, Liberdade e Luta
soa melhor". A Libelu, como ficou conhecida, tinha maior
expressão nos cursos de Arquitetura, Comunicações, Filosofia,
Economia e Ciências Sociais. Segunda força do M.E. na USP, em 78 a
Liberdade e Luta ganha o DCE. Diz a lenda que em eleições em urna a
Refazendo em geral ganhava, mas que nas assembléias normalmente dava
Libelu.
Caminhando
Vinculada
ao PCdoB, era a terceira força na USP. Tinha maior presença na
Medicina, na Politécnica e nas Ciências Sociais. Porém, em nível
nacional, dada a maior organização do PCdoB, desponta como
principal força, vencendo as primeiras eleições para a diretoria
da UNE em 79, em aliança com a Refazendo.
Além
destas, e com menor expressão, havia ainda a Organizar a Luta,
vinculada ao Movimento pela Emancipação do Proletariado (MEP), e a
Alternativa, ligada à Política Operária (Polop). Somente em 76
surge, ainda que com pequena expressão, a Convergência Socialista.
Quais
eram afinal as divergências que explicavam a existência de tantas
tendências? Nesse ponto, vinte anos depois, as impressões dos
entrevistados quase reproduzem os mesmos argumentos da época.
Para
Josimar, "havia dois extremos dentro da esquerda: o PC, que
tinha um projeto político de alianças com a burguesia progressista
e a Liberdade e Luta, que rejeitava toda aliança com qualquer setor
da burguesia. No fundo, era isso que se refletia a todo momento. Na
USP, a Refazendo era mais forte que o PC, que quase não existia, mas
historicamente no Brasil nossa briga era com ele". Na mesma
linha, Julinho, para quem a polarização Refazendo/Liberdade e Luta
era mais ou menos como o Corinthians e Palmeiras da época,
prossegue: "a gente era contra qualquer aliança política com o
MDB que não fosse a frente única elementar. O PCdoB tinha uma
política mais de frente para combater a ditadura com um programa
tipo união dos patriotas. Já a Refazendo tinha uma postura crítica
com relação ao MDB mas argumentava que era impossível fazer
política fora dele. O próprio Geraldinho começou sua carreira
política fora do M.E. como candidato da esquerda do MDB."
Já
para o pessoal da Refazendo, o centro das divergências era outro.
Mercadante argumenta que "o PCB vinha perdendo espaço na USP.
Nós éramos uma alternativa ao reformismo, mas não aceitávamos o
trotskismo pelo seu vanguardismo, pela sua total incapacidade de
dialogar com a massa. Eles sempre atuavam na vanguarda social e com
uma postura vanguardista." E Geraldinho complementa: "A
Refazendo estava mais correta. A Libelu foi importante para empurrar
o movimento quando a gente segurava um pouco, mas eles tinham uma
análise errada. Eles achavam sempre que a ditadura estava para cair,
que não tinha mais sustentação social. E a nossa análise era de
que o que provavelmente ia acontecer era a abertura do Geisel, lenta,
gradual e segura."
Por
sua vez, Alon considera que "o centro das divergências era o
caráter da luta política em curso. Tinha uma posição de lançar o
movimento de massas num embate contra o regime e pelas liberdades
democráticas, que era comum à Caminhando e à Liberdade e Luta. A
Refazendo e a Organizar a Luta já achavam que ainda havia aspectos
importantes de resistência e que as questões democráticas não
deveriam ser levantadas de uma maneira mais aberta. A Refazendo, por
exemplo, nunca chegou a defender a Constituinte… Por outro lado, na
análise de conjuntura, a Liberdade e Luta achava que a ditadura
estava prestes a cair e a Caminhando e a Refazendo achavam que ainda
havia um longo período de acumulação de forças. Assim, do ponto
de vista das bandeiras, a gente convergia com a Libelu, com exceção
do "abaixo a ditadura", que achávamos que não devia ser
colocado; mas do ponto de vista da condução do movimento, a gente
era mais próximo da Refazendo."
Se
não fosse pela discussão do "abaixo a ditadura", um
leitor mais distraído poderia pensar que estávamos falando das
divergências atuais dentro do PT, talvez até com os mesmos atores
se repetindo… Mas, passados vinte anos, alguma síntese é
possível. Assim, Mercadante considera que "o melhor da luta
estudantil era o resultado final. Os companheiros da Caminhando
tinham uma dimensão do nacional, do democrático e popular, que nós
desprezávamos. Por outro lado, o vanguardismo do trotskismo
empurrava o movimento para a frente, questionava a direção. E nós
tínhamos uma visão correta do acúmulo de forças, da relação do
movimento estudantil com o restante da sociedade. Quer dizer, a
síntese era melhor que as partes". E Alon corrobora: "Cada
tendência teve um papel fundamental. Sem o ímpeto e o voluntarismo
da Liberdade e Luta nada teria acontecido. Sem a capacidade
organizativa e o enraizamento na massa em alguns lugares que a
Caminhando tinha também nada haveria. E também não aconteceria sem
o caráter flexível da Refazendo, que era um instrumento para que as
pessoas que não estavam a fim de militar num partido comunista ou
trotskista pudessem participar do movimento. Foi uma combinação
muito interessante porque cada um cumpriu seu papel."
Consensos
Passados
vinte anos, é de uma maneira positiva e com certo tom de saudade que
todos se referem ao período. Para Josimar, "foi decisiva a
importância política do movimento estudantil. Ele não era
vanguarda, mas era a ponta de um iceberg que terminou redundando no
fim da ditadura". Julinho considera que "a primeira
importância é que foi uma forja de quadros. Em segundo lugar,
possibilitou uma renovação do pensamento da esquerda brasileira. E
jogou um papel de catalisador do descontentamento que existia".
Porém, ele pondera: "Mas o decisivo para cair a ditadura foram
as greves do ABC". Para Mercadante, "foi o primeiro grande
movimento social da luta democrática no Brasil. Os estudantes saíram
na frente, ganharam a opinião pública para a luta democrática e
foram uma referência fundamental para outros movimentos que vieram a
seguir". Geraldinho comenta: "A gente queria fazer a
revolução socialista, comunista, mas na verdade a gente jogou um
papel importante na redemocratização do país." E Alon
arremata: "Na ideologia oficial da direita, a democracia teria
sido fruto da distensão do Geisel e da abertura do Figueiredo. Por
outro lado, na ideologia oficial da esquerda criou-se um mito de que
a democracia no Brasil começou a nascer com as greves operárias de
78, no ABC. Mas, entre 73 e 79, aconteceu alguma coisa que permitiu
ao próprio movimento operário mais oxigênio para poder respirar no
final da década de 70. Nós achávamos que éramos uma organização
de esquerda que estava preparando o caminho para a Revolução
Brasileira. Na verdade, éramos lideranças políticas que estávamos
mobilizando a massa para uma luta democrática. Realmente, foi um
período incomparável em termos de experiência política, porque a
gente discutia teoria, discutia política e fazia movimento de
massa."
Blog
"Seja realista: peça o impossível (Movimento Estudantil
Brasileiro)"
Por
Ary
Costa Pinto1
e
Marianna
Francisca Martins Monteiro2
Foi
com enorme satisfação que atendemos ao convite do professor Otávio
Luiz Machado, pesquisador da história do movimento estudantil
brasileiro, para reeditar, por meio eletrônico, o trabalho Elementos
para uma História da UNE, publicado pela primeira vez em 1978,
através da Edições Guaraná e do DCE- Livre Alexandre Vanuchi
Leme, da Universidade de São Paulo, trabalho esse que sucessivas
gerações de estudantes e pesquisadores denominaram Memorex3.
Decorridos
30 anos daquela experiência, vimos neste convite a oportunidade de
rebater algumas imprecisões que observamos em resenhas antigas e
recentes sobre esse trabalho. Entre elas, há algumas de viés
nitidamente ideológico, recheadas do pior defeito da história
social: o anacronismo. Outras, foram elaboradas por mentes indolentes
que sequer leram o texto em questão ou o fizeram com pouca atenção
e cujo propósito não parece ser esclarecer, mas sim ocultar ou
escamotear fatos.
A
rigor, desde que foi publicado, durante a ditadura militar que
infelicitava a nação, o trabalho gerou impaciência em correntes
antidemocráticas tendo sido, inclusive, objeto de inquérito
militar, instaurado em 20 de setembro de 1978 pela Aeronáutica, que
determinou pedido de busca dos seus editores.
A
primeira estultice publicada a respeito apareceu no livro O que é
movimento estudantil da coleção Primeiros Passos, da Editora
Brasiliense, onde o autor, Antonio Mendes Jr, o saudoso "Paxá",
ao fazer indicações bibliográficas, considera o Memorex leitura
obrigatória, mas faz a injusta ressalva de que a publicação traz
muitos trechos copiados da obra O Poder Jovem de José Arthur
Poerner, durante muitos anos a mais respeitada sobre o tema. Contudo,
nunca apontou qual trecho foi copiado. A bem da verdade, o grupo que
elaborou o trabalho pouco escreveu, pois é uma coletânea de
documentos, em sua maior parte da própria UNE, que ali aparecem
ordenados cronologicamente, constituindo-se na fase de documentação
da pesquisa, sugestivamente intitulada por isso de Elementos para uma
História da UNE.
Inspirados
numa metodologia historiográfica, a maioria senão a totalidade do
grupo formado por adolescentes e recém-adolescentes, realizou um
mergulho na metodologia da pesquisa a partir de documentos. Pela
primeira vez, esses universitários e secundaristas freqüentaram a
Biblioteca Mário de Andrade de São Paulo e, depois, a Biblioteca
Nacional do Rio de Janeiro e compreenderam na prática a diferença
entre fontes primárias e fontes secundárias numa pesquisa. Pela
primeira vez, o estudo da história foi vivenciado por aqueles
estudantes como um processo de descoberta e elaboração de fontes
documentais e não apenas digestão de trabalhos interpretativos ou
de pesquisa realizados por outros. O lema que fizemos questão de
estampar nas páginas da publicação — aprender é produzir —
retratava a nossa opção metodológica, nossa forma de fazer, e
apontava para um projeto pedagógico, para uma "paidéia",
próxima de Paulo Freire.
Esse
é o aspecto original da realização do Apesar de Tudo — UNE
REVISTA, Elementos para uma História da UNE, o de ter se constituído
como processo educacional, como uma experiência pilôto realizada
por um grupo de estudantes, em 1978, passível de ser multiplicada em
numerosos outros âmbitos. Por traz de uma pedagogia, como se sabe,
há sempre uma visão de mundo, uma política, por isso o Memorex
também foi militância estudantil, definição de posição
ideológica e colaboração com a reconstrução dos órgãos
nacionais e locais de representação estudantil.
Ligações
familiares, escolares, antigos relacionamentos que se reencontraram
na USP, todo tipo de circunstância corrobora para o encontro entre
essas pessoas numa convivência cheia de inquietações. Longe de
terem se conhecido no movimento estudantil, os componentes desse
grupo se encontravam num apartamento em São Paulo, onde moravam três
dos editores de Memorex. Tinham, eventualmente, alguma experiência
no movimento secundarista e no movimento estudantil universitário,
mas jamais haviam militado juntos. A equipe de Memorex revelava
maiores afinidades com as fileiras da contra-cultura, do Rock and
Roll que, às vezes unia mais que o movimento estudantil. Havia
também um claro posicionamento desses jovens contra a ditadura
militar. A consciência política do grupo era bem elaborada e
definia-se com clareza pela luta contra a ditadura, percebendo o
movimento estudantil como uma vanguarda cultural, artística,
filosófica e científica. Atribuía, além disso, ao conhecimento da
historia a potencialidade de lançar as bases de um entendimento
político a partir do qual as forcas sociais poderiam construir
sólidas e representativas organizações.
Pensávamos
nesse âmbito alargado dos grandes rumos políticos, mas
constituíamos apenas um grupo de amigos, conhecidos, cidadãos
pensantes, reunidos num apartamento. Se analisarmos as origens
familiares desse grupo vamos encontrar uma presença significativa de
filhos de ex-militantes comunistas. Não era por acaso! A
originalidade e especificidade de Memorex se dá nessa tensão entre
a militância política tradicional e a militância contra-cultural.
Dentro da contra-cultura, convém ressaltar que os elementos mais
velhos do grupo tinham um envolvimento significativo com a imprensa
alternativa: Bondinho, EX, Revista Versus, Jornal Nós Mulheres; com
a militância feminista e com a ala mais contra-cultural do Teatro
Oficina. Entre os secundaristas do grupo, Arnaldo editava uma
publicação de poesias e textos, A Mais, que circulava no Colégio
Equipe. Essas foram referências importantes na definição e escolha
da linguagem do Memorex.
A
Edições Guaraná constituía o que hoje chamamos de uma equipe
multidisciplinar voltada para o resgate da tradição editorial e
gráfica do movimento estudantil. Era a tradição iniciada pelo
artista gráfico Rogério Duarte, por Ferreira Gullar e Arnaldo Jabor
na revista Movimento da UNE, no início dos anos 60, que nos
interessava resgatar. Em grande parte porque avaliávamos como muito
tímida a imprensa estudantil que se praticava e procurávamos romper
com essa timidez, como pode ser observado nos "slogans" ou
palavras de ordem que adotamos e que podem ser vistas na publicação:
"Edições Guaraná, contra o mofo e a timidez";
"Experimentar não esclerosar", entre outras.
A
não apreensão do caráter experimental da publicação Apesar de
Tudo — UNE REVISTA, leva alguns pesquisadores a escrever sandices,
como foi o caso de Angélica Muller, em comunicação científica
apresentada no XXIV Simpósio Nacional de História ANPUH4, que
contém as reflexões de um capítulo de sua tese integralmente
dedicado à análise de Memorex. Nessa comunicação, a historiadora
afirma que grande parte dos textos do Memorex não trazem referências
de origem, ou autoria, reclama da falta de informação sobre os
editores de Memorex.
A
autora parece estar bem preocupada com os usos políticos da história
e até mesmo surpresa com o impulso dos conhecimentos teóricos, mas
pouco se pergunta a respeito do "mistério" do expediente
de Memorex e parece não se dar conta das inúmeras referências que
acompanham a maior parte da documentação publicada.
Um
pesquisador atento não deixaria de visualizar o expediente da
publicação, na página referente aos anos 61/62, gestão Aldo
Arantes, onde se lê: "EXPEDIENTE: Apesar de Tudo — UNE
REVISTA, uma realização conjunta de Edições Guaraná e DCE-Livre
Alexandre Vanuchi Leme", listando em seguida, por ordem
alfabética, seus treze editores sem estabelecer qualquer hierarquia
entre eles. Revela, assim, que assumíamos a autoria da publicação,
mas tínhamos prudência frente aos rigores com que o regime militar
tratava os estudantes, jornalistas, artistas e intelectuais.
Esse
mesmo pesquisador, se estivesse interessado em esclarecer quem era o
grupo que assinava o trabalho, por meio da internet, logo teria em
mãos o telefone de alguém e, rapidamente, chegaria aos
sobreviventes, que poderiam explicar muita coisa e talvez responder
algumas de suas perguntas. Ficaria sabendo que o Arnaldo que aparece
sem sobrenome é o Antunes, nosso querido poeta. Talvez o pesquisador
também se comprazesse em saber que o artista que tanto admiramos,
Nuno Ramos, também se matava no "past up", além de
digitar e revisar textos.
O
interessante é que nenhum deles se tornou político ou mesmo
aprofundou sua relação com o movimento estudantil. O caráter
progressista e político da produção artística e intelectual de
muitos dos elementos do grupo em fase posterior só confirma, no
entanto, o ponto inicial do grupo que nos anos 70 se reuniu em torno
de uma militância fora dos parâmetros da esquerda tradicional,
interessado na renovação das linguagens artísticas, sem jamais
abandonar o viés político. Esse viés político, ao ser alimentado,
expressava a recusa em separar a grande política, do partido, do
Estado, dos órgãos nacionais, da pequena política contra-cultural
do quarteirão, dos comitês, dos cine-clubes, dos teatros de
periferia, da imprensa nanica, da literatura de mimeógrafo.
Depois
de concebido e diagramado o Memorex, passamos a buscar apoio para sua
impressão. Acreditávamos, que o nosso caráter de grupo
independente e o sentido de coletânea de documentos que conferimos
humildemente a nossa obra, haveria de facilitar a obtenção desse
apoio e de algum recurso financeiro. Como a publicação estava
pronta circulávamos a fotocópia de um "boneco" já
paginado e tentávamos convencer a diretoria do DCE, dos centros
acadêmicos a apoiar a edição de Memorex.
Definitivamente,
o Memorex não foi gestado no interior do DCE- Alexandre Vanuchi
Leme. Na capa da publicação, credita-se com clareza o DCE e a
Edições Guaraná, no meio da publicação aparece o crédito
horizontal da Edição Guaraná. A análise desses dois dados deveria
no mínimo suscitar algumas questões: Quem é o sujeito da
enunciação? O que seria Edições Guaraná. Por que haveria o DCE
de trabalhar com a Edições Guaraná?
Aspecto
importante em qualquer análise de discurso é a definição do
sujeito da enunciação. E nesse item Angélica Müller cochila. Para
ela esse sujeito é o DCE da USP, ignora solenemente a Edições
Guaraná, os autores do trabalho. Talvez, seja hoje difícil
acreditar que o Brasil já tenha sido governado por forças que não
hesitavam em recorrer à truculência para impedir que a juventude
brasileira pudesse investigar, descrever e analisar seu passado. E,
no entanto, essas forças existem e hoje se apresentam com novos
simulacros e astúcias, mas com o mesmo objetivo: impedir que a nossa
juventude tenha acesso ao seu passado e possa escolher livremente o
que lembrar e preservar.
Nos
anos 70, na Universidade São Paulo, ao lado das intensas atividades
políticas, existiam muitas articulações com propósitos artísticos
e culturais como os grupos de teatro da Politécnica, da Faculdade de
História, da Ciências Sociais, como o jornal mural A Ponte, a
revista Balão e ainda grupos que se reuniam por interesse em
fotografia, música, cinema. Nem sempre seus membros estavam
diretamente envolvidos com as atividades políticas. Tal era o caso
da Edições Guaraná que reuniu estudantes de História, das
Comunicações, das Ciências Sociais, além de secundaristas e
vestibulandos.
Cabe
ainda reafirmar que não tínhamos o perfil do estudante militante.
Éramos jovens democratas interessados no fim do regime militar, cuja
intolerância nos impedia de exercer os mais banais direitos civis. É
importante lembrar que naquele momento os movimentos culturais
juvenis mostravam grande vitalidade com um grande número de
iniciativas, como as da poesia de mimeógrafo, entre outras do
chamado movimento undergroud. É no contexto desta rebeldia juvenil,
coletiva e universitária que a Edições Guaraná precisa ser
entendida. Nesse sentido, o fato de eventualmente algum de seus
membros ter ou não copiado trechos de O Poder Jovem não tem
qualquer relevância. O mais importante foi que conseguimos reunir um
grupo de jovens de diferentes faixas etárias para analisar um tema
espinhoso e realizar um produto que um vasto grupo social estava
desejando.
Com
"grande perspicácia", a mesma historiadora observa que as
páginas da publicação não são numeradas. De fato, não há
numeração de página no Memorex. Tivemos, na ocasião, um
entendimento que os anos da cronologia seriam suficiente para
estabelecer seqüência e localização, até porque, se não nos
falha a memória, não havia mais números em nosso estoque de "letra
set", e muito menos fôlego financeiro para adquirí-las. De
fato, a ignorância a respeito das condições e o contexto em que
foi produzido o Memorex, acarreta uma serie de avaliações
equivocadas.
Angélica
Muller, em sua comunicação, também afirma que a publicação é de
1979 quando é, de fato, de 1978. Essa imprecisão na datação faz
grande diferença na apreensão da conjuntura em que o trabalho veio
à luz. Em 1978, a ditadura ainda agia com muita truculência, sem
falar que a Edições Guaraná se adiantara em relação aos
dirigentes estudantis na iniciativa de elaborar uma historia da UNE.
Para completar, Müller reivindica para si o estabelecimento da data
da criação da UNE em 1938, parecendo não perceber que o Memorex
estampa em letras garrafais: "1938 — O Segundo Congresso. A
separação da CEB dos estudantes ou a formação da verdadeira UNE."
A
elaboração da revista Apesar de Tudo — UNE REVISTA (Memorex)
acolhia e incentivava a colaboração de todos e isto trouxe como
conseqüência uma variação de aprofundamento em cada período
pesquisado.
Entretanto,
é preciso registrar que a maior dificuldade estava em encontrar a
documentação e, sobretudo, mexer com um tema tabu, já que não é
possível ignorar que a UNE colocava-se, desde as primeiras horas,
como uma das principais adversárias do regime. Nosso desafio era
olhar para o passado e construir formas participativas de resgate e
interpretação. Só nos interessava produzir pesquisa que refletisse
aquele momento de interesse coletivo pela UNE.
Já
havíamos dado grandes passos na obtenção de documentos e
depoimentos quando foi criada a Comissão Pró UNE, que entre outras
resoluções decidiu que era necessário elaborar um histórico da
entidade que se pretendia reorganizar. Nós da Edições Guaraná
acreditávamos poder contribuir para a UNE e para o movimento
estudantil divulgando uma sistemática de trabalho, uma metodologia
que em si propiciava a mobilização, a conscientização e a
organização dos estudantes: propúnhamos que o Memorex se tornasse
brinde de recepção de calouros, acompanhado de eventos, discussões
palestras… tratava-se de criar com a publicação um instrumento de
mobilização.
O
que se concretizou foi uma fecunda parceria entre a Edições Guaraná
e o DCE que fez a compra antecipada de parte da tiragem, viabilizando
o custeio da impressão e dos fotolitos da publicação. Até então
havíamos trabalhado por conta própria, financiando os gastos com a
pesquisa, a composição de textos, o material da arte final etc. A
diretoria do DCE da USP que tinha conhecimento de que estávamos
trabalhando nessa pesquisa procurou-nos com o propósito de fazermos
essa parceria. Quando apresentamos as artes finais eles aprovaram e
prontamente foram enviadas para a gráfica. Em poucos dias a revista
entrou em circulação e em menos de dois meses sua tiragem de 10 000
exemplares havia se esgotado. Os estudantes exibiam grande carinho e
orgulho por aquela realização. Entretanto, os órgãos de segurança
entraram em ação para impedir sua circulação. Felizmente, a
rapidez de sua distribuição frustrou qualquer efeito neste sentido.
O
período compreendido entre o Congresso de Ibiúna e 1978 não foi
objeto de nossa pesquisa, em parte porque não nos encontrávamos
muito afastados dele. E também porque a ação dos dirigentes da UNE
na dura condição de clandestinidade impedia que se produzissem
muitos documentos oficiais escritos e no momento em que realizamos
nosso trabalho seria quase impossível tentar resgatá-los.
A
contribuição que buscávamos dar era: 1) revelar a
institucionalidade da UNE que o regime militar destruiu e isto
significava apontar para a existência de um legado documental da
entidade; 2) destacar a significativa contribuição cultural que
emergiu no interior da entidade ao longo de sua história; 3) mostrar
a UNE como ambiente de reflexão dos problemas nacionais; 4) mostrar
a entidade como geradora de mobilizações em defesa de projetos de
interesse nacional; 5) mostrar a entidade como propulsora de
renovações estéticas.
Hoje,
depois de constatar que passados tantos anos os estudantes
brasileiros continuam a demonstrar grande carinho pelo Memorex,
Apesar de Tudo — UNE REVISTA, não temos dúvida em afirmar,
lembrando o grande poeta Paulo Leminski: … "Valeu ter
encharcado a cara de suor. Valeu!"
Footnotes
1.
Ary Costa Pinto é Jornalista. Foi pesquisador da Divisão de
Iconografia e Museus do Departamento de Patrimônio Histórico da
Prefeitura Municipal de São Paulo, também integrou a equipe do
Centro Ecumênico de Documentação e Informação atuando no
Programa História do Movimento Operário no ABC. Desenvolveu
pesquisa sobre edição de livros didáticos para cursos de
requalificação profissional na equipe do Programa Integrar
coordenado pela professora Maria Nilde Mascelani na PUC. Foi um dos
editores de Apesar de Tudo — UNE REVISTA, quando cursava História
na FFLCH-USP.
2.
Marianna Francisca Martins Monteiro é professora do Instituto de
Artes da Unesp, Autora de Noverre: Cartas sobre a Dança — Natureza
e Artifício no Balé de Ação, publicado pela Edusp, em 1998.
Dedica-se à pesquisa na área de dança, teatro e antropologia da
performance. Foi uma das editoras de Memorex: Apesar de Tudo — UNE
REVISTA, quando cursava Ciências Sociais na USP.
3.
A publicação tem um título múltiplo: Apesar de Tudo — UNE
REVISTA, Elementos para uma Historia da UNE e, finalmente, Memorex,
nome do remédio cuja embalagem compõe a ilustração da capa.
4.
Angélica Müller. "Os Usos Políticos do Passado: A Construção
da História da União Nacional dos Estudantes na sua Reconstrução
(1976-1979)" In Anais do XXIV Simpósio Nacional de História-
2007, Associação Nacional de História — ANPUH.
Artigo
do MEMOREX sobre história da fundação da UNE
MEMOREX:
Elementos para uma História da UNE
giral03.jpg
m
1910, realizou-se, em São Paulo, o primeiro Congresso Nacional dos
Estudantes, do qual se tem publicado uma "Polyanthea
Comemorativa", mas só em 1937, às vésperas do Estado Novo,
foi fundada a União Nacional dos Estudantes.
A
idéia de se organizar uma entidade nacional de representação
estudantil era antiga. Faltava, contudo, condições materiais e
políticas para sua concretização.
Em
1932, após a visita de dois estudantes poloneses, que impressionados
com a atuação da Casa do Estudante do Brasil (CEB), convidaram-na a
participar dos congressos da "Confederation Internationale des
Etudiant", sediada em Bruxelas. Atendendo também a uma
exigência estatutária a CEB resolveu convocar e eleger uma
diretoria para o seu "Conselho Nacional de Estudantes", com
o qual pretendia fazer-se representar internacionalmente como a União
Nacional dos Estudantes.
A
UNE, seria, assim, um órgão da CEB e a presidência da UNE seria
exercida pela presidente da CEB, cargo vitalício ocupado pela Sra.
Ana Amélia Carneiro de Mendonça, juntamente como o presidente do
Conselho Nacional de Estudantes.
Evento
cultural interinstitucional, organizado pelo Thesis - Núcleo de
Estudos de Cultura, Memória e Mídia da PUC/SP e pela Escola
Superior do Ministério Público de São Paulo, que acontece ao longo
do dia 04 de outubro [de 2007] e traz palestras, homenagens, sarau,
exposição multimídia e um júri simulado sobre os acontecimentos
que marcaram a invasão da PUC/SP por tropas militares. O evento tem
como palco o TUCARENA, no campus de Perdizes, e inicia suas
atividades a partir das 09 da manhã.
Apresentação
Há
trinta anos houve uma repressão que não pode ser esquecida…
Celebrar
os trinta anos da invasão policial tem como significado maior pensar
a responsabilidade dos gestores e da comunidade universitária na
definição de projetos acadêmicos, que tenham ressonância na
dinâmica social contemporânea.
É
o momento de refletir sobre a importância do acontecimento que
envolveu mortes, prisões, perseguições, torturas dentro do papel
expressivo da Universidade e quais as justificativas para tão
bárbara forma de repressão liberdade de expressão e organização
num momento tido como de abertura política.
Discutir
o que estava em jogo no âmbito da vivência universitária e da
dinâmica da sociedade brasileira da época, as forças sociais, os
substratos ideológicos, o projeto de universidade e as suas relações
com as lutas sociais. Mas, sobretudo revelar qual foi o papel
desempenhado pela instituição (PUC) e pela comunidade universitária
na luta pela democratização.
PUC:
cidadela da resistência…
As
particularidades da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
encontram lastros no perfil de seus projetos filosófico e
educacional, na sua organização institucional e na composição
social dos três segmentos que englobava professores, alunos e
funcionários.
A
real dimensão da instituição enquanto centro de produção de
conhecimento pela sua divulgação, encontrou lastro na interação
ensino-pesquisa, que despontou como uma de suas características e
como necessidade no decurso dos anos sessenta. Eram os anos da
Reforma educacional.
Os
anos 70 foram marcados pela criação do Pós, por estimular a
pesquisa, pela consolidação da carreira, por uma ação clara na
assimilação dos cassados, na proposição de novos horizontes para
a instituição e na presença significativa juntos aos movimentos
sociais e científicos do país.
A
PUC SP foi um palco privilegiado para a expressão, estudo e ciência
dos diversos níveis de contradições, que pontuavam a sociedade
brasileira nos anos setenta. Laboratórios para discussões, debates,
encontros, formulações de propostas, projetos e lócus de um
exercício e vivência universitários, que não encontravam guarita
institucional em outros ambientes acadêmicos.
O
discurso e a práxis que estavam em sintonia, dialogavam com o perfil
de seguimentos expressivos do clero, principalmente representado na
figura do Grão Chanceler, o Arcebispo da Arquidiocese de São Paulo,
Dom Paulo Evaristo Arns. Assim, a PUC se conformava como um diapasão
que fazia eco aos anseios da sociedade civil em construção e de uma
facção da igreja, engajados na luta contra a Ditadura.
O
ano de 1977 foi marcante no que se refere ao movimento estudantil.
Ocorreram inúmeras passeatas, atos públicos, ocupação de espaços
na cidade, na Universidade e nos noticiários da Imprensa.
Os
estudantes saíram às ruas com o pretexto de lutar contra a
implantação dos Estudos Sociais, como desdobramento do acordo
MEC/USAID. Gradualmente foram ampliando suas bandeiras de luta e
assumindo as perspectivas políticas mais amplas, desfraldando
bandeiras pelos Direitos Humanos, pela “ANISTIA, AMPLA GERAL E
IRRESTRITA” e contra a opressão militar a palavra de ordem era
“ABAIXO A DITATURA”.
A
possibilidade de uma invasão policial se aproximava da militância
estudantil e da comunidade, na medida em que se apresentavam como
expoentes em diversas frentes de lutas e iniciativas.
A
investida policial foi o coroamento de um percurso repressivo à
universidade e ao movimento estudantil que se rearticulava e se
associava aos interesses dos setores oprimidos da sociedade, as
chamadas “classes perigosas”.
O
pretexto da investida policial dirigida pelo Secretário da Segurança
Pública foi a realização do III Encontro Nacional dos Estudantes,
promovido pela UNE, considerada uma entidade espúria pelos
militares. Há muito, os estudantes ensaiavam realizar o encontro com
vistas à reorganização institucional da entidade estudantil, e
foram inúmeras as formas de repressão e controle. Ao ser realizado,
pretendeu-se torná-lo público e comemorar seu êxito. A PUCSP seria
o local privilegiado para tal manifestação histórica.
A
vigilância foi burlada e se comemorou o III Encontro Nacional dos
Estudantes com ato público em frente ao TUCA em 22 de setembro. A
Universidade foi cercada e invadida pelas tropas da “ordem”. As
ocorrências da violência em suas diversas formas de expressão
foram veementes.
As
atividades na universidade foram retomadas com mais garra. Aulas
foram substituídas por debates. A invasão e a própria ditadura
passaram a ser tema de debates, aulas e seminários, não se perdendo
no afã político o específico da Academia. A realidade objetiva do
país era o cerne do exercício da práxis acadêmica. Este cenário
foi propicio para a ampliação dos embates de projetos
universitários e deu maior impulso ao dinamismo da instituição.
A
programação
09:00h
Abertura
do Evento: Prof. Dr. Adilson José Gonçalves — Núcleo Thesis; Dr.
Arthur Pinto Filho — Escola Superior do Ministério Público de São
Paulo.
09:15h
Palestra:
Luta e resistência em tempos de Ditadura, Profa. Dra. Maria
Aparecida de Aquino — FFLCH/ USP
11:00h
Cerimônia
de homenagem à personagens de relevância acadêmica e política na
resistência à ditadura, e que estiveram presentes na reconstrução
da universidade democrática: Antônio Cândido, Edênio Reis Valle,
Hermínio Alberto Marques Porto, Helio Bicudo
17:30h
Sarau
— música, poesia, literatura e performances: CUCA — Coral da
PUC/SP; Marco Prado (integrante do Thesis) e convidados
19:00h
Júri
Simulado: “Invasão da PUC- o julgamento 30 anos depois”.
Coordenação: Profa. Eloisa de Sousa Arruda e Prof. Christiano Jorge
Santos.
Local:
Tucarena
Exposição
“Universidade
e Resistência – Memórias, percepções e projeções”
Durante
todo o dia, apresenta cartazes, fotos, entrevistas e projeção de
vídeo com imagens históricas.
Curadoria:
Adilson José Gonçalves, Eloísa de Sousa Arruda e Tânia Laky
Produção
e layout: Paula Skromov
Auxiliares
de pesquisa: Fátima Cristina e Steban Saavedra
Organização
Thesis
— Núcleo de Cultura, Memória e Mídia
ESMP
Apoio
Reitoria
da PUC-SP
Contatos
Prof.
Dr. Adilson José Gonçalves
Email:
adilson.joseg@terra.com.br
Telefone:
(11) 8131-4516
Profa.
Eloísa de Sousa Arruda
e-mail:
eloarruda@uol.com.br
telefone:
(11) 9933-8706
PUC-SP
relembra os 30 anos da invasão policial
A
noite de 22 de setembro de 1977 ficou marcada na história da PUC-SP.
Naquela data, forças policiais invadiram o campus Monte Alegre (sob
o pretexto de dispersar uma reunião estudantil, que era proibida, na
porta do Tuca) e deixaram um rastro de depredação e truculência –
tanto nas paredes da Universidade quanto em seus professores,
funcionários e alunos.
Para
lembrar o episódio, discutir a relação entre a Universidade e a
sociedade e a cobertura jornalística da invasão, o Núcleo de
Estudos de História Social da Cidade (NEHSC) e a Assessoria de
Comunicação Institucional (ACI) promovem o evento 30 anos da
invasão da PUC-SP, dias 19 e 21/9. Além das palestras, haverá uma
exposição de fotos no hall do Tucarena.
Também
para lembrar a operação, o jornal-laboratório do curso de
Jornalismo, Contraponto, preparou uma edição especial sobre a
invasão — com entrevistas de personagens que viveram aquele dia e
fotos da operação. A publicação pode ser encontrada nas entradas
dos Prédios Novo, Velho e no corredor da Cardoso.
Programação
Dia
19/9, às 19h30
Local:
Tucarena
Exposição
fotográfica (hall Tucarena)
Abertura:
Profa. Maura Véras (reitora PUC-SP)
Mesa-redonda:
Universidade, Memória e Sociedade
Prof.
Edson Passetti
Prof.
Paulo Edgar de Almeida Resende
Prof.
João Edênio dos Reis Valle
Prof.
Hamilton Octávio de Souza (Apropuc)
Francisco
Cristóvão (Afapuc)
Mediação:
Professora Yvone Dias Avelino
Dia
21/9, às 19h30
Local:
sala P-65 (1º andar, Prédio Velho)
Mesa-redonda:
A imprensa e os 30 anos da invasão da PUC-SP
Helio
Campos Mello — editor da revista Brasileiros e ex-diretor de
redação da Revista IstoÉ
Fausto
Macedo — repórter especial do jornal O Estado de S.Paulo
Carlos
Alberto Furtado de Melo — pesquisador do Núcleo de Estudos em
Mídia e Política (Neamp), do Pós em Ciências Sociais
Mediação:
Eveline Denardi (ACI)
Informações
Núcleo
de Estudos de História Social da Cidade (NEHSC):
nehsc_cordis@pucsp.br
Assessoria
de Comunicação Institucional (ACI): Telefone: (11) 3670-8227 ou
pelo e-mail imprensa@pucsp.br
Apoio
Núcleo
de Sociabilidade Libertária do Pós em Ciências Sociais (Nu-Sol)
Faculdade
de Ciências Sociais
Pós-graduação
em História
Associação
dos Professores (Apropuc)
Associação
dos Funcionários (Afapuc)
Assessoria
de Políticas Tecnológicas (APT)
Artigos
TÍTULO
FONTE DATA
Noite
de violência: A invasão da PUC-SP em 1977 Fundação Perseu Abramo
2006
Um
réquiem para os ditadores e seus filhotes Contraponto set-2007
A
invasão da PUC O Estado de S. Paulo 26-set-2007
30
anos da invasão à PUC-SP CMI 21/09/2007
Memória:
há 30 anos, polícia invadia a PUC-SP e espancava estudantes Portal
do PSTU 21/9/2007
PUC-SP:
invasão da Polícia em 1977 às Carteirinhas em 2007 MNN —
Brasília 17 12-dez-2007
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Ato
relembra Encontro de Estudantes de 1977
UFMG
— Cedecom — 2 de junho de 2006
fold
Table
of Contents
Ato
relembra Encontro de Estudantes de 1977
Exposição
rememora movimento estudantil nos “anos de chumbo”
Exposição
sobre III ENE reúne líderanças estudantis dos anos 1970
No
próximo domingo, 4 de junho, às 18h30, ex-alunos da UFMG realizam
ato relembrando o dia em que a Ditadura Militar impediu a realização
de um encontro nacional de estudantes. Exatamente 29 anos depois do
episódio, eles se reencontram no local onde tudo aconteceu, o
Diretório Acadêmico (DA) da Faculdade de Medicina, para ressaltar a
importância do movimento estudantil e da União Nacional dos
Estudantes (UNE).
O
ato recorda o impedimento, pela ditadura militar, da realização do
III Encontro Nacional dos Estudantes (ENE), no dia 4 de junho de
1977. No período, Ato Institucional do Governo Militar impedia a
organização da UNE. Os ENEs anteriores buscavam reestruturar a
entidade. Em 1977, os estudantes convocaram o III ENE, em Belo
Horizonte, no DA da Escola de Medicina.
Naquela
data, policiais impediram o acesso aos ônibus de caravanas de todo o
país, na saída das outras cidades e na entrada de Belo Horizonte. O
exército cercou o local do evento e as pessoas que se dirigiam ao
Encontro eram presas. Os estudantes que se encontravam no DA Medicina
não podiam sair. Após negociações entre representantes dos
estudantes, do DCE, da Reitoria da UFMG, de Governos e da Polícia,
foi decidida a liberação dos alunos. Contudo, eles não foram
liberados. O exército prendeu cerca de 400, enquadrados na Lei de
Segurança Nacional, vigente à época.
Comemoração
de 30 anos
No
evento, será apresentada proposta de preparação das comemorações
de 30 anos do III ENE, para 2007. Sob coordenação da pesquisa do
Projeto República, do departamento de História da UFMG, será
organizada campanha por doações de documentos sobre o movimento
estudantil, que integrarão arquivo especial situado na Biblioteca
Universitária (BU) da Instituição.
O
Projeto vai sugerir a realização de encontro mensal para analisar
cinco períodos do movimento estudantil: de 1960 a 1964; de 1964 a
1968; de 1968 a 1972; de 1973 a 1977 e de 1978 a 1984. Os encontros
serão gravados e os debates e momentos relembrados irão compor
arquivo sobre o movimento estudantil da UFMG.
Calendário
dos encontros:
Datas:
5 de agosto, 9 de setembro, 6 de outubro, 3 de novembro e 8 de
dezembro.
Horário:
17 horas
Local:
4º andar da Biblioteca Central — Projeto República — Campus
Pampulha UFMG
Exposição
rememora movimento estudantil nos “anos de chumbo”
UFMG
—Cedecom — 4 de junho de 2007
Será
aberta nesta segunda-feira, 4, na Faculdade de Medicina da UFMG, a
exposição Memória do Movimento Estudantil — 30 anos do III ENE.
A abertura acontece às 19h, no saguão da Faculdade (avenida Alfredo
Balena, 190, campus Saúde) e faz parte das comemorações dos 80
anos da Universidade.
O
evento rememora a realização, em 1977, do 3º Encontro Nacional dos
Estudantes (ENE), na Faculdade de Medicina, abortada pela invasão da
Polícia Militar, na qual foram presos cerca de 400 alunos. A
iniciativa tem apoio do Projeto República, do departamento de
História da Fafich, e da Diretoria de Assuntos Estudantis (DAE).
Programação
A
exposição Memória do Movimento Estudantil — 30 anos do III ENE,
com fotos da época e textos esclarecedores sobre o episódio, será
aberta solenemente nesta segunda feira, às 19h, no saguão da
Faculdade de Medicina. A partir de 20h, no Diretório Acadêmico, ao
lado do prédio da Faculdade, acontece uma festa de confraternização
entre os estudantes da UFMG que participaram do movimento.
A
mostra foi organizada pelo Projeto República, que desenvolve
pesquisa sobre o movimento estudantil e está reunindo o acervo dessa
memória, que inclui a criação de um site para disponibilização
dos documentos à consulta pública. Doações de materiais sobre
movimento estudantil podem ser feitas através do telefone 3409-5513,
com Wilkie.
Exposição
sobre III ENE reúne líderanças estudantis dos anos 1970
UFMG
— Cedecom — 5 de junho de 2007
FOTO%20ENE3-Marcus%20Vinicius-thumb.JPG
Como
parte das comemorações dos 80 anos da UFMG, foi aberta ontem, 4 de
junho, no saguão da Faculdade de Medicina, a exposição Memória do
Movimento Estudantil — 30 anos do III ENE, organizada pelo Projeto
República e pela Diretoria Para Assuntos Estudantis (DAE) da
Universidade.
A
mostra é composta de fotografias e reproduções de jornais da
época, que estão montadas em painéis e expostas no local onde
aconteceu aquele episódio histórico. São 38 peças, entre fotos,
recortes de jornais e outros documentos.
Na
abertura estiveram presentes cerca de 150 líderes estudantis, de
várias épocas da história do movimento em Belo Horizonte, além de
familiares de estudantes, autoridades acadêmicas e demais membros da
comunidade universitária.
Segundo
a vice-reitora da UFMG, professora Heloísa Starling, coordenadora
geral do Projeto República, "A UFMG é uma das poucas
universidades do Brasil que desenvolve um trabalho contínuo de
preservação e divulgação da história de seus estudantes".
Ela cita o monumento aos estudantes mortos pela ditadura, no campus
Pampulha, e a exposição Liberdade-Essa Palavra, realizada em
setembro de 2004.
Para
Starling, o grande desafio que se coloca nesse resgate é, a partir
da recuperação da memória do movimento estudantil, organizar esse
conhecimento de forma a permitir uma reflexão sobre o passado e o
futuro e promover a elevação do sentimento de cidadania.
Repressão
A
exposição, que continua no saguão da Unidade até o próximo
domingo, 10, mostra a tentativa de realizar a terceira versão do
Encontro Nacional dos Estudantes, no dia 4 de junho de 1977, no
Diretório Acadêmico Alfredo Balena Medicina (DAAB) da Faculdade de
Medicina, durante o governo do general Ernesto Geisel. À época, o
objetivo dos participantes era reconstruir a União Nacional dos
Estudantes (UNE), que havia sido posta na clandestinidade em 1964 e
deixado de funcionar em 1971.
Naquele
dia, a Polícia Militar cercou Belo Horizonte e prendeu, ainda nos
ônibus que chegavam à cidade, todos os estudantes que se dirigiam
ao encontro. Além disso, os policiais, que agiram com violência,
cercaram o campus Saúde e o Diretório Acadêmico, prendendo cerca
de 400 estudantes presentes.
"O
fato de o encontro não haver acontecido não pode ser lembrado, em
hipótese alguma, como fracasso, mas como bravura", observa
Wilkie Buzzati Antunes, coordenador da Linha de Pesquisa Memória do
Movimento Estudantil da UFMG, do Projeto República, e um dos
organizadores da exposição. Ele destaca que tentar fazer e
encontro, naquele contexto, já foi muito importante.
Foi
de fato um marco. O ato repressivo em cima do III ENE, em Belo
Horizonte, acabou por incentivar a indignação de outros setores da
sociedade e da própria Universidade, o que acabou catalizando a
resistência contra o regime militar.
Conquistas
Contudo,
na análise da historiadora Lígia Beatriz de Paula Germano,
coordenadora da linha Acervos do Projeto República, o grande
resultado do evento "foi a reconstituição da UNE, em 1979".
Observando que o movimento histórico não é linear, ela conta que o
cenário da época era de revolta e que vários setores já se
movimentavam no sentido de recuperar as liberdades democráticas.
"Por
isso, a tentativa de realizar o III ENE aqui foi fortemente
reprimida. O retorno da UNE, que significava a volta de uma
coordenação de mobilização nacional, aos olhos do regime militar
não poderia acontecer", resume Lígia Germano.
Na
opinião de José Afonso Assis Cabral, ex-presidente do DA Medicina e
organizador do encontro de 1977, ao lado de Eduardo Albuquerque,
presidente na gestão que começou em junho do mesmo ano, a repressão
ao III ENE foi marcante não apenas na trajetória dos estudantes,
como também de professores e funcionários.
"A
reformulação do ensino médico mais voltado para questões sociais,
por exemplo, se deve muito à movimentação que vinha ocorrendo
naquela época. O Brasil hoje mudou muito. Mas mudou demais. Apesar
de haver muito o que fazer", observa José Afonso, destacando a
existência de liberdades democráticas impensáveis em 1977. "Nós
mudamos o Brasil!", comemora. Cabral informa que atualmente
tentam junto às autoridades a recuperação dos arquivos do
Diretório Acadêmico confiscados pela Polícia Militar.
Confraternização
Após
a abertura da exposição os participantes se confraternizaram no
Diretório Acadêmico, ao som de músicas Geraldo Vandré —
compositor de canções de protesto que marcaram aquela época — e
da apresentação dos grupos Mambembe e O Grande Ah!, das décadas de
1970 e 1980. Os participantes entoaram ainda palavras de ordem da
época, e inauguraram placa comemorativa, na entrada do DAAB.
Apenas
uma ditadura militar retrógrada, violenta, anacrônica e
obscurantista poderia ter ordenado a invasão da universidade por
soldados armados, como aconteceu na Pontifícia Universidade Católica
de São Paulo, em setembro de 1977. Unicamente generais arrogantes,
habituados a tratar como criminosos aqueles que manifestam opiniões
divergentes, autorizariam a mobilização da tropa de choque e o uso
de bombas contra estudantes armados unicamente de consciência
crítica.
Certo?
Errado.
O
governo democrático de José Serra, presidente da União Nacional
dos Estudantes (UNE) em 1964, ordenou a invasão militar da USP —
mais precisamente, da Faculdade de Direito São Francisco —, três
décadas depois que os macacos amestrados e fardados do coronel
Erasmo Dias promoveram a barbárie nas dependências da PUC. E —
justiça seja feita — a USP não foi a primeira a sofrer os efeitos
da repressão democrática de José Serra. Antes dela, também o
campus da Unesp em Araraquara foi agredido pela PM.
A
invasão da universidade por tropas tem muito a revelar sobre a
natureza do Estado brasileiro. Trata-se de um Estado autoritário,
cujas instituições são incompatíveis com a existência de uma
sociedade civil dinâmica, complexa, contestadora. Basta, para
demonstrá-lo, uma constatação óbvia: fosse o Estado brasileiro
tão ágil para responder ao quadro de catástrofe social diariamente
sentido pela população pobre como é para reprimir os movimentos
sociais, incluindo o estudantil, viveríamos todos num bucólico
paraíso social.
Iludem-se
os que acreditam ser o Estado brasileiro uma democracia. Não
poderia, de fato, haver maior piada. Democracia que condena os
miseráveis a morrer em filas intermináveis diante de hospitais
públicos quebrados, mas que arma e mobiliza imediatamente os milicos
contra aqueles que querem mudar o país. Democracia que preserva a
desigualdade extrema e garante impunidade aos corruptos, mas condena
a anos de prisão uma senhora que "rouba" um litro de leite
para dar ao filho faminto.
A
invasão da universidade por tropas tem muito a revelar sobre a
natureza dos governantes brasileiros. Salvo raras — raríssimas! —
e honrosas exceções, são grupos que, para se manter no poder,
fazem todo tipo de acordo e aceitam quaisquer compromissos, vendem a
alma a Belzebu e a quem mais der trinta moedas. Rifam os próprios
princípios, se algum dia os tiveram, imolam a consciência no altar
da ambição.
E
nem é de hoje, sabemos, que isso acontece na história do país: "De
tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de
tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantar os poderes nas
mãos dos maus…", denunciava, a propósito, o tribuno baiano
Rui Barbosa.
Mas
há diferenças entre os atuais governos democráticos e a antiga
ditadura militar. Enquanto os generais diziam que tudo era proibido,
os atuais governantes afirmam tudo ser permitido… exceto a luta
pela real democratização do Brasil. Enquanto uns são, ao menos,
explícitos e transparentes, outros se fantasiam daquilo que estão
longe de ser.
O
jogo de fantasias produz seus efeitos: enquanto os militares eram
criticados por todos os que se afirmavam democráticos, os seus
sucessores travestidos de democráticos recebem apoio da mídia e até
de reitores, contra os estudantes. E ambos, no fim, utilizam as
mesmas bombas e os mesmos tanques contra o mesmo inimigo — o povo
brasileiro.
Arrogante
e pretensioso, o governador José Serra, aparentemente, desconsidera
algo que o ex-presidente da UNE José Serra tinha obrigação de
saber: nunca, na história universal, as demonstrações de força
bruta prevaleceram sobre os argumentos da razão. O governador parece
ter levado a sério a recomendação do guru de seu partido quanto à
conveniência de cultivar a amnésia para quem quiser galgar degraus
na carreira política.
Mas
nós cultivamos a memória — esse implacável tribunal dos tiranos.
Fazemos da memória o alimento de nossa luta, que não esmoreceu há
três décadas e que tampouco se deterá frente aos milicos de hoje.
A luta vai continuar, precisamente porque democracia não há. Ela
vai manter todo o vigor, ao passo que José Serra, em pouco tempo,
não passará de um episódio tragicômico da vida pública nacional,
como já hoje é o caso de um certo coronel Erasmo Dias.
A
ambos, obscuras criaturas do Estado Frankenstein brasileiro,
dedicamos, por misericórdia, o nosso mais profundo e sentido
epitáfio: que descansem em paz.
Brasília
17 — 12-dez-2007
Ao
final do ano passado o CECOM (conselho comunitário), órgão
responsável pelas normas de convivência interna da PUC-SP, decidiu
por unanimidade a implementação de uma “política de
identificação nos campi” da universidade, o que em linguagem mais
vulgar quer dizer a implementação de carteirinhas e possivelmente
também das catracas. A medida agora só precisa ser aprovada na
estância do conselho universitário (CONSUN).
À
revelia de todo restante da comunidade puquiana, e contra seu próprio
discurso na época das eleições para reitores, a reitora Maura
Véras, agora parece achar razoável a aplicação de medidas
repressoras. Em um dos debates para reitores a atual gestão chegou a
ser questionada por um estudante quanto ao seu posicionamento sobre
as catracas e câmeras de segurança, e a resposta foi clara, Maura
se posicionou contrária a qualquer medida de segurança que vigiasse
a comunidade.
As
carteirinhas estão em pauta e serão mais uma forma de coerção,
que juntamente com as câmeras já instaladas e a segurança
terceirizada, passam a fazer a vigília da entrada, saída e
permanência do estudante dentro da universidade. Semana passada foi
retirado o direito dos inadimplentes de assistir às aulas —
chegando até a ameaçar os professores e funcionários que
permitissem que isso acontecesse —, há muito tempo foi proibido
aos estudantes a realização de qualquer tipo de festa, colagem de
cartazes e panfletagens dentro do campus; ao passo que os bancos
panfletam livremente suas propagandas, seus banners também são
vistos em todo e qualquer lugar, e as comemorações, incluindo
bebidas alcoólicas (sempre usadas como desculpa para a proibição
de festas estudantis) da reitoria são sempre muito bem vindas.
As
carteirinhas vêm na contramão do modelo de universidade que
queremos. A livre manifestação estudantil, as idas e vindas e a
livre produção universitária sempre foram princípios que a PUC
tentou preservar em toda sua história.
As
invasões à PUC
Em
setembro de 1977 a reitoria da PUC chegou a autorizar a realização
em suas dependências de um Encontro Nacional dos Estudantes proibido
pelo governo militar, que foi um momento fundamental no processo de
refundação da UNE. E foi no ato de comemoração da realização
desse encontro que aconteceu a invasão da polícia ao campus da
Monte Alegre. Segundo relatos do DCE da PUC na época, a polícia
adentrou o campus por todas as entradas espancando estudantes,
professores e funcionários, além de arrombar e destruir os centros
acadêmicos. Naquele dia foram presos e levados ao DOPS quase mil
estudantes.
Ao
que consta, a invasão havia sido premeditada pelo Cel. Erasmo Dias,
e o ato público fora somente um pretexto para justificar a invasão.
O real motivo da represália estava na realização do III ENE —
que marcava o confronto direto com o regime militar através da
reorganização estudantil —, além da represália contra a própria
reitoria da PUC-SP, que se caracterizava pela independência frente
às pressões do regime militar e que já havia enfrentado o regime
ao abrigar a proibida 29a reunião anual da SBPC (sociedade
brasileira para o progresso da ciência), que defendia a autonomia
universitária.
Concluindo
um documento redigido um dia após a invasão, o DCE-LIVRE da PUC
declarava que nenhuma intimidação policial os faria deixar de lutar
pelas liberdades democráticas. E foi assim, com essa tradição de
embate diante do regime militar, que a PUC foi se consolidando como
uma universidade de grande importância na esquerda brasileira. E foi
assim também que se consolidou a proibição da entrada da polícia
civil nos campi da universidade.
Mas
em 1977 não foi definitivamente a última entrada da polícia no
campus da monte alegre. Recentemente, em setembro de 2005, através
de uma violência velada e afirmando estar ajudando a estabelecer a
ordem, a polícia adentrou o campus para prender um estudante que,
supostamente, estaria fazendo tráfico de drogas dentro da
universidade. E desta vez, a tradição de sempre estar ao lado dos
estudantes e de suas mínimas liberdades democráticas caiu de vez
por terra. A reitoria imediatamente após o ocorrido lançou mão da
política das carteirinhas de identificação, que sabemos, são as
primeiras formas de coibir a livre circulação dentro do campus.
É
preciso ir contra, é preciso se manifestar
Contrariando
todo histórico de luta que a PUC um dia travou, vemos hoje uma
reitoria que a cada dia reprime mais e mais os estudantes,
professores e funcionários.
As
carteirinhas juntamente com todas as últimas medidas para cercear os
estudantes estão levando a PUC a ser mais uma das
universidades-shopping que vemos por todo o país. Se hoje os
estudantes estão proibidos de panfletar, colar cartazes e até de
fazer atividades culturais, amanhã estaremos proibidos de entrar na
universidade. E, assim, sempre com a desculpa de que somente
pretendem garantir um bom funcionamento da universidade, vão pouco a
pouco castrando toda livre criação que já foi um grande mérito da
PUC-SP.
Para
combater a repressão que nos é imposta lançamos um comitê local
que discute e tira ações para organizar os estudantes. Nossa última
atividade, no ano passado, foi uma cervejada com pixações. As
pixações “é proibido. a gente faz.” e “pela livre
manifestação”, tiradas numa reunião do comitê, tinham como
objetivo protestar contra a retirada e proibição de colagem de
cartazes, proibição de panfletagens e proibição de qualquer
atividade cultural dentro do campus. A retirada de 50 cartazes
produzidos pelo comitê, que foram arrancados de um dia para o outro,
foi o estopim.
Para
combater toda a repressão que se anuncia a cada dia é preciso se
organizar, e o comitê da PUC se reunirá semana que vem para iniciar
as discussões e atividades de 2007.
Portal
do PSTU, 21/9/2007 23:55:00
Por
Luciana Candido
No
dia 22 de setembro de 1977 — há exatos 30 anos — cenas grotescas
de repressão passaram diante dos olhos de uma sociedade que
acreditava viver o início de uma abertura política. Cerca de 900
homens da polícia política do general Ernesto Geisel, presidente da
República, e da Polícia Militar de São Paulo invadiam o campus da
PUC de São Paulo para reprimir uma manifestação estudantil,
comandados pelo então secretário estadual de Segurança Pública,
coronel Erasmo Dias.
Na
tarde do dia 22, uma reunião clandestina dentro da PUC havia dado o
pontapé inicial para a reorganização da União Nacional dos
Estudantes (UNE), fundando a Comissão Pró-UNE. Um ato foi marcado
para a noite. Dentre os relatos, alguns dizem que era para comemorar
a reorganização da UNE. Outros afirmam que era em repúdio a
prisões ocorridas no dia anterior. Na verdade, era uma combinação
de tudo isso. O motivo central, sejam quais tenham sido as
motivações, era enfrentar a ditadura militar. Para isso, mais de
duas mil pessoas se juntaram em frente ao Tuca, o Teatro da PUC-SP.
“Era
um ato pela liberdade de algumas pessoas que estavam presas na época,
na rua, em frente ao Tuca”, conta Cristina Salay, estudante de
Física da PUC e militante da Liga Operária na época. “Invadiram
com a Tropa de choque pelos dois lados forçando os estudantes a
entrarem para a faculdade. Eles jogaram bombas, invadiram
completamente a faculdade, entraram em salas de aula, nos diretórios
acadêmicos, destruíram vários diretórios acadêmicos. Muita gente
saiu ferida, inclusive uma amiga minha, Cristina também, ficou
gravemente ferida por causa de uma bomba que estourou perto dela”,
relata.
A
outra Cristina — Maria Cristina Raduan — era também militante da
Liga Operária e estudante de Ciências Sociais. Em entrevista ao
jornal laboratório da PUC-SP, o Contraponto, ela contou que a bomba
caíra ao lado de seu rosto. “Eu não conseguia levantar, desmaiei
e quando acordei estava queimada, com a blusa e a calça pegando
fogo”, disse Cristina. Além dela, outras três estudantes ficaram
gravemente feridas: Graziela Eugenio Augusto, Iria Visona e Maria
Virgínia Finzetto.
Erasmo
Dias, em entrevista ao Contraponto em abril de 2007, falou,
cinicamente, que só usava gás lacrimogêneo. Ele justificou os
graves ferimentos das meninas: “ali a rua é muito pequena, a Monte
Alegre é muito estreita e mulher não sabe fugir. E mulher usava
calcinha e sutiã de nylon, a fumaça do gás lacrimogêneo é quente
pra burro. Resultado: queimou lá umas sete, oito meninas”.
Os
militantes acreditaram que a polícia não invadiria uma
universidade. No caso da PUC, havia um motivo a mais para criar esta
ilusão: era uma instituição da Igreja Católica. O episódio
provou que as forças repressivas do Estado não reconhecem este
“respeito” quando não lhes interessa. A polícia entrou na
universidade, espancando alunos, professores e funcionários com
cacetetes (alguns elétricos) e jogando bombas de fósforo, uma arma
de guerra. O patrimônio da instituição foi destruído pelas forças
repressivas que entraram quebrando tudo o que viam pela frente.
Luís
Carlos Prates, o “Mancha”, estudava Engenharia na Universidade
Federal de São Carlos (Ufscar) e era membro do DCE e do Comitê
Pró-UNE. Ele estava representando a Liga Operária na reunião
clandestina. “Ao chegar a polícia, os estudantes se refugiaram
dentro do campus, e eles invadiram o campus arbitrariamente, fizeram
um corredor polonês e levaram todos presos. Todos os estudantes
indiscriminadamente foram presos. Eles alegavam que era a época do
regime militar e que a gente estava fazendo um ato subversivo”,
conta.
O
saldo foram quase mil estudantes detidos, considerando toda a ação,
desde o dia anterior. As pessoas foram levadas em cerca de vinte
ônibus da PM para o batalhão Tobias de Aguiar. Após uma seleção,
aproximadamente 80 estudantes foram encaminhados ao Dops e indiciados
pela Lei de Segurança Nacional (LSN).
O
sociólogo José Welmovick estudava na Unicamp e, como milhares de
outros estudantes, estava em São Paulo para o Encontro Nacional de
Estudantes que refundaria a UNE. Ele não estava presente no momento
da invasão da PUC, pois havia sido preso um dia antes.
Ele
conta: “Foi chamado um encontro para reorganizar a UNE e a
repressão sabia. Como estava marcado para o campus do Butantã
[USP], fecharam todas as entradas do Butantã. Então, o comando das
entidades que estavam organizando, incluindo as forças de esquerda,
primeiro deu a linha de reunir no Caoc [Centro Acadêmico Osvaldo
Cruz] da Medicina da USP, ali na Dr. Arnaldo. A gente foi para lá.
Só que eles resolveram também cercar o Caoc. Havia uma discussão
polêmica interna do movimento se fazia ou não fazia [o encontro]
apesar de não estarem todas as forças lá. E a qualquer momento,
entraria a repressão. Houve uma polêmica, mas se resolveu ficar.
Houve uma divisão, inclusive, no final, e os setores que estavam
contra fundar a UNE ali articularam uma nova reunião, aí já
clandestina, dentro da PUC. Todo mundo que estava na Medicina foi
preso e ficou preso. Só foi solto no dia seguinte, quando já estava
rolando o outro encontro.”
A
ação descabida e desproporcional da repressão levou a indignação
às ruas. A sociedade clamava o fim da ditadura e não se omitiu
diante da selvageria na PUC. No dia seguinte, houve uma reação
grande nas universidades e passeatas. Os presos que foram enquadrados
na LSN acabaram sendo soltos no dia 23 diante das inúmeras
manifestações que pipocaram pelo país inteiro.
Luzia
Ferreira1
“Neste
4 de junho de 2007 estamos completando 30 anos da tentativa de
realização, em Belo Horizonte, do III Encontro Nacional dos
Estudantes (III ENE), impedido de acontecer pelas forças repressoras
da ditadura militar.
Para
reafirmar o valor da democracia e da plena liberdade de opinião,
expressão e organização dos cidadãos é que lembramos aquele dia
atípico da capital mineira, que se viu, de uma hora para outra,
transformada em uma verdadeira praça de guerra.
O
objetivo do encontro era reorganizar a União Nacional dos
Estudantes. Jovens de todo o país estavam mobilizados. O Exército
impediu a saída de caravanas dos estados e barrou o acesso de
estudantes em trânsito à capital do encontro.
O
que se viu nas ruas da cidade foi a ostensividade do aparato
policial, com direito a tropas de choque de elite, polícia montada,
cães, vai e vem de camburões com sirenes disparadas e cenas
públicas de intimidação que só fizeram aumentar a repulsa da
população pela brutalidade do regime.
Desafiadores,
400 universitários mineiros guardaram vigília na noite do dia 3 na
Faculdade de Medicina da UFMG, onde aconteceria o encontro. O local
foi cercado as cinco da manhã. A partir daí, em vários pontos da
cidade, prisões, invasões de igrejas e universidades desembocaram,
ao final do dia, num saldo de mais de 4 mil pessoas presas.
A
repressão culminou com a invasão da Faculdade de Medicina e a
condução dos confinados para o Parque da Gameleira, onde passaram a
noite, assistidos, do lado de fora, pela indignação de familiares e
amigos.
Rememorar
este episódio é contar às atuais gerações que a resistência dos
estudantes de 30 anos atrás, aliada às manifestações de
solidariedade da sociedade de Belo Horizonte e de todo o país, foi
um ato que contribuiu para o isolamento da ditadura.
É
também registrar que a luta pelas liberdades democráticas no país
teve nos estudantes uma força articulada e ativa. No caso específico
do III ENE, o episódio representou um passo adiante na busca de
reorganização da UNE, conquistada dois anos depois.
Como
liderança estudantil dos anos 70, eu participei de todos aqueles
acontecimentos, estando entre os 400 da vigília da Faculdade de
Medicina. São acontecimentos, por tudo que já foi dito, importantes
de serem lembrados.
A
data está sendo marcada pela abertura, dia 4, às 19 h, da exposição
Memória do Movimento Estudantil — 30 anos do III ENE, que seguirá
em cartaz até o dia 10 de junho, na sala 2003 da Faculdade de
Medicina. A exposição é organizada pelo Projeto República, com
apoio da Diretoria de Assuntos Estudantis e faz parte das
comemorações dos 80 anos da UFMG. A abertura será seguida de
confraternização organizada por ex-participantes do III ENE”.
01.jpg
Estudantes deixam o Campus da Saúde, após a tentativa de
realização do III ENE, acompanhados do Reitor da UFMG, Eduardo
Osório Cisalpino, do Secretário de Educação, José Fernandes
Filho, e do Diretor do Instituto de Ciências Biológicas da UFMG,
Marcello de Vasconcellos Coelho. Local: Belo Horizonte. Data: junho
de 1977. Acervo Projeto UFMG: Memória & História.
02.jpg
Ato de repressão policial nas imediações da Faculdade de
Medicina/UFMG durante o cerco ao III ENE. Local: Belo Horizonte.
Data: junho de 1977. Coleção Eduardo Osório Cisalpino/Acervo
Projeto República/UFMG.
03.jpg
Estudantes fogem da repressão policial durante a tentativa de
realização do III ENE. Local: Belo Horizonte. Data: junho de 1977.
Coleção Eduardo Osório Cisalpino/Acervo Projeto República/UFMG.
04.jpg
Manifestação estudantil nas imediações da Faculdade de
Medicina/UFMG, durante tentativa de realização do III ENE. Local:
Belo Horizonte. Data: junho/1977. Acervo Projeto UFMG: Memória &
História.
05.jpg
Faixa empunhada por estudantes no pátio da Faculdade de
Medicina/UFMG durante a tentativa de realização do III ENE. Local:
Belo Horizonte. Data: junho de 1977. Coleção Eduardo Osório
Cisalpino/Acervo Projeto República/UFMG.
06.jpg
Estudantes sendo liberados da Faculdade de Medicina/UFMG, ainda
cercada por policiais, durante a tentativa de realização do III
ENE. Local: Belo Horizonte. Data: junho de 1977. Coleção Eduardo
Osório Cisalpino/Acervo Projeto República/UFMG.
07.jpg
DA da Faculdade de Medicina/UFMG durante a tentativa de realização
do III ENE. Data: junho de 1977. Acervo Projeto UFMG: Memória &
História.
08.jpg
Estudantes reunidos no DA da Faculdade de Medicina/UFMG, durante
tentativa de realização do III ENE. Local: Belo Horizonte. Data:
junho de 1977. Acervo Projeto UFMG: Memória & História.
09.jpg
Faculdade de Medicina/UFMG, durante tentativa de realização do III
ENE. Local: Belo Horizonte. Data: junho de 1977. Acervo Projeto UFMG:
Memória & História.
10.jpg
Manifestação estudantil nas imediações da Faculdade de
Medicina/UFMG, durante tentativa de realização do III ENE. Local:
Belo Horizonte. Data: junho/1977. Acervo Projeto UFMG: Memória &
História.
11.jpg
Estudantes sendo detidos em frente à Igreja da Boa Viagem, durante
tentativa de realização do III ENE. Local: Belo Horizonte. Data:
junho de 1977. Acervo Projeto UFMG: Memória & História.
12.jpg
Estudantes sendo detidos nas imediações da Faculdade de
Medicina/UFMG, durante tentativa de realização do III ENE. Local:
Belo Horizonte. Data: junho de 1977. Acervo Projeto UFMG: Memória &
História.
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III
ENE
Antônio
Alberto Miranda (guest) 16 Oct 2009, 08:32
Participei
do esforço de reconstrução da UNE e gostaria de saber se há regis
tros
sobre as pessoas que como eu foram presas dentro dos ônibus que che
gavam
a BH? No meu caso, fui encaminhado para o DOPS da Av. Afonso Pe
na
e lá fui fichado e permaneci preso por 2 dias.
A
luta continua!
Um
abraço.
PS:
na época estudava Eng. Geológica na UFOP.
Para
não esquecer: "Massacre da Praia Vermelha"
UNE,
23 de setembro de 2007
Por
Tatiana Matos Rezende
(…)
O episódio ficou conhecido como "massacre da Praia Vermelha",
dada a crueldade empregada contra 600 estudantes que se encontravam
em vigília na Faculdade Nacional de Medicina da Universidade do
Brasil (atual UFRJ) no campus da Praia Vermelha, no Rio de Janeiro.
Os estudantes manifestavam-se contra as medidas governamentais
antidemocráticas que feriam a autonomia universitária e o
encrudescimento do regime militar, que respondeu com brutalidade à
oposição dos estudantes. (…)
UFRJ
homenageia estudantes que resistiram à ditadura militar
Agência
UFRJ de Notícias/CSS, 25/09/2006
Por
Geralda Alves e Isabela Bonisolo
Quarenta
anos depois, Conselho Universitário da UFRJ rememora episódio que
ficou conhecido como o Massacre da Praia Vermelha. Exposição
fotográfica, sessão solene, depoimentos emocionados e descerramento
de placa em homenagem aos jovens estudantes – os Rebeldes da Praia
Vermelha - que se insurgiram contra a ditadura militar, foram o ponto
alto da solenidade. (…)
O
massacre da Praia Vermelha
Jornal
da UFRJ, edição nº 19 • Agosto de 2006
Por
Bruno Franco com colaboração de Nathalia Oliveira
(…)
A agenda da comunidade universitária pautava diversas reivindicações
como a ampliação da representação discente nos colegiados, a
própria autonomia universitária, o fim da cobrança de anuidades,
estabelecida pela Lei 4.464/64, conhecida como Lei Suplicy de
Lacerda, que também proibia as atividades políticas nas
organizações estudantis, regulamentando suas entidades
representativas. Esse cenário motivou a escalada de ações de parte
a parte – avalia Paes de Carvalho – e “a repressão apertou em
desproporção com qualquer possível ameaça da ordem pública
representada pelo meio estudantil”. (…)
A
mudança físico-espacial da Escola da Praia Vermelha
"(…)
Bom, aí um tempão, aí eles fecharam, começou o cerco da polícia.
Chegava polícia de tudo que era lado. Foi chegando, e a noite estava
gelada, estava um frio bárbaro. Começaram a fazer comissão para ir
comprar comida, comprar sanduíche. (…) Eu não fui preso, não. Na
hora da invasão fui espancadíssimo. Tinha professores? Não me
recordo (…)"
São
Paulo, 9 de setembro de 1964
Senhor
Tenente-Coronel1:
Há
quase 20 anos venho dando o melhor do meu esforço para ajudar a
construir em São Paulo um núcleo de estudos universitários digno
desse nome. Por grandes que sejam minhas falhas e por pequena que
tenha sido minha contribuição individual, esse objetivo constitui o
principal alvo de minha vida, dando sentido às minhas atividades
como professor, como pesquisador e como cientista. Por isso, foi com
indisfarçável desencanto e com indignação que vi as escolas e os
institutos da Universidade de São Paulo serem incluídos na rede de
investigação sumária, de caráter "policial-militar",
que visa a apurar os antros de corrupção e os centros de agitação
subversiva no seio dos serviços públicos mantidos pelo Governo
Estadual.
Não
somos um bando de malfeitores. Nem a ética universitária nos
permitiria converter o ensino em fonte de pregação
político-partidária. Os que exploram meios ilícitos de
enriquecimento e de aumento de poder afastam-se cuidadosa e
sabidamente da área do ensino (especialmente do ensino superior). Em
nosso país o ensino só fornece ônus e pesados encargos, oferecendo
escassos atrativos mesmo para os honestos, quanto mais para os que
manipulam a corrupção como um estilo de vida. Doutro lado, quem
pretendesse devotar-se à agitação político-partidária seria
desavisado se se cingisse às limitações insanáveis que as
relações pedagógicas impõem ao intercâmbio das gerações.
Vendo
as coisas desse ângulo (e não me parece que exista outro diverso),
recebi a convocação para ser inquerido "policial-militarmente"
como uma injúria, que afronta a um tempo o espírito de trabalho
universitário e a mentalidade científica, afetando-se, portanto,
tanto pessoalmente, quanto na minha condição de membro do corpo de
docentes e investigadores da Universidade de São Paulo.
Foi
com melancólica surpresa que vislumbrei a indiferença da alta
administração universitária diante dessa investigação que
estabelece uma nova tutela sobre a nossa atividade intelectual.
Possuímos critérios próprios para a seleção e a promoção de
pessoal docente e de pesquisa.
Atente
Vossa Senhoria para as seguintes indicações que extraio da minha
experiência pessoal e que ilustram um caso entre muitos. Formado
entre 1943-1944, obtive meu grau de mestre em Ciência Sociais em
1947, com um trabalho de 328 pp. (em composição tipográfica) / o
grau de doutor, em 1951 com um estudo de 419 pp. (também em
composição tipográfica) / o título de livre-docente, em 1953, com
um ensaio de 145 pp. (idem) / e, somente agora, acho-me em condições
de me aventurar ao passo decisivo, o concurso de cátedra com uma
monografia de 743 pp. (idem). Nesse ínterim, trabalhei como
assistente depois de 1955. Outros colegas, que militam em setores
onde a competição costuma ser mais árdua, enfrentam crivos ainda
mais duros para a realização de suas carreiras. Isso evidencia, por
si só, que dispomos de padrões próprios - a um tempo: adequados,
altamente seletivos e exigentes, para forjar mecanismos
auto-suficientes de organização e supervisão.
Não
obstante, acato as determinações, que não estão a meu alcance
modificar. Por quê? Por uma razão muito simples. Nada tenho a
ocultar ou a temer; entendo que seria improdutivo enfrentar de outra
forma tal vicissitude. A nossa Escola, por ser inovadora e por ter
contribuído de maneira poderosa para a renovação dos hábitos
intelectuais e mentais imperantes no Brasil, foi vítima de um
processo de estigmatização que muito nos tem prejudicado, direta e
indiretamente.
Não
podendo destruir-nos, os agentes da estagnação cultural optaram
pela difamação gratuita e pela detratação sistemática. Ambas não
impediram que a nossa Escola avançasse, até atingir sua situação
atual, ímpar no cenário cultural latino-americano. Conseguimos
sobreviver e vencer, apesar dessa resistência tortuosa e dos seus
efeitos nocivos. Cada professor que desse, nas atuais circunstâncias,
vazão aos seus sentimentos e convicções pessoais, recusando-se a
submeter-se ao inquérito policial militar estaria favorecendo,
iniludivelmente, esse terrível jogo, para o desdouro final da nossa
Escola.
Ao
aceitar, pois, a posição a que me vi reduzido, faço-o sob plena
consciência de deveres intelectuais maiores, a que não posso fugir
ou desmerecer. Todavia, esse procedimento não envolve transigência
ou omissão. Como no passado, continuo e continuarei fiel às mesmas
normas que sempre orientaram o meu labor intelectual, como professor,
como pesquisador e como cientista.
Não
existem dois caminhos na vida universitária e na investigação
científica. A liberdade intelectual, a objetividade e o amor à
verdade resumem os apanágios do universitário e do homem de ciência
autênticos. Estamos permanentemente empenhados numa luta sem fim
pelo aperfeiçoamento incessante da natureza humana, da civilização
e da sociedade, o que nos leva a perquirir as formas mais eficientes
para aumentar a capacidade de conhecimento do homem e para elevar sua
faculdade de agir com crescente autonomia moral. Não desertei e nem
desertarei dessa luta, a única que confere à Universidade de São
Paulo, grandeza real, como agente de um processo histórico que tende
a incluir o Brasil entre as nações democráticas de nossa era.
Aproveito
o ensejo para subscrever-me, atenciosamente,
Dr.
Florestan Fernandes
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